Capítulo 26

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         Solto um resmungo alto e tento tapar meus ouvidos com o travesseiro para abafar o barulho do celular. Está vibrando a alguns minutos e estou com preguiça de levantar para ir buscar.

Quando penso que o som vai parar, ele volta quase que imediatamente. Saio da cama com fúria e vou até minha escrivaninha. São quase uma da manhã. Cheguei em casa a poucas horas atrás da festa de Lola.
Assim que vejo o nome marcado na tela do aparelho, meu coração aperta. É Max.
Não dá tempo de eu atender a ligação, então abro as mensagens. Ele está falando que não está bem e que precisa de mim. Tento perguntar se posso ir apenas amanhã, mas ele nega. Me passou um endereço que nunca vi antes e que certamente não é seu apartamento ou a casa do pai. Estou muito preocupada. Max nunca me ligou no meio da noite pra dizer que estava mal e que eu precisava ir pra qualquer lugar que seja imediatamente, e isso só me faz ficar mais desesperada.

Talvez seja uma escolha estúpida, mas decido ir. Ele precisa de mim e não consigo negar. Prometi que estaria sempre ao seu lado, e o que mais quero é vê-lo bem.
Por sorte, a festa de Lola ainda deve estar rolando. Vou pedir carona pra alguém e sair de fininho. Mamãe está dormindo. Ela foi pro quarto assim que eu cheguei.

Mando uma mensagem para Callum perguntando se ele pode me levar pro lugar. Ele me responde uns três minutos depois, dizendo que sim e que chega rápido.
Não queria incomodá-lo de novo, mas April e Pierre saíram antes da gente e Lola precisa ficar para se certificar que não quebrem nada em sua casa. Pedirei desculpas assim que Callum chegar, sei que ele estava se divertindo com Luna e com o resto do pessoal, e é muito gentil da parte dele ter aceitado o meu pedido de carona.

Coloco uma calça jeans e uma blusa simples com um casaco por cima, em seguida desço até a sala, saio fechando a porta com cuidado e espero meu amigo chegar.

Não posso correr o risco de ele buzinar e acordar a minha mãe, então acredito que ficar aqui fora é uma boa solução. É claro que estou com um pouco de medo de alguém mexer comigo, mas se eu ver algo estranho é só abrir a porta rápido e entrar correndo.

Felizmente, Callum chega a tempo de nada de ruim aconteceu. Ele ainda está radiante com sua fantasia de Minions.
Entro no carro e o agradeço pela carona.

— Não tem problema, eu já estava mesmo saindo da festa. — Ele me acalma e segue para o endereço que passei.

— Me desculpa de verdade por incomodá-lo, mas é que eu realmente precisava de você.

— O que aconteceu? Max de novo? — pergunta ele, meio preocupado.

— Sim, ele me ligou, mandou um monte de mensagens dizendo que não estava bem e que precisava de mim. Fiquei tão nervosa que te liguei imediatamente para pedir carona.

— O que será que ele aprontou dessa vez?

— Espero que nada. Só quero vê-lo bem.

— Sei que sim. Entretanto, é meio estranho ele mandar uma mensagem dessa sendo que vocês se viram a menos de uma hora e meia atrás. — Callum lembra, com o cenho franzido.

— Nada passa pela minha cabeça. Não consigo pensar em um motivo plausível pra essa necessidade em me ver.

— Talvez realmente tenha acontecido alguma coisa, é só que esse endereço que você me mandou fica perto do mesmo lugar que fomos quando ele estava bêbado.

— Acha que ele se meteu em uma briga de novo?

— Eu não sei, Sophia. Está tarde, e não vejo uma razão de ele sair de casa depois de estar com você só para arranjar encrenca.

Forte como o Sol [✓]Onde histórias criam vida. Descubra agora