Flórida

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Hoje é o grande dia. Coloco o celular para despertar as 03:25 da manhã, as malas já estão prontas e me esperam dentro do carro. Eu estou tão animada para ir para a faculdade, confesso que não tive as melhores experiências na escola e o fato de eu usar óculos e moletons não ajuda muito. Eu pego uma toalha atrás da porta e entro no banheiro. Fico quase vinte minutos no banho, lavo o cabelo com meu shampoo com cheiro de coco e deixo a água levar todas as tensões do meu corpo embora. Saio do banheiro enrolada na toalha e vou para o meu quarto, que agora não tem quase nada meu. Penteio o cabelo e coloco a roupa que eu separei para esta ocasião. Visto a calça jeans de cintura alta e a o moletom em cima da blusa branca que eu coloquei apenas por hábito, coloco meu vans preto e passo a mão pelo corpo para tirar os amassados inexistentes.

Coloco os fones dentro da bolsa, juntamente com o carregador e o celular, olho para as chaves de casa e meu coração aperta de saber que não vou mais precisar delas. Eu fecho a porta e desço as escadas aos pulos. No primeiro andar vejo Evellyn sentada junto com tia Renata, as duas tem os olhos vermelhos pelo choro, mas sorriem alegremente quando me veem.

Renata: Minha menina cresceu. - Ela diz e me abraça apertado, eu a abraço na mesma intensidade e afundo o rosto em seu pescoço, para fazer aquele cheiro de morango e amor penetrar fundo em minha mente. - Tudo bem, tudo bem, não queremos que você se atrase para pegar o avião.

Evellyn: Eu também quero um abraço antes de você ir Mary.

Mary: achou que eu ia ir embora sem dar uma braço na minha irmã mais velha? - Seus olhos de enchem de lágrimas e ela me abraça.

Evellyn: vou sentir sua falta todos os dias. - Ela diz.

Mary: E eu vou sentir a sua. - Eu a aperto como se fosse a última vez que eu a veria.

Renata: Tudo bem, temos que ir.

Nós entramos no carro e a viagem até o aeroporto é cheia de "você vai amar a faculdade" ou " se precisar de qualquer coisa, é só me ligar". Eu aprecio o gesto, mas eu estava mais preocupada com meus pais, será que eles teriam tempo para mim? Para me conhecerem de verdade? Será que eu vou conseguir dar orgulho para eles?

Chegamos no aeroporto e eu pego minha malas no carro. Dou um último abraço nas duas e vou para o avião, não, eu não olhei para trás, é brega de mais.

O vôo até a Flórida foi tranquilo, por mais que eu estivesse ansiosa, sabia que ficar nervosa não ia adiantar absolutamente nada. Eu desci no aeroporto e vi uma placa escrito "Rosemary", eu olhei para procurar meus pais, mas tudo o que vi, foi um senhor, de aparentemente uns trinta anos segurando a plaquinha. Caminhei até ele e sorri amigavelmente.

Mary: Eu sou a Rosemary, onde estão meus pais?

XxX: Eles sairam em uma viagem de última hora e pediram para eu vir lhe buscar. - Ele era alto, moreno, usava um terno e óculos escuros, tinha uma barba por fazer e sua voz era estranhamente simpática. - Sou Ricardo, a propósito.

Mary: É um prazer Ricardo. - Apertei a mão dele. - Não quero ser grossa nem nada, mas o senhor é o que exatamente?

Ricardo: Não precisa de toda essa formalidade. Pode me chamar de Rick. - Ele sorriu e tirou os óculos, mostrando incríveis olhos azuis. - E respondendo a sua pergunta, eu sou seu segurança, vou com você a qualquer lugar.

Mary: Deixa eu adivinhar, é para a minha segurança, porque a Flórida pode proporcionar muitos riscos para uma garota da minha idade?

Ele pareceu surpreso, mas logo se recompõe.

Rick: Foram as palavras de sua mãe.

Mary: Eu imaginei. - Sinceramente, eu nem tinha chegado ainda e ela já tinha colocado um segurança no meu pé? Eu não acredito! Não que eu seja inconsequente, mas não é como se eu fosse arriscar a minha vida.

Rick: Podemos ir?

Ele pergunta e pega as malas.

Mary: Claro.



Desculpe pelo capítulo pequeno, eu postarei o próximo capítulo em breve! Não se esqueçam de votar e dar sua opinião nos comentários, eu realmente gostaria de saber a opinião de vocês e sujestões são bem vindas!
Obrigada por lerem, minhas Nutellynhas❤️

Querida RosemaryOnde histórias criam vida. Descubra agora