Shoul I Come Back

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- Você está muito afiadinha hoje, não acha? - Joel dizia me encarando sério. - Acho que você tem que se lembrar com quem está convivendo e se pôr no seu lugar. - Eu apenas o olhava. - Está vendo o meu braço? - Ele disse me mostrando o mesmo. - Ainda está vermelho por causa daquele tapa. Odeio que encostem em mim, Martina. Você não tem noção. A maioria das pessoas que me agrediram antes, pode ter certeza, não estão em um lugar nada bom. - Ele disse e riu, e eu estava enojada com a frescura daquele garoto. - Ah e também tem sua amiguinha que não sabe nem respeitar o território dos outros, isso é falta de surra, mesmo.

- Depois sou eu que extrapolo em relação às coisas, olha o drama que você está fazendo. - Falei revirando os olhos.

- Drama? - Ele riu. - Eu só estou pondo você no seu lugar.

- Ah então perdeu seu tempo, porque eu já sei muito bem o meu lugar.

- Não parece e você está demonstrando isso agora, me enfrentando. - Ele disse. - Não faz coisa para se arrepender, Martina. - Isso soou como um aviso.

- Por que eu me arrependeria? - Perguntei arqueando as sobrancelhas e Joel me olhou firme, tentando controlar-se da raiva.

- Por que? - Ele riu.

- É, por que?

- Porque eu já disse, sou impulsivo, Martina. Se eu tiver que te quebrar todinha, eu farei isso. Não me tira do sério. - Ele disse apertando meus braços com força.

- Você está me machucando. - Falei tentando me soltar. - Para, Joel. - Pedi. - Zabdiel, Chris. - Gritei tentando alguma ajuda.

- Cala a boca, Martina. Isso aqui é entre a gente. Ninguém mandou você querer dar uma de espertinha. - Ele disse e os garotos bateram na porta, ouviram meu chamado. - Podem ir seus boiolas, deixa que a gente se resolve aqui.

- Não, me tirem daqui. - Pedi, eu não gostava daquela forma de Joel. Ele me olhou bravo, agarrou um de meus braços e me jogou na cama, fazendo eu cair com certa violência e logo semi abriu a porta, colocando só sua cabeça para fora.

- Não se metam. - Ouvi ele dizer para os garotos. - Essa garota tem que aprender a me respeitar, eu tenho que me impor e deixar ela bem na linha.

- Pega leve, cara. Não quero ter que brigar com você. - Zabdiel deu seu recado e ele e Chris se retiraram, Joel fechou a porta e voltou seu olhar para mim que continuava atirada na cama do mesmo jeito que ele me jogou.

- Você não precisa fazer tudo isso, eu não te fiz nada, seu retardado. - Falei acariciando meu braço.

- As vezes... - Joel dizia vindo em minha direção. - As míseras coisas, são as que mais me incomodam. - Ele riu pelo nariz, irônico. - Como o jeito que falam comigo, como se quisessem se impor sobre mim, ou até mesmo quando me batem de brincadeira, que nem você fez. Odeio isso.

- Não bati em você de brincadeira. - Eu sempre tinha que dificultar as coisas. - Te dei aquele tapa porque você mereceu, olha a merda que você falou, aprende a me respeitar porque eu já disse, não sou nenhuma das suas vadias. - Falei levantando-me daquela cama.

- Eu não deixei você levantar, Martina. - Joel disse. - Eu mando, Você obedece.

- Você está confudindo as coisas. - Falei.

- Não, pode ter certeza que as coisas estão bem em ordem, e eu vou dizer porque: você está na minha casa, de baixo do meu teto, existe uma hierarquia aqui, onde eu estou no topo. Entendeu?

- Mas se eu resolver sair daqui, garanto que você será o primeiro à ir atrás de mim.

- Para te matar. - Joel disse sério. - Não vai achando que eu não tenho coragem de estourar seus miolos, Martina, não vai achando que eu estou morrendo de amores por você, isso aqui não é um conto de fadas. Acorde. - Confesso que aquilo me atingiu.

𝙋𝙤𝙨𝙨𝙚𝙨𝙨𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora