N A M J O O N
[ Julho, 18 ]
- Como você quer que eu faça o almoço desse jeito? — perguntei, sentindo braços me apertarem pelo quadril e um queixo apoiado sobre meus ombros.
- Fazendo.. — Nari murmurou, ainda em minhas costas e eu ri, colocando uma de minhas mãos sobre as suas.
Desde o final do mês passado, nossa relação avançou bastante. E no mesmo instante em que isso me deixa contente, é como se eu mesmo estivesse me apunhalando pelas costas, consequentemente, a ferindo também.
Porém, durante essas semanas tudo tem acontecido de uma forma tão boa e leve. Como se realmente não existisse nada errado. Mas no fundo, eu sei que estou me enganando e apenas mantendo meu egoísmo em pé. Só que, é difícil não desejar sua presença. Sinto como se eu estivesse totalmente perdido no escuro e ela é a pequena luz ao longe mostrando-me a esperança.
Porque desde o início, Nari é assim. Uma fonte de energia em um mundo que aos poucos, está se apagando completamente.
- Eu faço a salada! — após me soltar, voltou até em frente ao balcão, onde as verduras estavam.
- E isso aqui? — apontei para a panela e ela fez um gesto como se não soubesse.
- O que? Faz aí.. — disse e ri com seu tom — Quero ver se Hyesun estava certa. — comentou e eu franzi o cenho.
- Ela disse alguma coisa da minha comida?
- Talvez.. — murmurou e eu acabei rindo mais ao lembrar.
"Às vezes o Joonie deixa a comida com sal, sem sal, queimada, crua.. mas nunca igual da vovó, acredita?"
- Hyesun acha que é fácil cozinhar.. — comentei, procurando por alguns temperos.
- E não é?
- Eu tô fazendo tudo sozinho, se a comida ficar ruim, você não pode ficar brava! — disse, a olhando por cima dos ombros.
- Como você mora aqui sozinho e não cozinhar? — lançou uma olhadela rápida pelo pequeno cômodo e eu dei de ombros.
- Quando sou só eu, faço coisas bem mais simples.. então é meio complicado! — revelei e de repente escutei um pigarreio.
- Joon.. — chamou, com as mãos nos olhos, coçando-os.
- O que foi? — perguntei, ainda observando a panela no fogão.
- Meu olho..
- Tá doendo? — abaixei a temperatura do gás, colocando o pano de prato que segurava sobre os ombros e dei alguns passos até estar em sua frente — Deixa eu ver.. — pedi, colocando meu polegar e indicador em seu queixo, para levantar seu rosto.
- Deve ser um cisco.. — comentou, removendo suas mãos do local, me permitindo olhar melhor.
E como minha avó sempre fazia comigo, por algum motivo, tentei soprar. Fazendo com que meus lábios completassem um formato automático de biquinho.
Sendo assim, o que ela fez foi abrir bem os olhos, deixando com que um sorriso sapeca surgisse em seu rosto, esquecendo totalmente do incômodo que reclamava anteriormente. Levou as palmas até minhas bochechas, puxando meu rosto, até que seus lábios encontrassem os meus, em um selinho.
- Nossa, acho que meu olho já tá bom, acredita? — disse, diante de minha feição risonha. E dessa vez, eu quem uni nossos lábios novamente em leves estaladas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
365 DIAS - KNJ
Fanfiction[CONCLUÍDA] Kim Namjoon, um amador no mundo do crime, foi contratado para assassinar a filha de um dos mais conhecidos CEO's de Gwangju. Dando um ano como prazo. Mas, ele conseguirá sair ileso mental, emocional e fisicamente? Desde o dia que Kim opt...