Entramos em um sedã preto e vamos para a minha nova casa. No caminho, eu observo as ruas e as paisagens, nunca entendi o que essa cidade tinha de tão especial, talvez eu descubra com o tempo. Rick me leva por uma estrada de terra, a casa é meio afastada da cidade, meus pais sempre gostaram muito da visão do campo.
Quando passamos pelo portão, fico espantada com o tamanho da casa, ela tem três andares e uma cobertura, é branca e a parte da frente é feita apenas de vidro. A porta é grande e automática, eu só vejo muito sentido. Minha confusão deve estar estampada no meu rosto, pois Rick me olha com um sorriso um tanto zombeteiro.Rick: A porta é de vidro reforçado e as janelas são de vidros a prova de balas. - Arqueio uma sobrancelha. - E só podem ser abertas quando o controle está a um metro de distância. - Ele aponta para o chaveiro e vejo um controle, parecido com o da garagem.
Mary: Tudo bem. - Ele pega as malas e caminha ao meu lado.
A decoração da casa combina perfeitamente. Os móveis são beges e se destacam no branco perfeito da casa. O sofá virado para a televisão em frente a janela, o tapete creme combinado com as cortinas que vão até o chão e são fechadas por controle também. Uma bancada separa a sala da cozinha, ela é de pedra e tem um armário embutido, uma geladeira enorme e um "fogão" com duas bocas. Subimos para o segundo andar, era um corredor, tinham quatro quartos e entre eles, tinham dois banheiros, porquê dois banheiros no mesmo andar? Eu não entendi muito bem. Subimos para o terceiro aindar e eu fiquei com medo de me perder, mas...onde era o meu quarto?
Mary: Onde é o meu quarto?
Rick: No terceiro andar. O quarto dos seus pais fica no primeiro andar, o segundo andar é para os hóspedes...
Mary: Muitas pessoas vem aqui?
Rick: Não muitas.
Mary: Então pra que os quartos de hóspedes?
Rick: Eles não ficam muito aqui, então, geralmente a casa é alugada para festas e coisas assim. Por isso a parte de fora é tão grande, principalmente a piscina.
Mary: Como assim "eles não ficam muitos aqui"? É a casa deles.
Rick: Eles viajam muito, passam os fins de semana aqui. - Acho que minha tristeza ficou estampada no meus rosto. - Mas eles tiraram férias para mostrar a cidade a você, até você se adaptar com a vida independente.
Mary: Ah. Sabe quando eles voltam de viajem?
Rick: Não tenho certeza, mas não devem demorar, é só uma viagem de rotina.
Chegamos ao meu quarto, ele era grande, três vezes o tamanho do meu quarto antigo, tinha um closet enorme, do lado do banheiro, grande também. Uma cama de casal, instalada no meio do quarto, em frente a uma televisão imensa. Me senti entranha nesse quarto, nessa casa, era tudo surreal de mais.
Rick: Eu vou estar la embaixo se precisar de algo, é só me chamar. Aproveite.
Mary: Obrigada.
Ele assentiu e saiu do quarto. Eu não perdi tempo, peguei as malas e organizei tudo, minhas roupas não ocuparam nem metade do closet, bem, considerando que minhas roupas estão resumidas a moletons e calças jeans. Nunca gostei de sair e sinceramente? Eu prefiro passar uma sexta de noite lendo um livro, que ir para a balada com os amigos.
Eu desço as escadas e vou para a cozinha, só comi uma barra de cereal todo o tempo. Assim que entro, tomo um susto, uma senhora está mexendo nas panelas em cima do fogão, ela tem o cabelo parcialmente branco e usa um avental florido.
XxX: Ah, olá. Você deve ser Rosemary, não? - Sua voz e baixa e calma e ela sorri, simpática.
Mary: É um prazer. A senhora é...?
XxX: Qua falta de jeito minha, eu sou a governanta. Pode me chamar Luna.
Mary: claro dona Luna. O que tem para o almoço.
Luna: isso depende do que você quer comer.
Mary: lasanha?
Ela sorri bondosamente.
Luna: teremos lasanha para o almoço.
Eu sorrio.
Mary: bem, eu vou dar uma volta pela propriedade, conhecer o lugar.
Luna: é claro, querida. O Rick está na garagem, se precisar de ajuda.
Mary: obrigada tia.
Eu vou em direção a parte de trás da casa, paço pelo quarto dos meus pais, mas não me atrevo a entrar, a mais um banheiro nos fundos e uma enorme porta que da visão a um lindo jardim. Eu saio e anda pelo caminho de pedras, até chegar a área da piscina, a espreguiçadeiras espalhadas por todo o lugar e a piscina em si, é imensa. Eu me sento em uma das espreguiçadeiras e tiro o moleton.
Rick: está gostando da casa?
Mary: sim.Ele se senta na espreguiçadeira ao meu lado.
Mary: a quanto tempo você trabalha para os meus pais?
Rick: sete anos.
Mary: de onde você é?
Rick: eu nasci em Londres, mas me mudei para cá quando era novo.
Mary: você tem quantos anos?
Rick: vinte e sete.
Ele parecia desconfortável em responder as perguntas e eu me senti uma idiota.
Mary: me desculpe pelo interrogatório, não é de propósito...
Rick: não precisa pedir desculpas, você quer saber mais sobre a pessoa que vai passar tanto tempo com você, eu entendo isso.
Mary: é que... Você parecia desconfortável em responder.
Rick: é sério? Desculpe, não queria passar a impressão errada, Rosemary.
Mary: qual é, me chame de Mary.
Rick: tudo bem. Que tal ir a algum lugar? Posso te levar para conhecer a cidade.
Realmente quero conhecer a cidade, posso até aproveitar para comprar algumas coisas que eu preciso... Tenho o dinheiro que guardei da minha mesada, de todos esses anos.
Mary: ótima ideia.
Nós saimos e fomos para a cidade, não são nem cinco minutos para chegar ao primeiro mercado. Não preciso me preocupar com isso, mas preciso comprar algumas roupas, as minhas estão um pouco fora me moda. Ele vai me mostrando cada lugar da cidade e me explicando sobre como certos lugares não devem ser frequentados, o escuto com muita atenção, por mais que Evellyn discorde, eu não gosto de arriscar a minha vida atoa. Rick me leva para o shopping e me segue até a entrada das lojas, me ajuda a carregar as sacolas, mas nunca entra, todos são bem simpáticos, eu comprei sapatos, tênis, calças, blusas e principalmente, moletons, não que eu seja uma louca fanática por moletons, mas eu simples prefiro usá-los que usar um vestido e um salto alto apenas para ir ao shopping.
Voltamos para casa e eu guardo minhas roupas novas no closet, ainda tem bastante espaço, mas eu não pretendo ficar saindo, então, não vejo problemas. Gostei bastante da cidade até agora, não fiquei por mais tempo, porque quero que meus pais me apresentem a cidade deles, sei que é um pouco infantil, mas eu gostaria de vê-los o quanto antes.
Acabamos por aqui, mas não se preocupem, no próximo capítulo vocês terão mais de Rosemary. Até o próximo capítulo 😉❤️
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Querida Rosemary
FanfictionRosemary é uma menina de 18 anos que cresceu com a tia e e sua filha, Evellyn. Mas ao terminar o colegial, Rosemary decide ir cursar a faculdade de direito na Flórida, que por acaso, é o lugar onde seus pais "moram". Os pais dela são arqueólogos, v...