VIII

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Saint Mary High School

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Saint Mary High School.

Seis horas antes do início do jantar.

Wendy estava exausta.

Como se já não bastasse uma noite muito mal dormida após receber a fatídica notícia que a garota por quem havia desenvolvido um abominável interesse era da família que estaria organizando o evento em que sua presença fora exigida, sua mãe parecia estar desconfiada de algo. Ela não sabia dizer o que era com precisão, mas a senhora Son definitivamente a estava observando demais. Perguntas, olhares, tudo aquilo estava deixando mais do que claro que a situação estava longe de estar normal.

E ela sabia que algo ruim estava por vir, conseguia sentir. Sua mãe nunca a observava demais por algo bom, tanto ela quanto Yeri sabiam daquilo há muito tempo. Wendy só pedia a Deus que não fosse descoberta por ter ido ao hospital, muito menos por sentir coisas as quais tinha certeza que não deveria sentir. Tinha medo do que aconteceria se descobrissem.

Além disso, estava aterrorizada com a ideia de estar no meio de pessoas desconhecidas e que provavelmente só saberiam conversar sobre negócios. Enquanto sua irmã reclamava por ter que usar saltos e vestido, Wendy pensava num modo de ficar o mais afastada possível de aglomerações e rodas de conversa. A última coisa que queria naquele momento era se meter em problemas. Sair da zona de conforto estava fora de cogitação.

Disfarçou um curto bocejo durante a aula de geografia, tentando reunir o resto de concentração que lhe restava para anotar o conteúdo do quadro no caderno. Entretanto, por mais que quisesse conseguia sentir o olhar atento de Dahyun queimar-lhe as costas.

Existe um ditado que diz que nada que está ruim não possa piorar, não é?

— Nós precisamos conversar, Seungwan. Agora — ela anunciou assim que o sinal tocou, quase como uma ordem, parando de frente para si na porta da sala e agarrando seu braço.

Não tinha escapatória, afinal de contas. Tentara se preparar ao máximo para aquele momento, mas assim que se sentou em uma das cadeiras do refeitório e a amiga sentou-se à sua frente, Wendy começou a hiperventilar.

— Respire fundo, Wannie — Dahyun lhe entregou uma garrafa de água. — Está tudo bem, eu não vou fazer nada, ok? Só quero conversar, vai ser muito rápido.

O semblante dela era calmo ela soava como uma mãe ou alguém mais responsável. O cabelo loiro preso num rabo de cavalo deixava o rosto de Dahyun mais visível, dando a ela um ar mais maduro. Por mais que estivesse intimidada pela proximidade, Wendy permitiu-se respirar fundo e tomar um gole de água.

Respire fundo, conte até três.

Um, dois, três.

Está tudo bem.

— Nós não precisamos fazer isso, sabe? — murmurou, evitando olhar diretamente para a amiga. — Eu já disse que aquilo não vai mais acontecer.

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