A Maldição de Rune [REVISANDO]

Tímida

Gen caminhava irritado de um lado ao outro em sua sala.

- Maldição! - bateu na mesa - Precisamos achar Violet. Eles não a acham, já caminharam a margem do rio inteiro e voltaram, dia e noite!

- Olha... - disse um bruxo no canto - Se me permite...

- Fale. - disse Gen sentando na cadeira e jogando um papel em cima da mesa.

- Eles podem ter tomado um rumo diferente do nosso. Se eles chegaram no rio, depois que passamos? - Gen levantou os olhos para o Bruxo que falava - Eles pararam, descansaram, se alimentaram... A gente foi sem parar, dia e noite.

- ...

- Eu acho...

- Basta, já compreendi. Vão na busca deles novamente, provavelmente estão indo até a nascente do rio, quando chegarem lá se escondam e esperem o tempo necessário.

- Sim. - o Bruxo disse saindo.

- Espere. - Gen sorriu - Eu irei junto.

~**~

- O que tem do outro lado do Rio? - perguntou Singrid.

- Nunca foi para o outro lado? - perguntou Igor.

- Hã... - Singrid se aproximou do ouvido de Igor e sussurrou - Mamãe nunca deixou eu sair da Cidade Litorânea.

- Tem Lobos. - disse Álvarus.

- Mas alguns arqueiros não tem lobos?

- Os lobos que temos, - disse Erick afastando uns galhos baixos enquanto andava - são adestrados e menores do que os Lobos Selvagens que tem do outro lado.

Singrid olhou para o outro lado do Rio, parecia uma floresta comum. O sol estava a pino, os guerreiros caminhavam na mesma formação de sempre duplas uma atrás da outra, água do rio brilhava com a luz do sol refletindo o brilho no rosto de cada um deles.

- Katarina... - Pedro olhou para a garota que mexia em uma mecha do cabelo trançando ela.

- Olá. - a garota olhou para ele e pois a trança para trás prendendo-a com um grampo que já estava em seus cabelos.

Pedro olhou nos olhos dela, o brilho das águas os deixou castanhos claros trazendo a ele a lembrança da Cidade de Areia.

- Seus olhos são lindos... - ele disse sem pensar - Me faz lembrar... De casa.

Katarina abaixou a cabeça envergonhada e sorriu.

- Desculpe. - Pedro disse pondo o capuz - Eu não deveria estar falando com você dessa maneira. Ontem, no Rio, eu...

- Cala-te, Pedro. - Katarina disse puxando o capuz da cabeça dele - Você não me incomodou. Eu não reclamei. Eu... Gosto das coisas que você me diz.

Pedro sorriu.

- Se não fosse você, eu arrancaria a mão de quem tirou meu capuz. - o rapaz brincou.

Katarina riu.

- Seu humor é Sádico, Pedro. - disse Igor andando olhando para trás.