A Humana • Em Revisão

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Já haviam se passado um dia e eles ainda não puderam encontrá-la. O pavor era eminente, os três homens parados em frente a entrada do reino sentiam a força da dominância do seu líder, era tão grotesca que fazia Kdu sentir falta de ar. E ao longe, a carruagem era vista, alguém estava vindo.

Ele chegou, os trigêmeos estavam amedrontados, a humana desapareceu dentre a mata da floresta e eles não conseguiram achá-la. O medo era tanto, que eles, os Betas-Supremos não conseguiram farejá-la...

Os pés de Amaya foram os primeiros a saltarem para fora da carruagem, com o nariz arrebitado e os olhos semicerrados, ela andou em direção aos Betas, surpresa com seus rostos pálidos.

- Alguém vai me explicar o que está acontecendo aqui? - ela começou, cruzando os braços a altura dos seios.

- Onde está o Supremo? - Kdu foi o primeiro a negá-la atenção, sendo seguido pelos irmãos. Amaya revirou os olhos.

- Responda-me, por qual motivo meu macho e eu tivemos que sair de Roma e retornar ao Reino? - ela continuou, estava curiosa, por isso agarrou em um dos braços do Beta, chegando a arranhá-lo.

- Pergunte-o, os assuntos da alcateia não lhe interessam, você sabe disso Amaya. - Klau contestou, tão frio quanto o gelo.

Amaya desiste, sabia que eles nunca lhe contariam. Então, decidiu ir atrás de quem sempre lhe contava as novidades, caminhando para dentro do palácio de paredes cinzentas, iria descobrir o real motivo de inquietação do seu macho.

- Ylla! - ela gritou, em um tom rude e casual. A mulher com aparência juvenil adentrou o salão quase que as pressas.

- Minha Luna, o que deseja? - Ylla abaixou-se em uma leve reverência lupina.

- Conte-me tudo que aconteceu nesses últimos meses. - ordenou, recebendo um sorriso presunçoso da mulher em resposta.

Elas tinham muito o que conversar e claro, Amaya não gostaria nem um pouco do que escutaria.

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Atônito. Era assim que o Supremo encontrava-se, curvado em seu trono, tentando digerir tudo que escutara.

- Então, estão me dizendo que tiveram uma humana em mãos, trouxeram-na para cá, serviram-na e banharam-na as minhas custas para depois, deixá-la partir? - sua voz era grossa e rouca, assustava os trigêmeos que mantinham-se inquietos em suas poltronas.

Klau pensava no que dizer, sua mente vagava, não tinha respostas, fazendo com que Kayo tomasse as rédeas da situação.

- Ela escapou poucos dias antes da sua chegada, ficou assustada com o que ouviu dizer sobre o senhor, meu Supremo. Nós tentamos encontrá-la, porém, seu cheiro parece ter desaparecido do nosso alcance. - ele tentou justificar-se. O Supremo levantou-se caminhando até a imensa janela, observando o horizonte, calmo e sereno.

- Onde ela ficou nessas últimas semanas? - perguntou ele, com a voz grave.

- No harém, o pai dela nos devia alguns favores, por isso trouxemos-na para cá, ela servia no harém com as outras fêmeas. - Klau explicou, com a voz tensa.

- Entendo. Trouxeram uma humana aqui, para servir como puta? - virou-se para eles, com os olhos em fúria - Sabem que isso nunca funcionaria, humanas não nos aguentam! São fracas e insignificantes para nós, foram avisados sobre a presença dos humanos no meu reino. Olhem bem o que aconteceu, a humana fugiu e agora deve estar contando para os outros como vivemos, em quantos somos e como agimos, seremos atacados quanto menos esperarmos e essa culpa, eu deixarei para vocês.

Sua voz estridente assustava os demais, sua dominância atingia a todos naquele reino, ele estava furioso. Um erro, apenas com um erro e todos eles poderiam ser mortos pelos inimigos, por essa razão, ele, o Supremo os mantinha distantes dos humanos. Ele seria o único sobrevivente em um massacre, embora gostasse de estar sozinho, não apreciava a ideia de perder seu povo, não para os humanos.

Porém, não tão distante dali, a humana acudia Ann que parecia desorientada com tamanha força de seu Supremo. Estava enrascada se ele descobrisse, ela sofreria na frente de todos e nem mesmo seu companheiro poderia defendê-la.

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