13 • mais presentes.

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Quando acordei, a primeira coisa que fiz não foi abrir os olhos. Não com todos os detalhes da noite anterior cruzando minha mente como flashes.

O parque, a viagem de bondinho, as declarações de Benjamin antes que ele escolhesse me beijar...

Apertei mais as minhas pálpebras ao notar a superfície macia onde meu rosto e parte do meu corpo estava deitado. Definitivamente não era o colchão, e tive ainda mais certeza ao mover o rosto e ser rodeada pelo cheiro fantástico da pele dele, além de sentir nossas pernas se cruzarem debaixo do cobertor.

A primeira coisa que vi ao abrir os olhos foi minha mão sobre seu abdômen descoberto. E erguendo o queixo com cuidado, pude finalmente ver seu rosto tranquilo e impassível graças ao sono.

Lábios cerrados, pele corada... sardas quase imperceptíveis...

Senti vontade de tocar aquelas marcas pequenas e suaves como no momento em que as notei pela primeira vez. Mas diferente de como era no passado, ali eu não tinha nenhum bom motivo para hesitar.

Meus dedos se ergueram devagar até tocarem a ponta de seu nariz, alcançando o espaço abaixo de seus olhos em seguida. Sua pele era quente, macia e tão convidativa que eu seria capaz de fazer aquilo por horas.

Mas a ideia pareceu distante quando suas pálpebras se abriram em minha direção.

Senti meu coração prestes a pular por minha garganta enquanto seus olhos perdidos me analisavam com curiosidade. Mas o sentimento piorou quando, entendendo o que eu estava fazendo, Benjamin deixou que um sorrisinho convencido tomasse seu rosto.

— Ok... — ele soltou em um longo murmúrio. — Acordar assim todos os dias está no topo da minha lista de desejos agora.

Eu não consegui pensar em nenhuma resposta à altura daquilo. Ele não estava satisfeito com tudo o que me disse na noite anterior?

Acabei desejando que qualquer imprevisto me salvasse do olhar intenso e inabalável daquele garoto por quem eu me via cada vez mais fascinada, mas... eu não esperava pelo que veio a seguir.

Batidas na porta me fizeram arregalar os olhos sem tirá-los de Benjamin. Ao perceber minha aflição, o próprio aumentou o maldito sorrisinho antes de exclamar:

— Pode entrar!

Meu Deus...

Senti meu sangue gelar no momento em que a porta se abriu e um senhor até então desconhecido surgiu detrás dela.

— Garoto, o café da manhã já está na... — ele travou quando percebeu que os dois não estavam sozinhos.

Mesmo me esforçando para controlar aquela perturbação, era impossível não pensar que eu estava prestes a presenciar um enorme desastre. Tudo estava claro em minha mente. Primeiro ele nos olharia como se fôssemos pessoas horríveis, nos diria para termos vergonha por dormirmos juntos debaixo do nariz dele e me expulsaria daquela casa.

A Teoria das Cores [#2]Onde histórias criam vida. Descubra agora