- Tá pronto? - Clarice perguntou com as mãos na cintura.
- Pronto pra que? - arregalei os olhos assustado.
- Pra colocar uma roupa, né? - ela se virou e foi até o closet.
- Ah, que susto - soltei uma risada leve - É que você muda de assunto tão rápido, eu não acompanho.
- Qual é, pensou que eu fosse te levar até o quarto do Louis pra vocês dois transarem? - ela riu sapeca, voltando com algumas roupas na mão.
- Você é doida, de você eu espero tudo! - me levantei devagar e ela me mostrou a língua.
Ela me colocou com os pés pra fora da cama e colocou a cueca junto de uma bermuda, me levantou e subiu os dois rapidamente, eu soltei um gemido baixinho enquanto apertava os olhos.
- Foi mal... É que eu não sei ser muito delicada igual o Louis - ela sorriu sem graça e me sentou de novo - Consegue sentar com as costas bem reta, grudadas na cabeceira?
- Eu posso tentar - falei e fiquei na posição que ela pediu - O que você vai fazer?
- Tomlinson comprou esse spray, ele pediu pra eu jogar em você e fazer alguns movimentos pra ajudar na sua recuperação - ela pegou uma latinha que parecia mais um desodorante e subiu na cama, ou melhor, em cima de mim.
- Que bela massagista, subindo em cima dos clientes - brinquei e ela riu, enquanto passava uma perna por cima de mim e ficava ajoelhada pra não sentar.
Ela espirrou o spray nas áreas das juntas, cotovelos, ombros, pulsos e nuca. Ela segurou um braço e começou a mexer lentamente, mesmo sentindo um pouco de dor eu tentei não esboçar nenhuma reação, só respirei fundo e deixei ela mexer, eu precisava melhorar logo. Ela alternava de um braço ao outro, e ficou assim por uns 10 minutos, até passar para as pernas, onde ficou mais 10 minutos.
- Prontinho, até depois de amanhã você vai estar 100%, você vai ver. Minhas mãos são mágicas - ela disse se vangloriando e eu ri da sua modéstia.
- Clarice, se importa de continuarmos aquela conversa? - perguntei tentando não ficar com vergonha - Eu queria saber mais, e não tenho ninguém pra conversar sobre.
- Claro, o que quer saber? - ela deitou de lado, apoiando o rosto em uma mão.
- Como eu sei... Que eu estou pronto?
- Hazzy, infelizmente príncipes encantados não existem... A pessoa que você perder sua virgindade pode não ser o amor da sua vida que você vá casar e toda aquela coisa melosa de conto de fada. A única coisa que você tem que pensar quando estiver... rolando, é se a pessoa te faz ficar a vontade e se ela te relaxa. Se você estiver nervoso e indeciso, não continua, espera até você ter 100% de certeza, porque a dor vai ser bem maior se você estiver nervoso.
- Dor? Vai doer?! - perguntei um pouco assustado.
- As primeiras vezes dói sim, não vou mentir. Claro, uns sentem mais dor, outros menos, alguns sangram e outros não, mas como eu disse, se você estiver com a pessoa certa, que te relaxa, você não vai importar se dói, você vai querer continuar e o fato de você estar relaxado vai fazer essa dor passar rápido e o prazer vir mais rápido ainda!
- Entendi... E o que eu tenho que fazer nessa hora? - eu estava mesmo curioso, nunca tive esse tipo de conversa com ninguém.
- Na sua primeira vez vai ser um pouco difícil você fazer tudo, deixa o Louis te guiar, ele vai te ensinar.
- Ah, entendi... Espera, o que? - arregalei os olhos e ela riu - Quem disse que vou perder a minha virgindade com o Louis?
- Eu disse, tá escrito nas estrelas - ela levantou o braço como se apontasse o céu e eu revirei os olhos.
- Vai sonhando! - eu ri e ouvi batidas na porta - Pode entrar!
- Oi... O almoço está pronto, vamos descer? - era o Tomlinson, ele estava com o cabelo bagunçado e parecia estar úmido, sua camisa toda amarrotada e a cara então... Nem se fala.
- Teve um pesadelo, Tomlinson? - Clarice brincou se levantando, ele me olhou e depois voltou seu olhar pra ela - Ah... Entendi.
Ela riu e eu fiquei sem entender essa conversa de olhares, será que tem a ver com o que ela me disse sobre ele estar excitado...? Espero que não.
Eu me levantei devagar e sozinho, meu corpo parecia ter melhorado um pouco, mas a dor ainda estava. Comecei a caminhar lentamente e Clarice ficou do meu lado, mas não me ajudou.
- Acha que consegue sozinho? - ela perguntou e eu só assenti - Eu disse que minhas mãos eram mágicas!

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Insane - l.s
FanfictionHarry sempre morou em um orfanato desde o seu nascimento e com a chegada dos seus 18 anos alguns segredos foram revelados, seu plano de ser independente e viver sozinho foi totalmente destruído por um "carrancudo da bunda grande". Louis tem como tra...