Criminosa

12 - Gosto de você...muito!

Voltei pra casa atordoada, era uma sexta-feira a noite e as ruas estavam cheias. Estacionei o carro e revistei todas as minhas coisas mais uma vez. Nenhum rastreador encontrado. Mas estava paranoica demais. Sai do carro e peguei um taxi.

Saltei a janela sem fazer muito barulho e Christopher estava na cama vendo algo no computador com fone de ouvido. Estava tao alto que dava pra escutar. Nao contive o sorriso e me joguei na cama. Ucker deu um salto tao grande que o computador quase caiu no chao e eu nao consegui parar de rir.

- Achei que já tinhamos tido essa conversa sobre as janelas - falei com um sorriso divertido pra ele

- Dulce, você ainda me mata - ele tentava controlar a respiração. Logo abriu um sorriso e foi pra cima de mim tomando meus lábios - Estava com saudades

- Eu também - o olhava nos olhos e o beijei novamente. Queria estar com ele outra vez e era meu único refúgio agora.

As roupas logo foram parar no chão e nossos corpos se encontraram com saudade. Fizemos amor lentamente sem tirar os olhos um do outro. Nenhuma palavra foi dita e nem precisava os nossos corpos falavam por nós dois. E parecíamos ter o encaixe perfeito. Meu corpo o reconhecia e reagia a ele de forma instintiva. Eu sentia que tinha o mesmo efeito sobre ele. 

Chegamos ao ápice juntos e ele deitou do meu lado. Sua mão descansando em minha barriga.

- Você vai ficar? - ele perguntou em um sussurro e pude perceber que tinha medo da resposta

- Não - eu decidi ser o mais honesta possível com ele - Eu tentei sair disso Christopher eu juro que tentei - me virei para olha-lo e encostei minha testa na dele - Mas eles sabem da Anahí e me ameaçaram. Eu não posso colocar ela em perigo por algo que é minha responsabilidade

- Eles quem? - ele me apertava contra seu corpo e eu só neguei com a cabeça - Fala Dulce

- Eu não vou arriscar mais ninguém - suspirei - Eu só... queria te ver. Eu fui uma irresponsável em ter vindo. Não deveria ter feito isso, me desculpe - ia me levantar mas ele me segurou

- Deveria sim. Você pode me ver quando voce quiser Dul - ele me deu um beijo rapido - Vamos encontrar uma solução pra isso ta? Não desiste ainda

- Eu não sei o que fazer - desabei, as lágrimas molhando o meu rosto - Eu sempre tenho controle sobre tudo e coloquei logo ela em perigo. Não sei como consertar isso

- Shhh- ele enxugou minhas lágrimas e beijava meu rosto - Dorme agora e a gente vai pensar em algo, mas agora você não ta com cabeça pra isso

Ficamos assim, abraçados. Meu rosto em seu peito. De uma forma egoísta eu me recusava em deixá-lo ir. Mas o meu pânico de Poncho descobri-lo não me abandonava. O abracei ainda mais forte de uma forma inconsciente e ele correspondeu. Eu não queria falar nada e ele estava respeitando meu silêncio, o que eu agradecia enormemente.

Fechei os olhos e tentei focar no agora. Não deixaria o fantasma de Poncho me assombrar hoje. Levantei minha cabeça do seu peito e o beijei. Dessa vez era um beijo calmo e nossas linguas se exploravam com paciencia. Explorando a boca um do outro.

- Eu gosto de você - falei assim que nos separamos - Muito - Encostei a cabeça em seu peito e adormeci com Christopher fazendo carinho no meu cabelo