I Want U

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— Confesso que eu até fico meio ereto quando você me chama de Pimentel. — Ele riu malicioso e eu fui obrigada a revirar os olhos, aliás, isso era o que eu mais fazia quando estava com Joel.

— Cala a boca e não mude de assunto, Pimen... Quero dizer, Joel. — Ele riu novamente.

— Ah claro, seu carro, o que tem ele? — Ele se fez de desentendido.

— Garoto, não se faça de sonso. — Falei dando um tapa em seu braço. — Eu sei que foi você quem o arranhou, ficou com raivinha porque me viu beijando Diego, é? Eu estou cansada dessas suas infantilidades. Que caralho, mesmo. — Joel olhou para baixo com um certo olhar maligno, sorriu pelo nariz com um tom de ironia, olhou-me novamente e me empurrou com tudo na parede, fazendo minhas costas doerem, logo ele prensou meu braço com força, impedindo-me de me mover. Nos olhavamos com firmeza o tempo todo.

— Martina... Martina... Você me leva muito na brincadeira. — Ele dizia friamente com aquela sua voz rouca. — Mas eu acho melhor você parar com isso, para o seu próprio bem. Você é minha garota, somente minha, caso ao contrário... — Ele riu com um ar debochado. — Você morre. — Joel segurou meu queixo com força, erguendo um pouco meu rosto, senti uma lágrima escorrer, confesso que era medo, pânico.

— Me larga. — Falei soluçando. — Eu não sou sua, não nasci para ser feita de idiota.

— Claro você já nasceu idiota. — Ele disse e eu ignorei seu comentário.

— Eu tenho que me prender a você. — Aumentei meu tom de voz. — Mas você pode comer até a mãe do padeiro, isso não existe cara. — Tentei empurra-lo, mas foi inútil.

— Espero que você sinta muito por Diego... — Ele disse me soltando e caminhando lentamente pela sala, numa tranquilidade infinita.

— Você não vai matá-lo. — Gritei. — Eu o beijei, a culpa é minha.

— Foda-se, Martina. Eu te avisei, caralho. Qualquer garoto que você ficar morre.

— Então comece se matando. — Falei.

— Eu já falei pra você parar de me levar na brincadeira, porra. — Ele gritou.

— Você é problemático. — Gritei de volta.

— Não, Martina... Adjetivo errado para me caracterizar. Mas se você disser possessivo, eu até aceito. — Ele disse se aproximando novamente de mim. — E Diego... Bom, ja era para ele estar morto há muito tempo. Ninguém me rouba e sai fazendo festa, parte daqueles 15 milhões foram conquistado com o meu suor, você sabe como é difícil pegar carregamentos hoje em dia? Os caras estão por todas as partes. Mas depois vem a negociação, e depois so felicidade. Ah papai. — Ele disse rindo, odiava o jeito que ele banalizava as coisas. — Mas vamos voltar ao rumo das coisas, eu sempre achei engraçado o jeito que você sabia de tudo. — Ele riu com aquele seu ar de idiota. — Estava sempre escutando a conversa dos outros, ou você acha que eu sou idiota?

— Acho que você é idiota. — Disse simples, limpando as lágrimas e quando dei-me por conta meu rosto estava ardendo por causa do tapa que eu levara de Joel. Levei as mãos ao rosto, incrédula por te apanhado daquele idiota. Fiquei o olhando e vi raiva em seus olhos. — Eu nunca seria sua, seu filho da puta. — Gritei. — Nem se eu quisesse.

— Você não esta cooperando, Porra. — Ele disse virando de costas para mim e se apoiando na mesa como se tivesse reprovado sua atitude.

— Você quer me fazer de cadelinha. Porque eu cooperaria?

— Para eu te ter viva, Martina... Eu sou a pessoa mais impulsiva do mundo, quando as coisas não são do meu jeito eu não penso duas vezes, eu acabo logo com isso. Muitas vezes não é nem por vontade própria e sim por impulso, por isso que eu peço para você cooperar, e apenas me obedecer, apenas ser minha. Porra. — Ele disse passando as mãos no cabelo descabelando ainda mais, tentando manter a calma.

𝙋𝙤𝙨𝙨𝙚𝙨𝙨𝙞𝙫𝙚Onde histórias criam vida. Descubra agora