Diario de investigação de Mary Gatie

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28 de setembro de 1997, sou Mary Gatie. Perdi meus pais a alguns anos, desde então eu vivo com meus tios e meu irmão, o governo diz que meus pais sumiram, mais tenho certeza que eles morreram.

Criei este diário para relatar minha investigação quanto ao sumiço de meus pais. Pegarei meu carro esta noite, vou para o ultimo lugar onde os vi, uma casa vermelha na rua J.P. Rabello, não acredito que eu vá encontrar algo importante lá, já que faz anos que meus pais sumiram, mas é meu único ponto de referencia.

Assim que acontecer algo eu volto a escrever.

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Fiquei pensativo, aquela era a ultima lembrança que tinha de minha irmã, mas como o carro dela estava comigo se ela mesma pegou para fazer a viagem?

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Voltei a ler:

Passaram-se algumas horas desde que sai, resolvi comprar um pacote dessas balas de goma, sei que tenho que economizar dinheiro mas acontece que gosto muito dessas balas, elas tem varias cores e sabores, me faz pensar que mesmo que a situação esteja difícil, eu sempre tenho outra opção.

Comecei a sentir uma dor de cabeça e náusea, às vezes é como se minha visão ficasse fora de foco, mas entrarei em uma rodovia muito movimentada e não posso me distrair. Nesse momento estou em um estacionamento de um posto de gasolina, esta tudo calmo, assim que chegar a casa vermelha eu volto a escrever.

30 de setembro de 1997, cheguei a casa vermelha, a casa toda esta suja e empoeirada, minha dor de cabeça esta pior que tudo, encontrei uma gravação do meu pai antes de morrer e ela fala algo de ataques de raiva, não sei o que isso significa.

Encontrei também um papel com algo escrito em alguma língua estranha, talvez as letras estejam apenas misturadas, mas até descobrir vou deixar a gravação e o papel no carro.

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Tudo estava correndo bem, estranho o fato de nenhuma assombração ter aparecido para ela como apareceu para mim, mas não faz sentido se o carro e nem ela voltaram para casa.

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Regressei à leitura:

Estou em um porta malas de um carro, antes que eu entrasse no carro, apareceu um casal mascarado, um homem alto de bermuda e uma mulher loira dirigindo um carro cinza, o homem saiu do carro e apontou uma arma para mim, ele ordenou que eu entrasse no porta malas e foi revirar meu carro, depois ele voltou, abriu o porta malas e me perguntou onde estava meu dinheiro, não podia dizer que não tinha, ele poderia me matar.
Então inventei, disse que havia uma mochila no segundo andar da casa, ele me trancou novamente e entrou na casa com a mulher, ouvi barulhos dos dois discutindo lá dentro, depois os dois entraram no carro e ouvi o carro acelerando, estava correndo de mais, até que entrou num lago, eu não sei o que aconteceu na casa mais a mulher estava gritando para que o homem a soltasse.

Aos poucos a água esta entrando no porta malas e eu já estou cansada de me debater, tudo o que eu posso fazer é rezar por alguma salvação.

Ouvi um tiro , a mulher puxou o banco de trás que dava acesso ao porta malas do carro e esta aqui, ela esta cinza e tem olhos amarelos, esta apontando a arma para mim enquanto eu escrevo e ela esta estendendo a outra mão para que eu entregue meu diário.
Sei que vou morrer e sei que um dia alguém lerá este diário, só peço que não faça como eu, não investigue minha morte nem de meus pais.

Mantenha distancia de quem esta condenado.

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