Pequenas crises

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Tem umas três horas que eu estou trancada em meu quarto, depois do café da manhã, eu não tive ânimo para absolutamente nada. Zack me chamou para ir conhecer a cidade, mas eu só queria ir para o meu quarto e tentar me distrair por algumas horas. Eu fiz bastante progresso com meu livro, desde quando eu era pequena, meu livro favorito é "orgulho e preconceito", esse livro sempre foi especial para mim e sempre que eu estou aflita com alguma coisa, eu o leio novamente. Bem, é isso ou limpar tudo o que eu ver na frente, sempre fiz isso, quando não conseguia pensar direito ou estava confusa, eu limpava tudo, até conseguir desanuviar a mente. Escuto passos no corredor.

Luna: você está bem, querida? Está ai a tanto tempo! Nem saiu para almoçar.

Escuto a voz abafada de dona Luna e abro a porta.

Mary: eu estou ótima! Não precisa se preocupar, eu só queria ler um pouco.

Luna: ah claro, querida. Desculpe se eu estou atrapalhando, mas você não comeu nas últimas três horas e eu fiquei preocupada.

Mary: se isso vai fazer a senhora não se preocupar, eu desço e vou almoçar agora mesmo.

Ela abre um sorriso tão doce que eu acabo sorrindo também.

Luna: ótimo então. Vou apenas esquentar a comida e servir tudo na mesa.

Mary: não se preocupe com isso, não quero dar trabalho. Eu posso esquentar a comida no microondas.

Luna: não seja boba. E você pode fazer companhia a Zack, ele também não comeu.

Mary: bom, tudo bem então. Vou só organizar algumas coisas aqui e desço.

Luna: mas é claro.

Ela assente e desce as escadas. Eu fecho a porta e olho para minha cama, ponho o livro na estante, junto com os outros que eu tenho e coloco o celular no bolso do moleton. Desço as escadas até a sala de jantar e vejo dona Luna preparar a mesa.

Mary: precisa de ajuda?

Luna: aqui não, mas se quiser chamar o Zack, seria ótimo!

Mary: tudo bem.

Eu subo as escadas novamente e bato na porta do quarto de Zack. Ele abre a porta depois de alguns minutos, ele está apenas de bermuda e com o cabelo molhado, deve ter acabado de sair do banho.

Zack: resolveu sair do casulo? - Sua voz tem um tom brincalhão, mas eu vejo a curiosidade em seus olhos. - Do que precisa?

Mary: a dona Luna está preocupada conosco, já que nenhum de nós almoçou, ela quer que nós vamos almoçar.

Zack: tudo bem. - Ele da um paço para frente e começa a fechar a porta, mas eu o impesso.

Mary: não vai colocar uma camisa? - Eu começo a corar e ele ri.

Zack: normalmente eu fico sem camisa durante o dia... - Eu arregalo os olhos, sempre que eu cruzar com ele vou ter que vê-lo sem camisa?

Você ia adorar isso.

Calado Chip.

Zack: mas se isso te incomoda, eu posso colocar uma.

Mary: eu agradeceria. - Minha voz sai com um suspiro aliviado e ele ri.

Zack: espere só um minuto. - Ele desaparece pela porta e volta com uma regata que deixa os braços e boa parte do peito bem a mostra. Eu reviro os olhos, mas não deixo de corar. - Melhorou?

Mary: dá para o gasto.

Zack: essa é minha camisa preferida. - Ele faz uma falsa cara de ofendido, que me arranca um sorriso, ele sorri também.

Querida RosemaryOnde histórias criam vida. Descubra agora