Abri mais um pouco a porta para poder ter melhor visão, mas fiz tudo com cuidado não querendo chamar a atenção, ao ver aquilo um enjôo horrível me consumiu, é como se eu fosse vomitar ali mesmo. Gabriela estava apoiada na mesa grande dos professores, enquanto ele a penetrava. Por um momento senti meu sangue ferver, como se eu precisasse acabar com aquilo, mas ao mesmo tempo eu não podia deixa Gabriela saber que eu era envolvida com Joel, se Cami não sabia, por que logo Gabriela saberia? Droga, o que eu iria fazer? Minha vontade era de entrar e jogar as cadeiras nos dois até ver eles com a cabeça totalmente estourada, ou apenas puxar aqueles cabelos bons de Gabriela e lhe dar uns belos tabefes na cara, me controlei para não fazer isso. Eu precisava me controlar, Joel era um idiota e eu sabia disso.
Pensei na câmera que havia em todas as salas, olhei a fim de localiza-la e puta que pariu, sorte do caramba, naquela sala eles ainda não haviam instalado câmeras. Joel foi esperto, muito esperto.
— Isso, Joel. Vai. — Gabriela falava prendendo a voz. Joel se mantinha quieto e concentrado, não mostrava nenhuma reação, nem parecia que estava fodendo alguém.
Entrei totalmente na sala, querendo que os dois me vissem, e então, comecei a aplaudir, mas minha verdadeira vontade era de jogar as cadeiras nos dois, já disse. Eu precisava manter a postura, eu não podia me rebaixar, se eu batesse em Gabriela, ela descobriria que eu tinha algo com Joel e ele acharia que eu estava com ciúmes, sendo que eu não estava, claro.
Gabriela me olhou rapidamente, assustada. Sua cara era a melhor, me segurei mesmo, para não acabar com a raça daquela vadia. Joel me viu e talvez eu o vi ficar meio intimidado, mas em nenhum momento saiu de sua postura bad boy, eu o odiava.
— Nossa, que feio... — Falei levando as mãos a boca, me fingindo de apavorada — Mas se a diretora descobre isso, vocês estão ferrados...
— Você não contaria, Martina... Tenho certeza. — Joel disse e era verdade, em relação a ele, eu era tão podre quanto Gabriela.
— Fodendo logo essa vadia, Sr. Joel. — Falei me fazendo de aluna inocente. — Que horror, pensei que o "Sr" Pegava coisa melhor. — Sai daquela sala me sentindo super mal, e podia ouvir Joel dizer: — Vamos, continua. — Fui correndo para o banheiro e assim que encontrei a privada, vomitei.
— Martina… você está bem? — Ouvi a voz de Sarah, uma colega nossa, ao lado de fora.
— Sim. — Falei respirando fundo e logo sai. Fui para a pia e lavei meu rosto e limpei minha boca. Sai daquele banheiro como se não tivesse acontecido nada.
Bateu o sinal e então eu voltei para a sala, aquela cena não saía da minha cabeça, embrulhando ainda mais meu estômago e fazendo eu sentir mais raiva. Para essa revolta passar eu precisaria ficar uns três séculos sem vê os dois.
Havia mais duas aulas, as quais passavam se arrastando, Gabriela chegou apenas na última, e até onde eu lembrava, isso não era permitido.
Gabriela passou por mim e deu um sorrisinho sarcástico, e ela não deveria ter feito isso, ainda mais que eu estava quase explodindo de tanta raiva. Coloquei o pé na frente para ela tropeçar, sempre mantendo os olhos em meu caderno para disfarçar, vi Gabriela cair no chão de boca, era exatamente ali que a boca dela deveria estar e não em Joel. A maioria da turma riu, mas o professor de química e mais uns garotos super baba-ovos dela saíram correndo para ajudar, ela continuava atirada em minha frente e eu continuava apenas olhando, ainda achava que aquilo era pouco, mas eu estava decidida: na próxima vez que Gabriela me tirasse para idiota, ela sofreria as consequências, até porque, isso não vinha de pouco tempo, era desde o ensino fundamental, ela simplesmente decidiu me odiar e por aí ficou. Pude ver que ela tinha os lábios cortados.
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𝙋𝙤𝙨𝙨𝙚𝙨𝙨𝙞𝙫𝙚
Fanfiction"Você é minha, querendo ou não, porque eu simplesmente anseio que seja assim, Você não tem escolha" - Joel Pimentel E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele, ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo, isso estives...