Sendo sincera, eu planejei o começo e o final dessa fanfic. O que vai acontecer no meio nem eu sei, e a partir de agora a escrita ta só fluindo naturalmente. O que vem na cabeça na hora eu escrevo, então não sei até quando vou conseguir postar rápido do jeito que to fazendo
-x-
- Vamos curar esses ferimentos, Bakugou.
- Como ela está, velha? - o garoto se afastou de Recovery Girl, levantando-se e cruzando os braços.
Estava na sala de espera da enfermaria da U.A. há quase duas horas, aguardando informações. Queria ter entrado com a garota e acompanhado os exames, mas Recovery Girl o proibiu, dizendo que precisava de paz e silêncio para exercer seu trabalho altas horas da madrugada.
Visto que Bakugou era a única pessoa em quem a garota confiava plenamente, ele foi encarregado de cuidar dela enquanto o restante do Grupo Alfa lidava com os criminosos e o Grupo Beta conduzia as garotas resgatadas até a delegacia, onde poderiam relatar o sequestro e contatar familiares em segurança.
Mais cedo, na van, a garota tinha se assustado ao ver Aizawa e Kosei, agarrando-se a Bakugou como se sua vida dependesse disso. Sua reação foi mais tranquila ao ver Midnight, o que indicava um trauma maior em relação aos homens.
Ela não soltou Bakugou até estar na enfermaria, onde ele explicou que Recovery Girl precisava checar sua saúde, e ela lentamente entendeu que não a fariam mal. Mesmo assim, ela só soltou o garoto após ele prometer que ficaria do lado de fora o tempo todo e entraria imediatamente se ela precisasse dele.
- A condição dela é muito delicada. Me deixe cuidar desses seus ferimentos primeiro, depois conversaremos sobre isso.
Relutante, Bakugou bufou e assentiu, voltando a se sentar para que Recovery Girl pudesse lhe dar um beijo na bochecha. Sempre fora mais alto que ela, mas nos últimos anos tinha crescido uns bons centímetros, o que dificultava ainda mais que ela conseguisse curá-lo se estivesse de pé.
Não via necessidade alguma de ser curado, visto que seus ferimentos eram superficiais e nem sequer o incomodavam, mas já estava na U.A. tempo o suficiente para saber que aquela velha era teimosa pra caralho. Ele era mais, é claro, mas estava cansado e sem disposição alguma para discutir naquele momento.
Seus arranhões se fecharam em um instante e os hematomas passaram de um roxo intenso para amarelo esverdeado em alguns segundos, sumindo logo em seguida. Como os ferimentos eram relativamente leves, sequer sentiu o cansaço extremo que a individualidade da heroína causava naqueles que curava.
- Agora fala, porra - murmurou, começando a ficar irritado. Preocupação era um sentimento que ele odiava sentir, o que quase sempre o deixava carrancudo e sem saber como lidar com a situação.
- Ela está muito fraca. Muito fraca mesmo. Eu não sei exatamente o que fizeram com essa menina, mas as condições em que era mantida eram certamente muito precárias - Recovery Girl abriu a porta da enfermaria, chamando-o com a mão para que entrasse também. Bakugou entrou silenciosamente, observando o local, notando que a garota estava deitada em uma das macas, dormindo. Um cobertor com o logo da U.A. estava jogado sobre o corpo pequeno, que se encontrava encolhido em posição fetal.
- Ela estava em uma jaula. Tinha só uma cama e mais nada, não tinha nem a porra de um banheiro. Só aquela merda de cama desconfortável e flores jogadas pelo chão. Acho que tem a ver com a individualidade dela - disse, descendo o olhar para a própria mão que ainda segurava a pequena astromélia que ela lhe dera. A flor murcharia muito rápido se ele não colocasse na água logo, mas por algum motivo não conseguira soltá-la.
- Ela me mostrou - Recovery Girl apontou para um monte de folhas e pétalas no chão da enfermaria.
Olhando para as folhas, Bakugou percebeu que foi provavelmente assim que ela se escondeu tão bem mais cedo. Criou folhas suficientes para cobrir seu corpo e deitou em baixo delas, camuflando-se na floresta.
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Explosão de Flores - Imagine Bakugou Katsuki
RomansaBakugou não gostava de resgates e, com toda a certeza, não era muito bom neles. A ação era mais seu forte: explodir os vilões, ganhar as lutas, meter a porrada. Os resgates demandavam paciência e um certo tato para lidar com as vítimas, coisa que Ba...