Desejo;

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O desejo é ânsia de cumprir uma vontade ou de saciar um gosto. Pode-se desejar objetos materiais (uma casa, um automóvel), situações (férias, um reencontro familiar) ou até pessoas (o desejo sexual).

Quando seus pés tocaram o piso molhado ao lado da piscina e seus olhos focaram em Rafa vindo ao seu encontro com Sofia no colo, Manoela sentiu seu corpo tremer como se estivesse no meio de uma nevasca fora de época em Nova York.

E quando a mineira se colocou à sua frente com um sorriso que quase não cabia no rosto, Manoela sentia como se fosse desmaiar. Seu rosto deve ter ficado pálido, tinha certeza disso, ou tinha alguma coisa errada com sua expressão facial pois o sorriso no rosto de Rafa se desfez e juntamente com Catarina, a influencer lhe encarava preocupada.

— Manu? Você tá bem? — a influencer perguntou passando Sofia para o colo de Catarina.

— Quê? — murmurou confusa ou sentir as mãos quentes da mais alta em suas bochechas.

— Você tá bem? Parece que viu um fantasma. — Rafa tornou a falar mas logo sua atenção foi para Catarina que ria da irmã.

— Isso é nervosismo, Rafa. — a mais nova disse enquanto brincava com Sofia, fazendo a bebê rir. — É tudo medo de conhecer a sogra e da Soso não gostar dela.

— Não precisa ficar nervosa, menina! Eu já gosto mais de você do que da Rafaella. — Dona Genilda, que também havia estranhado a reação de Manu, aproximou-se tentando acalmá-la.

— Mãe?

— O quê? Você e seu irmão só servem para encher minha paciência. — a mais velha riu enquanto abraçava Catarina. — Olha, Manu, não precisa ter medo de nada, eu assistir aquele programa inteiro e tenho certeza que você é a pessoa certa para apagar o fogo dessa ai.

— Mãe! — Rafa exclamou envergonha, suas bochechas adquiriram um tom forte de vermelho, o que fez Catarina gargalhar.

— Eu amo que as duas morrem de vergonha quando alguém fala de sexo e no programa só faltavam fazer um sextape pra colocar no xvídeos.

— Catarina! — Manoela quebrou seu silêncio para repreender a irmã fazendo a mesma gargalhar.

— Olha! Ela sabe falar. — Dona Genilda brincou fazendo, agora, as bochechas de Manu ficarem avermelhadas. — Não precisa ter vergonha ou medo de mim, menina. Eu sou uma sogra maravilhosa, e pode ficar tranquila que vou ficar com os dois olhos grudados na Rafaella pra você.

— Mãe, a senhora não ia sair para fazer compras com a Marcela? — a mais alta resmungou recebendo um tapa no braço. — Mãe!

— Tá me expulsando, Rafaella?

— Não! Eu só estou lembrando você dos seu compromissos.

— Sei... — a mais velha resmungou. — Foi bom ver você pessoalmente, Manu. Espero que nos encontremos mais vezes e que você se sinta mais confortável da próxima vez.

— Desculpa ter travado assim. — Manu respondeu recebendo um abraço carinhoso da sogra.

— Não tem problema! Já quero você lá em Goiânia com a gente, e tá convidada pra próxima resenha, as três estão. — declarou apontando para Catarina que balançou a cabeça em concordância. — Dona Bruna tá me devendo uma coisinha, ai vocês podem levar no dia.

— Que coisinha a Bruna tá devendo pra senhora? — Rafa perguntou confusa.

— Nada de mais. — a mais velha respondeu com uma breve risada. — Tenho que ir, Marcela já deve tá impaciente com minha demora.

Quarto Branco [Ranu]Onde histórias criam vida. Descubra agora