Fifty four.

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     any

Sábado! Sim, hoje era sábado. Dia do meu encontro com o Ruel.

E que dia era esse...

Me via em frente ao espelho observando minha face, que estava com seus belos olhinhos de panda da noite anterior.

Lembro-me de ter voltado para casa por volta das cinco e quarenta e cinco da madrugada. Se eu bebi? Beber foi pouco, eu acabei enchendo a cara e ficando bêbada pra valer. Lembro que meu pai brigou um monte comigo, depois disso não lembro mais de nada, só me recordo que vim parar sobre a cama por causa da minha irmã, por que meus pais estavam bravos demais para me ajudarem a subir os degraus até e meu queridíssimo quarto.

Não devia mais ser novidade para eles, o fato da filhinha queridinha deles, está crescendo e daqui a pouco é mais um adulto no mundo.

Estou acabada, isso é fato.

O rímel da noite anterior borrou toda minha cara, parece que eu passei a noite toda chorando. Mas não, eu só fui dormir.

Estou com medo de descer agora, e encontrar meus pais lá embaixo. Medo do que pode acontecer. No mínimo eu levarei uma boa bronca deles, e serei castigada por alguma coisa. Só espero que eles não inventem de trancar minha faculdade no México. Não, mas isso eles não fariam. Tipo, nunca mesmo.

Depois de tomar um bom banho, eu desci as escadas bem devagar, encontrando minha irmã no sofá da sala sentada lendo uma boa revista.

─Ei. ─chamei sua atenção sem fazer o menor barulho possível. Rapidamente ela me encara franzindo o senho.
─Cadê os pais? ─pergunto quase que em um sussurro do topo da escada.

─O pai foi trabalhar, já a mãe deve ter ido no supermercado comprar alguma coisa.

─Ótimo! ─falei mais para mim, do que pra ela.

─Olha só, quem teve seu primeiro pt da noite anterior! ─a voz familiar surgia vindo da cozinha.

─Andrey? ─pergunto franzindo o senho. Geralmente ele só vem aqui a cada ano. ─O que faz aqui?

─Vim fazer uma visita. Fazia tempos que não vinha na casa do meu querido tio. ─seu deboche era visível em seu rosto.

─Ah. ─passei por ele, indo até a cozinha.

Abri a geladeira, de lá tirando uma jarra de suco. Botei no meu copo, e bebi toda a quantidade do líquido.

Cortei um pedaço do bolo de cenoura que minha mãe sempre faz pela manhã. Dando uma mordida, no qual eu tenho uma tara.

Andrey surgiu na cozinha acompanhando de minha irmã.  Ambos pareciam pessoas que iriam me interrogar

─Não vai mesmo me dizer como foi seu primeiro dia bebendo? ─ele mantinha um sorriso divertido no rosto.

Reviro meus olhos. Um velho costume. ─Não é a primeira vez que eu bebo.

─Então quer dizer, que você já bebeu outras vezes? ─minha irmã entra na conversa.

─Sim. A primeira vez que eu bebi foi na festa do time de futebol da escola.

─Papai sabe disso? ─Madison perguntava.

─Não! Eles tavam viajando nesse dia.

─Então eu vou contar! ─Andrey dizia, como sempre aquele maldito sorriso estava em seu rosto.

Eu sentia vontade de bater nele, só para ele parar de ser tão idiota as vezes.

─Você não é nem doido, de fazer uma coisa dessa! ─semiserrei ele com o olhar.

Nudes | RuelOnde histórias criam vida. Descubra agora