As cortinas azuis tentaram impedir o sol de entrar, mas ainda assim estava claro o bastante para despertar a repórter. Luanna se sentou na cama, tirando uma mecha de cabelo da boca. Abriu um pouco os olhos, vendo em seu celular, na cabeceira, que tinha acordado pouco antes do despertador, então se jogou de novo na cama, curtindo a preguiça. Sentiu um braço forte a puxar para perto de um corpo quentinho. Sorriu sozinha, se virando para se aconchegar aquele corpo. O cheiro era muito gostoso, quase tanto quanto aquele abraço, e gostou ainda mais do carinho em seus braços.
Espera! Eu não estou em casa! Nem namorado eu tenho! Quem é que... Empurrou aquele peito forte, se afastando o bastante do corpo para poder olhar o rosto de quem estava a abraçando.Scream ficava completamente diferente quando estava dormindo. Parecia tão calmo e relaxado, sem nenhuma raiva para deformar seu lindo rosto. Luanna se "arriscou" a lhe fazer um carinho no cabelo. Seus fios eram grossos como o de um animal selvagem, mas muito macios. Lembrou-se de senti-los quando ele a tomou em cima do impala, mas estava atordoada demais com tanto prazer para apreciar. Esta lembrança lhe fez afastar sua mão, tentando controlar sua excitação. Sentiu a mão dele descer por seu braço, até alcançar sua mão e a trazer de volta para a sua cabeça. Apertou os lábios, tentando não rir.
Se afastou de súbito ao se assustar com suas presas quando bocejou, quase caindo da cama, mas foi segurada por ele.
-Cuidado! - A puxou de volta para que se sentasse.
-Scream, por que está na minha cama?
-Você estava toda encolhida, mesmo com o cobertor; Pensei que estivesse com medo. E pareceu se sentir melhor quando eu me deitei do seu lado.
-Ah... Obrigada - Chamaria qualquer outro homem de louco e o acusaria de assédio, mas Scream parecia tão fofo em sua tentativa de faze-la se sentir melhor, e ainda mais fofo enquanto dormia, que não diria aqueles tantos palavrões horríveis que se passavam em sua mente - Mas... Você estava me abraçando.
-Você se aconchegou - Não poderia refutar. Realmente fez isso.
-Mas você me abraçou primeiro.
-Ontem a noite, você se aconchegou primeiro.
-Prove! - Cruzou os braços, o desafiando com um risinho. Ele fez uma cara emburrada, puxando o cobertor de seu colo. Seus olhos se arregalaram quando viu o volume em sua calça, assim como seu rosto se aqueceu junto ao seu corpo, se lembrando de coisas maravilhosas que poderiam fazer ali e agora. Te controla mulher! - Isso é ereção matinal! Não tenho nada haver com isso!
-Eu levanto umas 3 vezes por noite para ir ao banheiro. Os prédios são barulhentos e minha audição é ótima. Isso aqui é culpa sua desde ontem a noite.
-Não é possível você estar ereto desde... - Virou a cabeça para a sala, e ela também ouviu o toque de um celular. Ele se levantou para ir atender, e ela aproveitou para ir até o banheiro - E ele ainda está duro com essa cara? - Estava tão amassada que se sentia uma pelúcia recém saída da máquina de lavar. Penteou os cabelos e pôs-se a fazer sua rotina matinal de colocar a peruca, lentes e passar uma boa maquiagem. Sentia sempre que fazia um bom trabalho, sabendo usar tão bem a maquiagem. Saiu do banheiro, vendo Scream tomar um susto quando abriu a porta - O que foi homem? Que susto foi esse?
-Entrou uma mulher e saiu outra desse banheiro e quer que eu não me assusto - Deu-lhe um sorriso irônico.
-Engraçadinho! Espero que tenha sido um elogio - Caminhou para o quarto.
-Espero que se sinta bem o bastante conosco para não precisar esconder sua beleza de verdade - Sorriu, embora ele não tivesse visto, pois estava de costas. Achava fofo ele a preferir sem maquiagem e com a cor natural do cabelo e dos olhos. O ouviu sair do quarto e fechar a porta, provavelmente lhe dando privacidade para se trocar. Pelo menos se sentiu mais confortável para não precisar usar saltos. Agora calçou tênis de corrida, se preparando para acompanhar Scream, sabendo como ele andava rápido. Se bem que ele prometeu ser menos babaca. Espero que faça mesmo.
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Lightning - Novas Espécies (Livro 2)
FanficLightning foi resgatado a alguns meses de uma rinha, onde era obrigado a lutar e matar seus amigos. Agora recuperado e com o conhecimento que há uma vida boa por trás das grades, deseja a liberdade a todos os seus irmãos que ainda estão presos. Daia...