Capítulo 15 - A gente não sabe o dia de amanhã

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Avisos: 

Hey, girls!
Desculpem pela ausência. Acho que como para todos, a vida têm sido difícil nesse tempo de pandemia. Ansiedade de não saber quanto vai durar, de se manter seguros... Enfim.
Nesse contexto às vezes a inspiração some.
Obrigada a todos que me leem, continuo escrevendo por vocês. Saber que cheguei às 5 mil leituras é gratificante e dá forçar para continuar.
O capítulo de hoje é dedicado pra alguém que me motivou bastante a não deixar os problemas fazerem a fic morrer: MissyCarjaval.

Beijos e no final me contem o que acharam!

Manu POV

O estábulo onde ficavam os cavalos era um pouco longe da casa onde estávamos. Por isso, fomos de carro até lá. As meninas se distribuíram nos carros da mesma forma que tínhamos nos dividido para chegar até ali. Todas menos eu, que fiz questão de ir com a Rafa na camionete dela. Ia aproveitar aquele pequeno trajeto para ficar a sós com ela e explicar a minha reação de mais cedo.

As mãos dela seguravam firme o volante e eu a observava enquanto ela dirigia com atenção e cantarolava alguma música sertaneja que tocava no som do veículo. Rafaella ficava extremamente sexy dirigindo e eu precisei respirar fundo antes de falar qualquer coisa para chamar atenção dela.

— Rafa... - Falei o mais suave que consegui. Ela desviou os olhos da estrada e me fitou atentamente, esperando eu prosseguir  Te conheço e sei que tu deve ter ficado com mil paranóias sobre ontem à noite depois da minha reação hoje.

Aquele sorriso perfeito se formou na boca dela, antes da mesma confirmar.

— Você já me conhece tão bem, Manoela... Como lido com isso? - Ela já estava atenta a estrada novamente.

— Ô, se conheço... O lado que faltava eu conheci ontem de noite. - Eu ri e percebi as bochechas dela corarem instantaneamente. A gente já se sentia mais à vontade uma com a outra e eu estava amando isso.

— Para, Manoela! - Ela falou me repreendendo, tímida.

— E eu amei, preciso confessar - Continuei provocando.

— Não precisa confessar, deu pra perceber - Ela balançou os ombros, convencida. O sorriso foi se desfazendo  Por isso estranhei seu comportamento hoje. - Os olhos não se afastavam da estrada.

Respirei fundo antes de começar a falar, ela merecia uma explicação.

— Desculpa por ter levantado e fazer você acordar sozinha na cama e depois desviar do selinho. A verdade é que como eu disse, tô dando um tempo com Igor, bateu a culpa de estar  eu gaguejava sem saber que palavra usar  ficando  falei baixo, meu tom de voz demonstrava dúvida  com você sem ter colocado um ponto final definitivo com ele. - Suspirei

Rafa levou a mão até minha perna, com a palma pra cima, como se esperasse eu entrelaçar os dedos nos dela. Assim o fiz.

— Eu entendo, Manu. E vou respeitar isso... Por mais difícil que seja te ver e não te beijar, vou esperar você ter essa conversa com ele pra gente continuar ficando.

Nossas mãos estavam entrelaçadas, os olhares perdidos. Ao contrário de mim, ela tinha sido firme ao falar a palavra ficando. Parecia ter certeza disso. Ainda assim, o silêncio perdurou por alguns minutos e resolvi quebrá-lo antes que chegássemos ao estábulo.

— Rafa...  Ela desviou os olhos para mim  Eu tava pensando que depois de tudo que aconteceu ontem, não vai fazer muita diferença o que rolar hoje, né?  Ela apertou minha mão e deu um sorrisinho.  Então, se você não se importar com isso, queria curtir contigo hoje. Amanhã eu vou embora, você vai pra Goiânia e não sei quando vamos nos ver de novo. - Fiz bico e ela aproveitou que tinha acabado de estacionar o carro pra depositar um selinho ali.

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