N A R I
Agosto, 22.
Sem que eu pudesse controlar, morri por alguns dias. Mas meu corpo não estava em decomposição e meu coração ainda batia.
Faz uma semana desde que descobri que os últimos oito meses com ele, foram uma mentira. Ele é uma mentira.
E machuca tanto. Você está ciente de como aquilo está te corroendo por dentro, mas continua pensando. Continua se machucando.
E ironicamente, agora está chovendo.
Os braços dele eram tão quentes e confortáveis ao redor de meu corpo. Me faziam sentir tão segura. Não me permitiam ser tomada pelo medo.
Ele era tão carinhoso e atencioso comigo. E mesmo com toda essa mentira por trás, eu não consigo odiá-lo.Só queria entender, como ele foi capaz de fingir tão bem? Como eu me permiti ser uma idiota por todo esse tempo?
E enquanto martirizo-me, sinto a água fria cair por meu corpo, atingindo cada parte de minha pele.
Estou sentada ao chão, fazendo com que minhas costas encontrem o azulejo frio. Já não sei mais se lágrimas escorrem por meu rosto, já que as gotas de água que caem, se misturaram a elas.Mas ainda assim, eu chorava. Chorava até sentir que os soluços presos em minha garganta, me causassem dor.
Me sinto tão cansada de desde pequena nadar contra a correnteza e sempre acabar me afogando. De sempre procurar o caminho o qual julgo que irá machucar menos. Mas tudo isso é inútil, os caminhos são imprevisíveis. As pessoas são imprevisíveis e eu deveria aprender a não me entregar totalmente de maneira tão fácil.
De maneira tão vergonhosamente estúpida.
Agosto, 24.
[ Dois dias depois ]- Ei, Narizinha.. — Minju me chamou, com sua voz calma, tocando meu nariz, assim como quando éramos crianças — O que quer comer? — parou de andar, enquanto tinha o braço enlaçado ao meu.
- Tô sem ideia.. — respondi, sincera, olhando em volta.
- Um hambúrguer? — apontou para a lanchonete que possivelmente é nova, eu nunca havia a visto aqui pelo centro.
- Sim, pode ser.. — sorri fraquinho, enquanto íamos até o lugar.
A fachada era bonita, tinha um tom simples em madeira que dava um ar rústico ao local.
- Boa noite! — se curvou e retribuímos o gesto em educação — Será uma mesa para duas? — a atendente perguntou, sorridente.
- Sim, para duas.. — Minju quem confirmou e fomos levadas até o local.
Por dentro era bem espaçoso e aconchegante. Gostei daqui.
- Minju.. — chamei, enquanto ela já olhava o cardápio — Por que não chamou o Yoongi? — decidi perguntar, já que ela não tocou no nome dele desde que me buscou lá em casa.
- Não é nada, Nari! — sorriu e me esticou o cardápio — Tem um lanche aqui que você vai gostar, dá uma olhada.. — tentou desviar do assunto.
- Minju. — chamei mais uma vez, não me movendo, apenas olhando seu rosto.
- Não sabíamos se você iria se sentir confortável.. — confessou devagar e eu franzi o cenho negando.
- Por que? Somos amigos, poxa..
- Eu sei, só.. — suspirou fraquinho, olhando-me com cuidado — Quer que eu chame? Ele deve estar aqui pertinho..
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365 DIAS - KNJ
Fanfiction[CONCLUÍDA] Kim Namjoon, um amador no mundo do crime, foi contratado para assassinar a filha de um dos mais conhecidos CEO's de Gwangju. Dando um ano como prazo. Mas, ele conseguirá sair ileso mental, emocional e fisicamente? Desde o dia que Kim opt...