Revenge Scheme by a Crown Prince - BL

Capítulo 34

Voltei para o palácio. Lá esperava-me o meu pai com o meu professor atrás dele, ambos tinham uma expressão severa e um olhar endurecido. Se olhasse com atenção podia ver o fumo a sair das orelhas do meu pai.

Tentei passa por ele, ignorando toda aquela aura enfurecida, mas não resultou:

-TIAN LI! – Chamou-me num tom ríspido e alto.

O meu corpo gelou, parei ali mesmo recuando o pé que estava pronto para dar o próximo passo.

-Pai - murmurei.

-Seu fedelho! Onde estiveste?! – gritou vindo na minha direção.

Abri a boca para falar, mas ele interrompeu-me.

-Não foste novamente para aquele pomar, pois não? Se eu sonho sequer que faltaste á tua aula para ficares a preguiçar...eu já devia ter mandado queimar aquele lugar á muito tempo atrás...

Abri a boca para falar, mas ele interrompeu-me.

-Gostaste de passar o mantra cinquenta vezes?!

-Não pai.

-Então porque é que continuas a faltar-me ao respeito?!

-Eu não o ofendi!

-Ofendeste o teu professor, o qual foi instruído por mim para te ensinar! – afirmou impaciente. – Fugiste da aula porquê? – agarrou-me pela orelha.

-Pai, pai, estás-me a magoar! – resmunguei num tom choroso.

-Espero que tenhas uma boa razão para

-Pai! Solta-me! – berrei tirando a sua mão de cima de mim. – Já chega! Estou farto de discutir com o senhor, mas não me dá outra alternativa! – bati com o pé. – Quando é que vai entender que eu não quero ser líder deste lugar, e muito menos um cultivador! Pare de me obrigar a fazer o que eu não que

Fui interrompido quando ele levantou a mão e atingiu o meu rosto. A força do impacto fez-me virar a cara, mas não mostrei lagrimas. Levei a mão á zona atingida e virei-me para ele.

-Eu não vou ceder. – afirmei. – Pode me castigar as vezes que quiser, mas de uma coisa pode ter a certeza, as probabilidades de me encontrar morto, são muito maiores do que a de me colocares uma coroa na cabeça.

Dito isto abandonei a sala. Quando as portas se fecharam atrás de mim respirei fundo, aquele momento pôs-me o coração a mil, estava tão nervoso e assustado, mas espero que isto o deixe a pensar durante uns dias.

Dirigi-me para o meu quarto, mas antes passei pela cozinha e tirei uma maçã de dentro de uma cesta, aquela discussão tinha-me despertado a vontade de comer.

Atirei-me para a minha cama e abracei-me ao travesseiro. Não queria dormir, apenas queria ficar quieto sobre aquela cama confortável enquanto não pensava em absolutamente nada.

Livros não me cativam.

Armas não me cativam.

Dinheiro não me cativa.

Poder não me cativa.

Nada me cativava, nada conseguia abrir o meu coração.

Fazia as coisas apenas para passar o tempo, sem um propósito ou uma vontade, por vezes chegava a ter pena de mim próprio.

Não era nada, nem queria ser alguma coisa, a minha existência era escura e baça, sem significado.

Lembrei-me daquele ramo de arvore. Durante muitos anos serviu como apoio para o meu corpo quando queria fazer uma cesta na macieira, mas ao fim de tanto uso acabou por partir. Tornou-se inútil, sem qualquer utilidade destinado a apodrecer