Bitch

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— Seus filhos da puta, PAREM. — Gritei ali mesmo da sacada e logo sai correndo, com tanto lugar para brigar, eles resolveram brigar logo na frente da minha casa, se meu pai estivesse presente eu estava totalmente frita.

Abri a porta e logo avistei uma multidão em volta dos dois, mas não eram gangsters, eram vizinhos fofoqueiros e curiosos. Merda, merda, merda.

— É SÉRIO, PAREM. — Gritei novamente, enquanto Joel e Austin quase se esfolavam, os dois estavam no 0×0, mas eles pararam e me olharam.

— Esse veadinho que começou, eu estava aqui de boa na minha... — Joel disse como uma criança, mas sempre com o seu típico sorriso debochado.

— Esse pau no cu queria entrar na sua casa para falar com você, Martina. Vai saber o que ele queria… — Austin falou ofegante e quase que eu disse "Continuem ai brigando por mim, feras, a diva aqui vai voltar para o seu sono da beleza" Mas não, ao invés disso, apenas disse.

— Esta tudo bem Austin. Para mim Joel não é nem um pouco perigoso, mas agradeço por bater nele, quando quiser fazer isso mais vezes... Fique à vontade.

— Esse garoto não consegue encosta nem um dedo em mim, você sabe muito bem que é mais fácil EU bater nele. — Joel disse Como se estivesse ameaçado Austin, e ele estava.

— Tem certeza, flor? - Austin debochou - Então vem, guerreiro. Quero ver se tu é foda mesmo.

— Você sabe muito bem que eu sou, sua bichinha. — Joel disse. — Quer que eu esfole sua cara de novo? É isso? então tá. — Joel disse e partiu para cima de Austin, mas antes eu me meti no meio dos dois em uma rapidez assustadora.

— Eu vou falar só uma vez... — Respirei fundo tentando me controlar, pois os dois souberam me irritar. — PAREM. — Gritei novamente. — Se não, eu corto o bem mais precioso de vocês... Com aquelas tesoura normais ainda, para a dor ser bem mais intensa. — Joel e Austin se olharam rapidamente.

— Você me assusta, Martina... E olha que ninguém me assusta. — Austin disse.

— Cala a boca, você é um cagão em todos os sentidos. — Joel implicou. — Mas enfim... Para que corta, gata? Se você pode fazer outras coisas... — Joel disse mordendo os lábios, totalmente malicioso. Foi ai que Austin tentou ir para cima dele novamente, mas eu o impedi.

— Ok, gente... Acabou o show. — Me dirigi aos vizinhos. — Podem voltar para as suas casas, ver suas novelas chatas, tricotar, não interessa... MAS VOLTEM. Dona Dalva, vai lá fazer sua sopinha que a senhora não abre mão, ja veio umas 500 vezes aqui em casa oferecer essa água com legumes... — A senhora fez uma cara de ofendida e saiu. — Senhor Reginaldo, vá lá continuar a fazer o que o senhor estava fazendo...

— Mas eu não estava fazendo nada. — O homem retrucou.

— Então volte a fazer nada, mas em sua casa. Obrigada. Vão indo todo mundo, que o show dessas "Garotas" Já acabou, obrigada por comparecerem. — Os vizinhos estavam dando meia volta e voltando para suas casas, enquanto Joel e Austin discutiam. Me virei para os dois.

— Pronto, agora vai cada um para um lado e parem com essa porra de infantilidade. — Falei.

— Mas eu quero falar com você. — Joel insistiu serio. Nunca abrindo mão do seu jeito bad boy.

— Mas ela não quer falar com você. — Austin decidiu por mim.

— Cara, você já experimentou transar? Essa sua virgindade esta te deixando muito nervoso, relaxa e pega umas mina. — Nossa, olha quem está falando, Joel Pimentel, o garoto mais nervoso que eu conheço. Mas ele falou aquilo apenas para implicar.

— Eu não sou virgem, cara. Comi sua mãe, lembra? — Porra, agora o bagulho ficou sério. Vi Joel mudar sua expressão suave, para o verdadeiro Joel.

— O que você disse, seu cuzão? Repete, quero ver... — Joel disse.

— Comi sua mãe. — Austin repetiu, e então, Joel partiu para cima dele e os dois se embolaram novamente, que inferno de vida mesmo. Eu já estava quase desistindo, poderia deixar os dois se matarem ali mesmo e, boa ideia, virei as costas abrindo o portão de casa para voltar aos aconchegos da minha linda cama. Deixei eles lá, eu já estava ficando com muita raiva e daqui a pouco seria nós três na briga.

Meu pai enviou uma mensagem dizendo que ele "dormiria no escritório"...  Dormir no escritório? Mas que merda de vida, falei comigo, jogando o celular em um canto qualquer do sofá.

Ouvi o barulho da porta se abrindo e logo Jade entrou, droga, não podia piorar... Ela estava com uma calça branca super justa, que dava até para ver seus órgãos, uma blusa vermelha justa também e um salto que deixava ela com 3 metros de altura mais ou menos... Sem contar a maquiagem extremamente exagerada, do tipo "Sou uma vadia"

— Oi pirralha, a janta ja esta pronta? - Ela perguntou e eu ri ironicamente.

— Quem deveria cozinhar para mim era você, até porque você está na casa da MINHA mãe.

— Que Deus a tenha. — Ela debochou. — Mas agora... Eu mando aqui.

— Não sonha, Jade... Um dia sua máscara cai. — Falei.

— Deus o livre minha máscara facial cair. — Ela disse massageando o rosto. — Imagina só, eu cheia de rugas. Não consigo nem pensar. — "Oi burrice" Pensei comigo. — Então pirralha...  Ja que você não fez minha janta, pode deixar que eu vou sai para comer fora. — Isso foi um pretexto para ela pular a cerca e meter vários chifres em meu pobre pai. — Ah, depois vou para casa da minha querida vó. — Mentira. —  só volto amanhã.

— Você vai é pro seu ponto que eu sei. — Impliquei.

— Olha o respeito, pirralha. — Ela disse.

— Desculpa, é que eu não consigo ver a diferença entre você e uma prostituta. — Falei, enquanto pegava uma maça e a mordia. Jade ficou vermelha, mas ela não disse nada, apenas foi até a porta e saiu. Vá pela sombra. Na verdade, eu queria que ela fosse pelo sol e tivesse um câncer de pele bem forte, mas estava noite. E era nessas horas que eu me sentia a pessoa mais solitária do mundo, fui para o meu quarto, mas o sono eu já havia perdido. Apenas me joguei de qualquer jeito na cama e viajei para outro mundo, e sem querer, vi Joel nesse outro mundo. Droga, não, nunca. Sacudi a cabeça tentando fugir daquilo, eu e Joel vivíamos em mundos completamente diferentes, ele estava fora de cogitação.

Tirei os fones, porque ouvir música não estava dando certo e fiquei ali, no silêncio. Ate ouvir um barulhão, tipo um estrondo, levantei-me da cama praticamente voando e totalmente assustada. Abri a porta do meu quarto lentamente, indo devagar até o quarto de meu pai, pegando seu revolver de emergência. Fui passo a passo pelo corredor tentando fazer o mínimo de barulho possível, cheguei nas escadas e fui descendo de fininho, degrau por degrau com o coração quase saindo pela boca. Assim que cheguei no último degrau da escada, avistei algo, algo nojento... Eca...

𝙋𝙤𝙨𝙨𝙚𝙨𝙨𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora