Chefe Cretina - Rafa / You G!p

Capítulo 15

Gente logo as brigas acabam tá. Falta pouco para acontecer o que vocês querem! 😉😉

******

Pov. Rafa

Estou digitando notas para a reunião de amanhã quando chaves caem na minha mesa com um grande barulho.

– Nunca mais. – Eu olho para ela com um sorriso, que é apagado na hora que eu vejo o batom vermelho na gola da sua camisa.

– É melhor não ter tido relações sexuais no meu carro. – eu estalo para ela, levantando-me da cadeira. – Você vai mandar lavar o meu carro. – eu balanço o dedo para S/n e espero que ela não possa ver o quão rápido meu coração está batendo. A boca do meu estômago queima com o mero pensamento dela fazendo sexo no meu carro.

Ela olha para mim como se eu tivesse duas cabeças, suas sobrancelhas franzidas em confusão.

– Sério, você nunca transa à noite? – pergunto-lhe. – É o que as pessoas normais fazem. 

– Eu nem sei do que diabos você está falando agora. – ela coloca as mãos nos quadris.

– Você tem batom no colarinho. – eu aponto para o batom.

– Oh, isso. – S/n estende a mão exatamente para o lugar, sorrindo para mim.

– Eu pensei que você estivesse em uma reunião. Ou será que uma amiga de foda se qualifica como reunião nos dias de hoje? – eu pergunto, olhando para ela. – Bons tempos.

– Você não saberia o que é isso nem se batesse na sua cara.

Eu reviro os olhos e zombo dela enquanto eu cruzo os braços sobre o peito.

– Ok, como preferir. – eu olho por ela e percebo que a nossa discussão atraiu algumas pessoas. Espreitando pelos cantos estão Carmen, junto com Caio e Barbara, nos observando com óculos na ponta do nariz. – Você transou no seu escritório e agora no meu carro. Jesus. Você não consegue se controlar? – eu pego minhas chaves na mesa e me inclino para pegar minha bolsa.

– Você é sempre tão tensa? – meu corpo paralisa quando ela continua: – Talvez se você se soltasse um pouco, você ainda estaria casada.

No minuto em que as palavras deixam sua boca, eu escuto um suspiro de Barbara, mas não é isso que me atinge. O que me atinge é o fato de que ela está certa. Talvez se eu não fosse tão tensa, eu ainda estivesse casada. Talvez se eu vivesse um pouco, Rodolfo não teria me traído. Eu não sei o que me dói mais, o fato de eu estar me questionando, ou ela achar essas coisas de mim. Tudo o que eu sei é que o meu coração dói.

Eu coloco a bolsa em cima da mesa e junto as minhas coisas. Eu não faço contato visual com S/n, ou a acuso de qualquer forma.

Minha xícara de café, meus Post-its, a foto dos meus filhos, que eu coloquei ao lado do computador, jogo tudo na bolsa, enchendo-a.

Eu pego as chaves da mesa e me afasto dela, sem olhar na sua direção. Não lhe dou a satisfação de saber que ela atingiu um ponto que me machucou. Todas as brincadeiras do mundo não chegariam nem perto de me machucar tanto quanto as palavras que acabou de falar.

– Rafa – diz ela suavemente, bem quando eu estou prestes a virar a esquina. – Eu não...

Eu me viro, a dor agora misturada com raiva.

– Você não o quê, S/n? Você não quis insinuar que sou tensa, e é por isso que meu marido teve um caso e me deixou? Bem, bom trabalho, S/n, você adivinhou. – eu sussurro com raiva para ela, tentando impedir que a minha voz hesite.