11 | just joon

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N A M J O O N

Abril, 28.

Desde o dia em que descobri ser Nari, quem salvou minha irmã. Se tornou ainda mais difícil estar perto dela, eu simplesmente não conseguia. Era um sentimento de sufoco. Me sentia sufocado em vê-la.

Por isso, acabei inventando diversas desculpas para que não pudéssemos nos ver, mas ainda assim, continuamos nos falando por mensagem. Nari se preocupou tanto comigo.

Ela sempre foi assim? Tão cuidadosa com os outros?

Nós nos conhecemos há quatro meses, apenas quatro meses e eu não sei explicar o rumo que isso está seguindo. Eu não consigo controlar, é algo inevitável.

Preciso mencionar também que, desde o mês passado, eu e Yoongi passamos a conversar, ele é um cara legal. Bem mais do que eu imaginei.

Acabamos tendo assuntos em comum, então nossa conversa fluía de uma maneira bem confortável.
Um dia desses, acabamos indo andar de moto, um dos assuntos que descobri termos em comum, dentre vários. Sua moto é visivelmente um tanto mais atual que a minha, mas quando saímos, em questão de velocidade, seguimos juntos. Ele também acabou me contando que Choi precisou ir até a delegacia para fazer a confirmação do ocorrido na praça. Porque através das digitais na pelúcia, encontraram o criminoso em Ulsan e assim que o trouxeram para Gwangju, solicitaram Nari para fazer o reconhecimento.

E Yoongi sabe de tudo isso, porque Minju a acompanhou na delegacia. E por sinal, os dois estão bem próximos. Mas ele não toca muito no nome de Minju comigo.

E em resumo sobre a delegacia, o homem já havia sido responsável por mais quatro casos semelhantes, resultando em cinco junto a tentativa de sequestro de Hyesun. E quando me foi avisado que fora condenado á vinte e cinco anos de prisão, me senti aliviado, porém ainda é pouco. Vinte e cinco anos não são o suficiente para compensar tudo que esse merda fez aqui fora. Porém não tenho dúvidas que seu número de anos vão aumentar.

Posso estar parecendo hipócrita ao dizer, não é? Mas nesse caso, sim, eu admito que sou.

Nesse instante, estou me martirizando enquanto sinto a água gelada do chuveiro escorrer sobre minha pele.

Porque como disse, os quatro meses se completaram há pouco, e eu já.. merda, por que eu me sinto assim? O que aconteceu comigo em tão pouco tempo?

Essas são questões subjetivas, mas eu nem ao menos sei quais são suas respostas. Elas são um enorme ponto de interrogação em minha mente.

Sem solução.

Depois do banho, após terminar de me ocupar com coisas que costumo ter a obrigação de fazer em frente ao computador, sentei-me no chão, encostando o tronco na parede atrás de mim.

E olhando meu celular, em um momento de impulsão, decidi ligar para Choi.

Mesmo ainda incerto sobre fazê-lo ou não, eu preciso começar a tirar minhas conclusões, preciso parar e olhar a como eu reajo. Eu tenho que tirar a prova real.

Então, a procurei pela minha não tão grande lista de contatos, clicando em seu nome, vendo que a chamada iniciando foi iniciada.

Quando coloquei o celular na orelha, senti uma tensão ao escutar o som de espera. Acabando por fechar os olhos, apertando os punhos.

- Seojoon? Oi!

Assim que escutei sua voz, meu coração acelerou. E eu mordi os lábios ao perceber, frustrado.

- Oi, Nari.. — respondi baixo, ainda vendo apenas o escuro.

- Tá tudo bem? Aconteceu alguma coisa? — perguntou, exalando um certo tom de preocupação.

365 DIAS - KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora