03 | what's ur name?

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N A M J O O N

Dezembro, 24.

[ 08:30 am ]

Assim que acordei, a primeira coisa que fiz esticar minha mão, passando debaixo do travesseiro, tentando encontrar o celular para abaixar o volume do despertador. Bufei, deixando o aparelho sobre minha barriga e passei as mãos nos olhos, coçando-os.

- Quero dormir mais.. — murmurei, abrindo devagar os olhos para ter certeza que a cortina estava fechada, quando o sol ficava direto em meu rosto era detestável.

[...]

Após levantar e estar de banho tomado, deixei apenas uma toalha ao redor do quadril enquanto separava as roupas que iria usar.

Por fim, acabei vestindo uma jeans preta com rasgos no joelho e uma blusa branca de manga curta e folgada.

Naquele momento, apenas terminava de colocar meus tênis, já estavam um pouco velhos, mas eram realmente confortáveis.

Assim que saí do quarto, fui em direção à cozinha para pegar meu capacete e a chave de minha moto que ficavam em cima do armário. Quase esquecendo meus óculos escuros. Os comprei recentemente, porque meus olhos estão um pouco sensíveis e opto por usá-los, mas também porque eles me dão um ar misterioso, que sinceramente, considero irresistível.

E como de costume, subi em minha moto, mas dessa vez partindo em direção a uma das cafeterias mais famosas da cidade, a Coffeland, que não era tão longe de minha casa.

Quando cheguei ao estacionamento, não foi muito difícil encontrar uma vaga. Sendo assim, depois de estacionar, olhei para a cafeteria e respirei fundo, removendo o capacete de minha cabeça, o apoiando em um dos volantes. — Espero que você esteja aqui.. — murmurei, aproveitando para olhar meu reflexo no espelho, bagunçando um poucos meus fios ainda úmidos e desci da moto.

Quando que entrei no estabelecimento, me deparei com um cartaz que aparentemente fôra escrito à mão. Nele tinha um "Feliz Natal" junto com um desenho do Noel e suas renas indo em direção ao Coffeland.

Ao olhar mais em volta, vi que aqui não havia mudado tanto desde a última vez, ainda continuava uma cafeteira com estilo retrô, o que não deixa de ser bonito.

O chão com pisos quadriculados que faziam um contraste entre branco e vermelho. Junto a alguns quadrinhos na parede com artistas famosos dos anos 60.

Piscas-piscas espalhados por toda parte e uma árvore enorme pouco decorada com os devidos enfeites, mas cheia de pequenos papéis, que no momento não me sinto curioso em saber o que é.

Mas logo deixei de focar nos detalhes à minha volta, passando a olhar ligeiramente pelas mesas, tentando achar o alvo. E durante esse processo, andei até o balcão, me sentando em um dos bancos.

Pela foto que me foi entregue, Nari possui algumas mechas azuis em seu cabelo escuro, que são chamativas o suficiente.

- Nari? — de repente, escutei alguém chamar, mas não olhei, continuei encostado no balcão fingindo mexer no celular — Compra uma água agora!

- Água? — ao ouvir sua voz, concluí duas coisas: ela tem uma linda voz e a partir de agora, o plano começou.

- Viu o tanto que você secou o cara ali? Na cara dura ainda! — a primeira voz feminina comentou, soltando um riso — Ele mal entrou!

[...]

Fiquei ali no mesmo lugar por pouco tempo. Pedi um milkshake e continuei mexendo no celular, mas com os ouvidos atentos caso falassem algo importante.

365 DIAS - KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora