XIII

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Milhares de sirenes vermelhas soavam na cabeça de Wendy

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Milhares de sirenes vermelhas soavam na cabeça de Wendy.

Perigo, perigo.

Saia logo daí.

Seu desespero era tanto que queimava suas entranhas, deixando seu corpo em colapso. A visão foi perdendo o foco a cada doloroso segundo, o vibrar do telefone sobre a cama permanecia ali como prova de que as coisas tinham perdido o total controle.

Então aquela era a sensação de estar prestes a ser punida. De finalmente estar a poucos passos de pagar pelos pecados que cometera ou que estava prestes a cometer. Deus era tão misericordioso que resolveu interferir logo naquele momento crucial, cortando o mal pela raiz.

— Ei, Seungwan, você está pálida, respire fundo.

Mas ela não queria respirar. Queria sair logo daquele apartamento, correr o mais rápido que pudesse, até que suas pernas cansassem e seus joelhos fracos tocassem o chão. Milhares de cenas de sua mãe descobrindo que ela havia matado aula para cuidar de uma garota perdida e que simpatizara com ela passavam por sua cabeça, vozes desesperadas implorando para que alguma coisa fosse feita para resolver tudo.

Eu quero que tudo volte ao normal, Seungwan.

Dê um jeito, mas saia logo daí.

— Preciso ir embora, agora — agarrou a bolsa, tropeçando nos próprios pés e derrubando tudo o que havia dentro dela.

Seus olhos embaçados encheram-se de lágrimas, a capa de couro da pequena bíblia reluzia sob a luz do sol que vinha da janela, um claro sinal que ela havia tomado um caminho proibido, e que precisava voltar àquele que Deus escolhera.

— Eu vou chamar a Momo, e ela vai te levar, ok?

Os pés descalços de Sooyoung tocaram o chão e logo sumiram do seu campo de visão. E por mais que quisesse derramar as lágrimas, Wendy não podia se dar ao luxo de chorar, não enquanto o aparelho vibrando sobre a cama estivesse vibrando pela terceira vez naquela manhã.

Deixou de lado todos os objetos pessoais que tinham caído de sua bolsa, e estreitou o olhar para ler o visor do celular. Suas mãos tremiam demais para que ela o pegasse e atendesse. Tinha medo de deixar transparecer seu desespero através da voz, só pioraria tudo.

2 chamadas perdidas de Mamãe.

1 chamada perdida de Papai.

3 novas mensagens de voz.

2 novas mensagens de texto.

Era como se estivesse cortando os fios de uma bomba relógio. O que faria primeiro? Qual seria o fio certo? Com o dedo indicador trêmulo, ela desbloqueou a tela e abriu o aplicativo de mensagens, clicando no contato de Dahyun.

"Onde você está? Yeri teve problemas, seus pais a levaram no hospital. Por favor, me responda assim que puder."

Yeri. Problemas. Hospital.

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