Chegada ao Rio do Leste

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- O que você sabe sobre os Bruxos? - perguntou Brena caminhando ao lado de Álvarus.

- Muito pouco... Bruxos e Sábios não se simpatizam muito desde a Queda.

- Algo deve saber. - disse Brena brincando com a espada cortando a grama alta.

- Uma coisa é certa... Visões não são características de Bruxos comuns.

Brena o olhou curiosa.

- Eu acho, que Violet guarda um grande poder. E julgando pelo ocorrido agora a pouco, ela desconhece esse poder.

- É um pouco... Assustador. - disse Brena a olhando.

- Realmente... Temos que ficar um pouco distantes quando ela tem essas visões. - Alvarus dizia caminhando calmamente segurando seu livro embaixo do braço - Já li relatos de que algumas são tão poderosas que podem prejudicar as pessoas que estão perto.

- Como?

- Depende da visão, acho eu.

- Compreendo. - Brena abaixou a cabeça guardando sua espada na bainha.

- Por que seu chicote tem espinhos? - perguntou Igor para Singrid, ambos estavam caminhando atrás de Brena.

Singrid puxou o chicote da bolsa e ele desenrolou arrastando no chão.

- Meu chicote surgiu de uma Rosa. Os espinhos, são a flor e a cor também é característica dela.

- É interessante. - disse Álvarus virando para trás - Eu não pude deixar de ouvir, já li sobre a magia das Odaliscas tanto as Sagradas quanto as que dançam para Seduzir.

Singrid sorriu envergonhada.

- Nunca havia ficado tão perto de uma Odalisca antes, estou ansioso para presenciar seu poder, dizem ser encantadores.

- Com esse jeito, vai ser a última Odalisca na qual chega perto. - disse Igor caçoando de Álvarus.

- Pare, Igor. - disse Singrid dando-lhe um tapa no braço.

Igor riu acariciando o lugar onde a Odalisca bateu.

- Você teve dificuldades em aprender a lutar?

Disse Katarina com as mãos juntas em frente ao corpo caminhando ao lado de Pedro que caminhava olhando para o chão com o rosto meio coberto pelo capuz.

- Não.

- O que lhe levou a aprender isso? Para ser um... - Katarina mediu bem as palavras antes de dize-las - Para ser um Mercenário deve ter algum motivo muito grande.

- Eu dei uma deixa sobre meu passado com o meu desentendimento com a princesinha ali. - disse fazendo sinal com a cabeça para a Brena.

- Sabe, - Katarina disse com voz calma - eu acho que não devemos julgar as pessoas pelos erros de seus ancestrais.

Pedro a olhou.

- Não somos anjos, nem demônios. - ela abaixou a cabeça sorrindo - Que as traições e erros, ou decepções não nos definam...

- E que isso não seja desculpa para nossa amargura e covardia perante a vida e as pessoas. - Pedro completou

Katarina levantou a cabeça para ele surpresa.

- Você conhece?

- Existem livros na Cidade de Areia também. - Pedro piscou para ela sorrindo.

Com aquele sorriso caloroso, Katarina sentiu seu corpo esquentar. Quando olhou para frente, a garota percebeu que o grupo já estava um pouco distante.

A Maldição de Rune [REVISANDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora