IX

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Música citada no capítulo apresentada acima

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Música citada no capítulo apresentada acima.

Os olhos daquela garota eram bonitos.

Sooyoung aproveitou o fato de os adultos estarem imersos em uma conversa profunda a respeito das ações da empresa para observar melhor a garota sentada à sua frente. Alguns fios castanho-escuros tinham escapado do coque, ficando destacados sobre a pele clara. A gargantilha, que tinha um pequeno pingente de crucifixo com pedrinhas brilhantes, cintilava toda vez que ela fazia o menor dos movimentos. Por algum motivo, a filha mais velha da família Son não parecia estar estabelecendo contato visual com ninguém em específico, apenas olhava para o nada, com uma das mãos apoiada no queixo.

Estava curiosa. Não sabia dizer se Seungwan estaria tímida demais para socializar com os outros ou simplesmente entediada a ponto de não se sentir disposta a conversar com ninguém. Uma incógnita interessante.

Ao seu lado, Joohyun também estava alheia à conversa, mas não deixava de dar olhadas discretas para si, como se estivesse se certificando que ela permanecia no mesmo lugar, deixando claro que reagiria caso resolvesse sair para algum lugar. Além de grossa, fria e manipuladora, a herdeira dos Bae também era possessiva e extremamente sufocante.

Parece que você desbloqueou novas habilidades da sua irmã megera, Sooyoung.

— Eu estou adorando a conversa, mas é hora de fazermos o discurso para os convidados, querido — sua mãe comentou de repente, silenciando a mesa e atraindo toda a atenção. — Já está quase na hora de servir o prato principal.

— Você tem razão — o senhor Bae sorriu e se levantou. — Faremos o discurso e logo estaremos de volta para jantarmos todos juntos, sim?

Em questão de segundos, um mar de pessoas formou-se em volta do coreto, apenas para ouvir o mais novo casal falar. Por mais que achasse a situação um tanto amável, Sooyoung não tinha a mínima vontade de se aproximar de sua mãe e do padrasto e ouvir o discurso idiota que eles haviam preparado no dia anterior. E, para a sua surpresa, Joohyun parecia ainda menos interessada. Pelo canto do olho, observou a garota digitar algo rapidamente no celular, perguntando-se com quem ela falava ao ver o nome do contato identificado apenas por um emoji de girassol.

Preferiu não pensar muito sobre aquilo, porque, diferentemente da Bae, Sooyoung prezava muito pela privacidade das pessoas. Pegou o próprio celular sobre a mesa e se levantou, mas quando estava prestes a dar o primeiro passo em direção à casa, sentiu algo segurar seu vestido.

— Onde é que você vai?

Essa garota tem olhos nas costas também?!

— Não te interessa — puxou a barra do vestido e saiu andando, ignorando os chamados da outra garota. Aquilo já tinha passado dos limites.

Para evitar ser vista, Sooyoung caminhou pelo gramado lateral e entrou pela porta da cozinha, encontrando-a vazia e de luzes apagadas. Ignorando o horripilante fato de a despensa estar aberta, seguiu rapidamente até a sala, tentando não estranhar tanto ao perceber que cômodo também estava deserto. Morava naquele lugar há pouquíssimo tempo, mas já tinha se acostumado com os empregados transitando de um lado para o outro o dia todo.

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