1.5 - H.S

338 38 23
                                    

- Tá pronto? - Clarice perguntou com as mãos na cintura.

- Pronto pra que? - arregalei os olhos assustado.

- Pra colocar uma roupa, né? - ela se virou e foi até o closet.

- Ah, que susto - soltei uma risada leve - É que você muda de assunto tão rápido, eu não acompanho.

- Qual é, pensou que eu fosse te levar até o quarto do Louis pra vocês dois transarem? - ela riu sapeca, voltando com algumas roupas na mão.

- Você é doida, de você eu espero tudo! - me levantei devagar e ela me mostrou a língua.

Ela me colocou com os pés pra fora da cama e colocou a cueca junto de uma bermuda, me levantou e subiu os dois rapidamente, eu soltei um gemido baixinho enquanto apertava os olhos.

- Foi mal... É que eu não sei ser muito delicada igual o Louis - ela sorriu sem graça e me sentou de novo - Consegue sentar com as costas bem reta, grudadas na cabeceira?

- Eu posso tentar - falei e fiquei na posição que ela pediu - O que você vai fazer?

- Tomlinson comprou esse spray, ele pediu pra eu jogar em você e fazer alguns movimentos pra ajudar na sua recuperação - ela pegou uma latinha que parecia mais um desodorante e subiu na cama, ou melhor, em cima de mim.

- Que bela massagista, subindo em cima dos clientes - brinquei e ela riu, enquanto passava uma perna por cima de mim e ficava ajoelhada pra não sentar.

Ela espirrou o spray nas áreas das juntas, cotovelos, ombros, pulsos e nuca. Ela segurou um braço e começou a mexer lentamente, mesmo sentindo um pouco de dor eu tentei não esboçar nenhuma reação, só respirei fundo e deixei ela mexer, eu precisava melhorar logo. Ela alternava de um braço ao outro, e ficou assim por uns 10 minutos, até passar para as pernas, onde ficou mais 10 minutos.

- Prontinho, até depois de amanhã você vai estar 100%, você vai ver. Minhas mãos são mágicas - ela disse se vangloriando e eu ri da sua modéstia.

- Clarice, se importa de continuarmos aquela conversa? - perguntei tentando não ficar com vergonha - Eu queria saber mais, e não tenho ninguém pra conversar sobre.

- Claro, o que quer saber? - ela deitou de lado, apoiando o rosto em uma mão.

- Como eu sei... Que eu estou pronto?

- Hazzy, infelizmente príncipes encantados não existem... A pessoa que você perder sua virgindade pode não ser o amor da sua vida que você vá casar e toda aquela coisa melosa de conto de fada. A única coisa que você tem que pensar quando estiver... rolando, é se a pessoa te faz ficar a vontade e se ela te relaxa. Se você estiver nervoso e indeciso, não continua, espera até você ter 100% de certeza, porque a dor vai ser bem maior se você estiver nervoso.

- Dor? Vai doer?! - perguntei um pouco assustado.

- As primeiras vezes dói sim, não vou mentir. Claro, uns sentem mais dor, outros menos, alguns sangram e outros não, mas como eu disse, se você estiver com a pessoa certa, que te relaxa, você não vai importar se dói, você vai querer continuar e o fato de você estar relaxado vai fazer essa dor passar rápido e o prazer vir mais rápido ainda!

- Entendi... E o que eu tenho que fazer nessa hora? - eu estava mesmo curioso, nunca tive esse tipo de conversa com ninguém.

- Na sua primeira vez vai ser um pouco difícil você fazer tudo, deixa o Louis te guiar, ele vai te ensinar.

- Ah, entendi... Espera, o que? - arregalei os olhos e ela riu - Quem disse que vou perder a minha virgindade com o Louis?

- Eu disse, tá escrito nas estrelas - ela levantou o braço como se apontasse o céu e eu revirei os olhos.

- Vai sonhando! - eu ri e ouvi batidas na porta - Pode entrar!

- Oi... O almoço está pronto, vamos descer? - era o Tomlinson, ele estava com o cabelo bagunçado e parecia estar úmido, sua camisa toda amarrotada e a cara então... Nem se fala.

- Teve um pesadelo, Tomlinson? - Clarice brincou se levantando, ele me olhou e depois voltou seu olhar pra ela - Ah... Entendi.

Ela riu e eu fiquei sem entender essa conversa de olhares, será que tem a ver com o que ela me disse sobre ele estar excitado...? Espero que não.

Eu me levantei devagar e sozinho, meu corpo parecia ter melhorado um pouco, mas a dor ainda estava. Comecei a caminhar lentamente e Clarice ficou do meu lado, mas não me ajudou.

- Acha que consegue sozinho? - ela perguntou e eu só assenti - Eu disse que minhas mãos eram mágicas!

Insane - l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora