Thirty two.

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                          ruel
          enquanto isso no sítio.

─O que você tá fazendo com o meu celular? ─pergunto a morena que mexia no meu celular sentada ao meu lado na cama. Me movo na cama, uma, duas, três vezes tentando criar coragem para levantar.

─Nada demais. ─responde a mesma dando de ombros.

─Nossa, que dor de cabeça do caramba... ─passo as mão nos cabelos na intenção de que a dor vá embora. ─Quanto tempo eu dormi?

─O suficiente para amanhecer o dia.

Sobressalto da cama ao me vê totalmente em mim.

─O que você tá fazendo aqui!? ─pergunto obviamente assustado, me cobrindo com o lençol da cama ao perceber que estava sem as roupas.

─Calma, Ruel, deita. ─ela faz menção para que eu deite, mas eu me solto dos seus braços.

─Calma é o caramba! ─O que aconteceu? ─Por que você tá aqui? ─O quê eu fiz ontem?

─Tantas perguntas. ─Você realmente não lembra de nada?

Nego com a cabeça.

─Ontem você bebeu tanto até ficar inconsciente e você meio que... começou a agir estranho e a gente acabou ficando.

─O quê!? Não, não você só pode estar de brincadeira. Como eu perdi tanto a cabeça assim, ao nível de não lembrar de nada!

─Você tá zuando com a minha cara, não é? ─ela não responde nada, apenas nega com a cabeça.

─Caralho... ─respiro uma, duas, três vezes tentando me acalmar. ─Não entendo que você sabia que eu estava bêbado e por que mesmo assim aceitou ficar comigo!?

─Eu não sei, Ruel. Eu também tava bêbada!

─Você tava bêbada?! E como é que você se lembra de tudo?

─Eu não lembro de tudo, eu só lembro que a gente ficou e daí em diante eu não lembro de mais nada.

─Staisse, você não tem noção da gravidade que é esse problema! ─Isso foi um erro, caralho! Tudo isso foi um erro, eu não queria ficar contigo, eu nunca quis.

─Agora não adianta lamentar, né. Toda a merda já foi feita!

─Como você tem a cara de pau de falar na maior naturalidade, Staisse?!

─Com que cara eu vou ficar agora, sabendo que eu fui pra cama com uma das minhas amigas, que praticamente é minha irmã?! ─altero um pouco meu tom de voz. ─Você tem noção da gravidade do problema agora?

─Você fala desse jeito como se a culpa fosse toda minha! ─ela solta uma respiração pesada. ─Caralho, Ruel! ─Eu não te obriguei a fazer nada, você fez por vontade própria! ─A culpa não é minha!

─Eu tava bêbado, Staisse! ─Eu não lembro de nada, meu!

─O problema não é meu! ─Você bebeu por que você quis! ─Staisse praticamente cospe as palavras na minha cara, me fazendo parar um pouco para pensar.

─Some daqui! ─ordeno apontando diretamente para a porta. A morena apenas me olha, sem mover um músculo. ─Sai logo, caralho! ─grito, enquanto Staisse se levantava da cama cuspindo fogo.

Barulho da porta se batendo com toda força ecoa pelo quarto, passos no corredor são ouvidos e logo depois apenas minha respiração pesada é se ouvida no ambiente.

Passo as mãos sobre o rosto, tentando assimilar tudo o que tinha acabado de acontecer. Aquilo tudo, era muita informação para mim ainda. Não conseguia acreditar que tinha tranzado com uma amiga minha na noite passada.

Nudes | RuelOnde histórias criam vida. Descubra agora