q u i n z e |

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A licantropo de olhos azuis não gostara nem um pouco da tensão pairando pelo ar, sua face demonstrava isso, ela estava curiosa em saber quem era a humana parada ao lado de seu companheiro e principalmente porque o cheiro dela impregnava tudo.

- Quem é ela benzinho?

Sua voz fez-se presente, parecendo despertar todos em sua volta. Ali e agora, o Supremo teria que tomar uma decisão, com quem ficaria, ou até mesmo poderia tirar proveito disso. Vamos lá, ele não era um Supremo conhecido por laços amorosos, apenas luxúria seria o bastante. Amaya foi sua escolhida pela beleza e principalmente, seus bens, se não fosse pelo seu reinado longínquo, eles nunca teriam nada. Entretanto, ao olhar para a jovem de cabelos escuros, ele sentia algo a mais, paixão talvez.

Ele sorriu ao dizer: - Apenas uma humana.

Eve sentiu um arrepio corroer toda a extremidade do seu corpo, ouvir aquelas palavras parecia ser muito pior do que ver sua mãe morta e isso não era bom.

- Essa é a humana que tanto falavam? - Amaya aproximou-se, cautelosamente, parecendo averiguar cada detalhe corporal da humana - Ela é pouca coisa para tanto falatório.

Eve Angel encarou-a, batendo as pestanas em descrença, como ela ousou, ela pensou. As duas tinham até uma pequena semelhança.

- Saia de perto de mim, você fede a mofo. - Eve diz, em deboche, ousava até mesmo sorrir. Amaya abriu a boca, incrédula.

- Como ousa! - a de olhos claros tentou avançá-la, porém, foi parada por seu Supremo.

- Deixe-a Amaya. Ela será uma serva.

- Serva? Eu acho melhor abandonarmos essa criatura na floresta das mil luas, deixe que os ancestrais acabem com ela por nós ...

- A única criatura aqui é você, cachorra! - Eve avança, acertando-lhe um tapa, poderia ter batido mais, caso alguém não ousasse pará-la.

O Supremo puxou-a pelo braço, fazendo-a chocar-se contra seu peito, uma corrente elétrica atingiu os dois, eles se olharam. Por um, três, cinco, até mesmo por 10 segundos, uma conexão afetuosa e calorosa. Ele gostou disso, se a humana causava isso com roupas e com um simples toque, o que poderia fazer na lua de sangue? Ele realmente poderia tirar proveito disso.

- Amaya. - ele disse, segurando a humana com mais força, a mesma resmungou.

- Mas ...

- o ouse desafiar seu líder! - a voz dele engrossa, demonstrando o mínimo de dominância. O corpo da humana vibra, suas pernas ficam moles, ela poderia cair se não tivesse braços fortes envoltos de seu corpo.

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Já era noite quando ele obrigou que ela lavasse seu corpo.

- Posso banhar-me sozinha. - ela disse, sem olhá-lo.

- Aqui você seguirá minhas ordens, sente-se e espere por suas servas. Quero vê-la limpa daquele harém, espero que consigam limpar a sua alma. - ele ameaça, forçando seu corpo a inclinar sobre a cama.

- Eu já disse que posso tomar banho sozinha! - ela teimou, retirando suas mãos de seus ombros, olhando dessa vez em seus olhos. Eram tão verdes quanto os de Ann.

- Isso é um desafio? - ele questionou, aproximando-se.

- Eu detesto desafios, não ouse usar essa voz melancólica em mim! E muito menos chamar-me de puta, não sou como as outras que você se relaciona!

Ele riu, como nunca antes, em toda a sua vida, nunca sentiu tanta graça em uma humana. Ele riu até lhe faltar ar, até seu rosto ficar vermelho. E então, respirou fundo, voltando ao normal.

- Olhe - começou, analítico -, An-nastacia está muito ferida, um ferimento daquele demora bastante tempo para cicatrizar, não quer que eu volte a machucá-la, ou você quer vê-la sangrando? Desta vez, não serei tão misericordioso.

Pressionou seu pulso esquerdo com força, fazendo-a gemer de dor, ele sorrir satisfeito.

- Farei isso por ela, apenas ela. - ela concorda, sacudindo seu braço para que o Supremo soltasse.

- Faça por quem quiser mas faça o que eu ordeno! Eu sou o líder aqui, não seja a porra de uma mulher teimosa... - ele rosnou, irritado pela teimosia extrema da humana.

- Você não manda em mim! - ela lembrou, seu coração acelerou, adrenalina pura correu em suas veias ao ver a mutação da íris dele de tão perto.

- Ainda não.

E com essa última palavra, retirou-se do aposento, com a cabeça em chamas. Como ela ousa ser tão teimosa? Era apenas uma humana! E como ele pôde ser tão calmo diante de suas provocações, e principalmente o por quê dele sentir tanta dor ao ouvi-las?
Eram tantas perguntas, todas elas pareciam não ter respostas, nunca conversou com ninguém sobre o laço de companheirismo. Não sabia como reagir, mas tentaria aprender.

- Eu odeio ele! - Eve pensa, ao sentir seus cabelos serem desembaraçados por uma mulher desconhecida, enquanto outra olhava-a com um olhar de repulsa. Se fosse possível, se tivesse força e coragem o suficiente, ela mataria as duas.

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A Humana • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora