Capítulo 67

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“Não, tempo, não zombarás de minhas mudanças! [

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“Não, tempo, não zombarás de minhas mudanças! [...]”

SHAKESPEARE,W

Se há algo que eu aprendi com relutância, é que mudanças são constantes. Ano passado, eu era um homem triste, solitário e que não se conformava com a morte da esposa. Descrente de que havia qualquer religião. Conheci uma garota, que como o sol derrete o gelo, ela me descongelou. Mas junto com ela, veio a complicação. Zoey Lascaster, era tudo, afinal. Protagonista da minha vida. Katherine, minha ex cunhada e amiga, abraçou minha ideia de insanidade, e então, descobrirmos que Zoey era reencarnação de Marie, minha esposa. Se não bastante isso, Zoey ainda era minha aluna. Por ela, eu coloquei tudo em risco. Li mais livros nesse último ano, do que quando estava na faculdade. Livros sobre espiritismo. Queria entender sobre isso. Nesse meio tempo, em uma viagem, eu acabei dormindo com uma colega de trabalho, Margareth. Por sorte, somos adultos e resolvemos a situação.
Após a realidade bater em minha cara, e eu me ver sem Zoey, finalmente aprendi a deixar Marie partir. Não era bacana o que eu estava fazendo com Zoey e nem um pouco racional. Por mais que tentamos ficar separados, a conexão que fora formada entre nós, impossibilitava isso. Zoey e eu, começamos a nos comunicar por Webcam e derivados. A tecnologia me mantinha perto do meu amor, mas nem tanto. Nada conseguiria substituir o calor do seu toque, a maciez dos cabelos, e a doçura de seus lábios.

Aprendizados e mudanças, são duas palavras que retratam bem os acontecimentos até aqui.

Nada de muito extraordinário aconteceu nos últimos meses. Movido por um desejo de mudança, eu aceitei a proposta em Glasglow e comecei a lesionar. Bem, não é uma Universidade muito grande como era St.Andrews, mas era algo. E eu estava gostando bastante, não havia um Mason para pegar no meu pé. O único problema era que tinha que acordar mais cedo, afinal, a Universidade Glasglow, ficava bem longe de onde eu morava. São os sacrifícios diários que fazemos pelo nosso próprio bem.

Se me perguntassem onde eu me veria em um ano, bem, tenho certeza que não seria essa resposta se Zoey não tivesse transferido para St.Andrews e se Katy não tivesse aparecido lá em casa repentinamente.

Do modo que estava levando minha vida, no automático, sem olhar para o céu, sem admirar as coisas boas que ainda poderia ver, com toda certeza, eu já não estaria aqui. Devo muito à elas.

Julho estava sendo um mês bastante alegre para mim, apesar que, no Verão, os dias se tornam mais longos. É possível ainda ver a luz do dia às nove horas da noite.

O clima dava indícios de que que as férias estavam chegando, com ela, a formatura de Zoey. Ela ainda não havia tocado nesse assunto comigo, do contrário, Katherine já estava programando o vestido do baile.

Falando em Katy, fazia alguns dias que ela não aparecia em casa e muito menos deu qualquer sinal.

—Pessoal, continuem com a tarefa. Eu já volto.— Falei com a turma. Eu estava responsável pela turma inicial, os calouros. Desde o início do ano, eles se mostraram bastante dedicado com as atividades e as aulas. Era isso que eu gostava nos calouros. Eles são empolgados com o que estão aprendendo, diferente dos veteranos que já se acham espertos o suficiente para não precisar aprender mais.

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