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[ROMANCE TÓXICO]
A Humana • Lobisomem 》CONCLUÍDA e em processo de revisão.
«𝐴 𝐻𝑢𝑚𝑎𝑛𝑎, 𝑙𝑖𝑣𝑟𝑜 1 𝑑𝑎 𝑠𝑒́𝑟𝑖𝑒;...
A presença deles para mim é como uma ofensa, eu os odeio. Como puderam me tirar uma das únicas pessoas que me restara? As feras noturnas merecem a morte mais cruel de todas. Eu seria capaz de matá-los com minhas próprias mãos! O cheiro deles me causava ânsia, nojo e repulsa é tudo que eu poderia sentir por eles. Cada vez que os vejo, tenho vontade de chorar, por que eles fizeram aquilo?
Eu poderia dizer; a natureza é cruel, mas não é assim que as coisas acontecem por aqui. Eles são cruéis, eles são consumidores de almas. Eles levaram a mamãe de mim. E, ao olhá-los cavalgando, eu tenho uma dúvida:
"Como antas seriam capazes de cavalgarem, montadas em mulas. Se bem que, eles são tão mulas quanto as próprias?" Por minha sorte, as feras peludas não lêem mentes, me refiro aos lobisomens, as feras sanguinárias conseguem ler a mente de pessoas fracas. Espero nunca ser uma delas.
- Eve - ouço a voz de Suzie, minha amiga. Viro-me podendo vê-la carregar - inutilmente - 02 bacias d'água.
- Suzie! - exclamo, zangada. Ela sabia que não podia carregar peso, está grávida de 8 meses e meio - Quantas vezes terei que avisá-la? Não ouse carregar peso, a criança corre perigo.
Pude notar seu revirar de olhos, bufo.
- Eu ainda não estou morta, Eve - ela diz, como se fosse uma lástima, um arrepio percorre minha espinha.
- Vire essa boca para lá, não quero nunca te perder. Vamos. - tiro as bacias de suas mãos, ela resmunga, cruzando os braços e fazendo biquinho.
"Uma criança carregando uma criança." penso, consigo carregar as bacias dificilmente até o balcão do senhor Jota. O único velho que nós tínhamos intimidade e admiração por aqui.
Digamos que os homens deste lugar não sejam educados e muito menos legais.
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- Não! - ele fala, nos afastando para fora de seu estabelecimento - Outra vez não, semana passada entrei em uma enrascada por causa dessa ideia maluca. - Suzie e eu resmungamos em uníssono.
- Por que não? - ela perguntou, alisando a barriga.
- É, senhor Jota. Por que não? - insisto, cruzando os braços.
- Por que?... - ponderou pensativo - Porque não é não! Pronto! - diz, exasperado. É, ele não iria aceitar.
Semana passada, Suzie e ... Na verdade, eu, tive a brilhante ideia de roubar algumas galinhas, era aniversário do meu pai o que eu poderia fazer? Não tínhamos nada para comemorar, tive que sacrificar as coitadas penudas. Não foi roubo, só tomei de volta o que é nosso por direito.
- Olhe, eu só preciso da chave mestra - eu digo, por uma última vez, não iria mais insistir. Ele estava certo, sua vida estava em perigo.
- Não, Eve Angel! Eles levaram meus últimos ovos, não tenho mais como fazer minhas massas, com o que irei trabalhar? - perguntou, meio chateado.
- Na verdade, você deveria dizer; com o que irei servi-los? - corrijo, chateada - Tudo bem, senhor Jota. Sua segurança é mais importante, não iremos insistir, não se preocupe, irei roubar mais algumas galinhas pro senhor.
Ao terminar de dizer isso, o velho arregala os olhos e tenho quase certeza que eles não voltariam pro lugar perfeitamente. Suspiro, teria que dar meu jeito.
- O que fará? - Suzie indaga, curiosa. Sorrio.
- O que sempre faço, - solto uma gargalhada, ela nega balançando a cabeça - merda. - termino a fala. Gargalhando ainda mais alto ao perceber sua cara de espanto.
Dezesseis anos de convivência e essas pessoas pareciam não ter se acostumado com meu modo de viver.
Caminhávamos calmamente, olhando as árvores, os pássaros e o lindo pôr do sol, o mesmo é lindo e assustador, as feras costumavam sair a noite, o que era estranho, eles também atacavam a luz do dia. Não cheguei a vê-los em forma humana, nem ao menos pretendo, Suzie disse que são seres magníficos, isso porquê não foram eles que mataram sua mãe. Nos despedimos, Suzie caminha para sua casa e, eu como sempre, espero até a mesma adentrar o seu jardim, não tenho confiança em vê-la caminhando sozinha. As feras não eram as únicas a recear por aqui.
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