Cap 7

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___ Eu trabalho em uma loja de Mangás ___ revelou com simplicidade e um sorriso simpático.

___Acho que nunca fiquei tão surpresa na minha vida e olha que a pouco tempo me toquei que vim parar em Tokyo magicamente ___ ressaltei ainda surpresa e confusa com tudo isso.

___ Por que? É um trabalho digno. Eu posso não ganhar muita coisa mas é mais do que o sugiciente pra me manter, sem contar que eu adoro mangás, gosto do meu trabalho, me deixa feliz ___ declarou sorrindo largo.
Kaito é um rapaz de aparência sexy e bem chamativa, ele possui um ar de seriedade natural, mas ao contrário do que aparenta, ele alguém incrivelmente sorridente e tranquilo.

___ Isso é impossível ___ declarei me referindo a definitivamente tudo, mas em principal, a ele ___ Como você pode pagar por um lugar como esse trabalhando como vendedor em uma loja de Mangás? ___perguntei sem acreditar ___ É definitivamente impossível ... Mas caso seja, eu definitivamente vou me mudar pro Japão ___ declarei ainda incrédula. Kaito apenas riu e pegou dois pratos no grande armário atrás de sí.

___ Tem razão. É impossível. Esse lugar não é de fato meu; minha mãe é quem paga por ele. Foi sua condição pra me deixar sair de casa ___ revelou ao pôr o prato a minha frente.

___ Oque sua mãe faz? ___ ele permaneceu calado por um longo tempo encarando seu prato, mas logo pôs uma bela colherada na boca e me olhou.

___ É complicado ___ disse voltando a encarar o prato.
O silêncio voltou a reinar entre nós, mas antes de encerrar o assunto, eu preciso fazer uma pergunta essencial.

___ Por que você está me ajudando? Você não me conhece e sem dúvidas também está confuso com a minha história. Eu quase cometi suicídio por achar que estava sonhando; esse tipo de coisa faria qualquer pessoa querer me levar urgentemente pra um manicômio, mas você me trouxe pra sua casa. Por quê? ___ exclamei.
Essa sem dúvida deveria ser a primeira pergunta a ser feita diante da situação em nos dois nos encontramos. Ele tinha motivos de sobra pra me levar a um médio ou a polícia, mas ao invés disso ele me trouxe pra cá. Não sei se fico assustada ou grata.

___ Você parece ser uma garota legal; mas o seu caso não é nada simples, ainda mais aqui. Se eu te levasse pra um hospital, precisaria de mais do que apenas o seu nome; e se eu te levasse pra polícia você ficaria presa até que seu pai viesse te buscar e isso se eles conseguirem contata-lo nos Estados Unidos.
Devido a situação é também toda a confusão do momento, só consegui pensar que a melhor opção pra você, seria eu te trazer pra cá e tentar pensar em algo melhor ___ respondeu praticamente lendo meus pensamentos.

___ Não sei se isso responde exatamente a minha pergunta ___ me impressiona que ele tenha pensado em todas essa possibilidades em um momento tão crítico. Eu mesma não conseguia pensar em nada além de: "com o diabos eu vim parar no Japão?".
O fato, é que ele poderia muito bem ter me largado em qualquer lugar ou mesmo naquela cafeteria, assim não teria que se envolver em assuntos tão complicados e loucos.

___ Eu não poderia te largar em qualquer lugar e ir embora, isso seria muito rude da minha parte. Minha mãe me criou de forma muito educada, jamais poderia deixar alguém que precisa de ajuda sozinho e sem amparo ___ declarou com seriedade.

___ Você por acaso lê pensamentos? ___ perguntei um tanto confusa. Depois do que aconteceu comigo eu acredito em qualquer coisa.
Kaito riu e levou outra colher de arroz frito a boca.

___ Isso seria bem legal. Mas é só que você é muito fácil de ler; nunca encontrei alguém tão simples e definitiva em suas expressões faciais; diria que é quase impossível não deduzir oque você está pensando ___ disse ao me analisar sorrindo ___ agora mesmo você está surpresa e abismada com meu comentário ___ declarou sorrindo.
"Ele é realmente bom nisso".

Depois de conversar sobre teoria loucas de como eu vim parar aqui; Kaito foi pro quarto dormir. Ele parecia cansado e sem dúvidas eu também estaria; mas ainda não estou acostumada com o fuso horário daqui, por isso fiquei na sala assistindo filmes legendados.
Segundo o relógio que apreciar no canto superior da televisão, já eram quase três horas da madrugada.
Mesmo que eu quisesse dormir ou pelo menos tentar, meu cérebro ainda não conseguia processar tudo que estava acontecendo.
Eu precisava fazer alguma coisa, tinha que ao menos tentar falar com alguém.
Mas eu não tinha nada, absolutamente nada.

___ Ainda acordada? ___ Kaito apareceu na sala me tirando de meus pensamentos.

___ Desculpa eu te acordei? ___ ele negou e seguiu em direção a cozinha; retirou a garrafa de agra de dentro da geladeira e pegou um dos copos que haviam em cima do balcão.

___ Você não da não está acostumada com fuso horário, não é!? ___ exclamou após beber a água ___ Relaxa, não demora muito pra se acostumar. Mas você tem que tentar dormir um pouco ___ disse vindo até mim ___ Oque você está assistindo?

___ Acho que é um filme de samurai ___ respondi se dar muita atenção. Pra ser cinsera não prestei atenção em nada que passava naquela televisão desde que a liguei.

___ Acha? ___ exclamou sorrindo.

___ Meu pai deve estar muito preocupado. O Lian também, ele sem dúvida deve estar paranoico e agoniando meu pai com teorias malucas do motivo do meu sumiço ___ ri tristonha ao pensar nisso. Lian sempre foi muito preocupado e ansioso em relação a mim ou qualquer coisa que ele goste. Na verdade, posso até imaginar perfeitamente a sua reação ansiosa e preocupada por não saber onde estou ou com quem.

___ Lian, é seu namorado? ___ perguntou sentando ao meu lado, porém com uma certa distância.

___ Não. Ele é meu melhor amigo, nos conhecemos desde pequenos. Sempre fazemos tudo juntos, menos ir as montanhas, eu nunca vou pra lá com ele porquê é muito frio e eu detesto o frio, não consigo regular minha temperatura como as outras pessoas por isso sinto muito frio; mas esse ano eu prometi que iria com ele, e ele ficou muito feliz ___ sorri ao lembrar da sua expressão sorridente e alegre com algo tão bobo; porém, logo me entristeçi pois não poderia cumprir minha promessa ___ Mas, no final eu não vou poder ir

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