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No dia seguinte, Joel não compareceu a escola. Imaginei o porquê, ele estava virado em restos, sem ofensa. ok, com ofensa. Depois da escola até dei uma espiada na rua 6 para ver se ele estava ali e nada, só havia uns outros meninos lanhando umas gatinhas.

No outro dia, estávamos na hora do intervalo, eu Cami, Gustavo, Dan e Thalia. Estávamos em um canto qualquer do pátio da escola colocando papo fora. Gustavo sempre fazia suas piadinhas, enquanto Thalia, sua irmã gêmea revirava os olhos com as babaquices do irmão, mas eu e Cami sempre caiamos na gargalhada, era impossível não rir.

Em seguida, senti alguém passar rápido por mim e deixar um perfume maravilhoso no ar, eu conhecia aquele perfume, olhei a fim de encontrar a tal pessoa e quando me dei conta, Joel já estava distante.

- Você viu aquilo? - Gustavo perguntou Incrédulo.

- Aquilo o que? - Perguntei e ficamos esperando a resposta.

- Joel, aquele cara novo que trabalha aqui na escola, estava com um olho roxo e um machucado no supercílio, acho que alguém andou apanhando. - Me fiz de surpresa.

- Sério, nem percebi. E você, Cami? - Perguntei.

- Eu também não. E você, Thalia? - Cami perguntou.

- Não vi nada. E você, Dan?

- COMIDA! - Dan gritou ao ver uma pessoa qualquer passar com um pastel do nosso lado, e claro, ele foi atrás. Rimos. Dan era aquele típico gordinho que só tinha uma prioridade: comer. Ah e os estudos também, porque ele era um nerdzão.

Enquanto eles conversavam, eu viajei em minha mente, eu preciso fazer algo, algo perigoso. Ir atrás de Joel e pergunta se ele estava bem. Não que eu me preocupasse e tal...

- Gente, já volto. É rapidão. - Falei me afastando do grupo.

- Onde você vai? - Cami perguntou, mas eu ja estava distante.

Saí do pátio da escola e quando me dei conta já estava nos corredores da mesma. O procurando, merda. Eu não deveria, ele não era importante para mim. Parei e dei meia volta. Mas já era tarde demais.

- Martina? - Ouvi aquela voz rouca me chamar, virei-me novamente. - Me procurando? - Joel sorriu de canto, um sorriso malicioso e debochado.

- Claro que não. - Menti. - Por que eu te procuraria?

- Por prazer... - Ele disse e piscou.

- Não sonha, Pimentel. Eu estava indo ao banheiro. - Menti novamente.

- Engraçado, porque o banheiro fica para lá. - Ele disse apontado. - E você estava na direção contrária. - Ele disse chegando mais perto e semicerrando os olhos.

- Sério? - Me fiz de boba. - Mas agora eu vou para a direção certa, se você não tivesse me avisado, eu faria xixi nas calças. Muito obrigada. - Falei enquanto virava para ir em direção ao banheiro, mas então, senti um puxão super forte em meu braço e quando percebi eu estava cara a cara com Joel.

- Ah, Martina... - Ele sussurrou passando os lábios na parte lateral de meu pescoço, me arrepiando e fazendo minha parte íntima dar sinal de vida. - Você estuda nessa escola desde que se conhece por gente, óbvio que sabe onde fica o banheiro. Você mente super mal. - Ele riu pelo nariz. - Sem contar que essa direção que você estava indo é da sala onde eu estava. - Eu não sabia onde ele estava, isso era verdade.

- Hm, acontece né? - Falei indiferente, olhando em volta disfarçando, so havia nós dois naquele corredor. Ninguém podia nos ver.

- Ok, diga o que você quer. - Ele disse mandão, se afastando de mim e cruzando os braços, ele era muito gostoso, puta que pariu.

𝙋𝙤𝙨𝙨𝙚𝙨𝙨𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora