v i n t e e q u a t r o|

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Favônio.

O ar fúnebre e hostil permaneceu ali, grudado em seu nariz, soprando o seu suor. A sua escolha foi difícil e doía em seu peito saber que escolheu uma humana no lugar de sua companheira depois de tanto tempo. O horizonte estava claro, a única coisa que o escurecia era a imagem da humana correndo atrás dos seus piores inimigos. Os cavalos galopavam para o oeste e ela seguia-os miseravelmente.

- "Por que?" Ele ousou se perguntar, mesmo tendo sido a escolhida, a humana insistia em se livrar dele, o mesmo não poderia culpá-la, era um monstro e merecia ser tratado como tal mas o aperto dentro do seu peito machucava seu coração. Seu sorriso aparece ao olhar para o céu, repleto de nuvens e pássaros, porém logo volta a sumir, deixando as lágrimas rolarem por suas bochechas, a cor vermelha assemelhada ao sangue, por razão de tantos anos negando esse sentimento de dor e culpa que agora, pareciam ter vindo com extrema força. O vento gélido deixava o clima ainda mais deprimente. Ele não queria admitir mas aquela mulher de cabelos negros fazia com que todos os seus sentimentos viessem a tona, ele realmente estava começando a aceitá-la, até esse momento, agora a única coisa que ele conseguia sentir era desprezo. Não poderia mais voltar atrás Amaya não iria mais voltar.


Lá estava a humana, querendo se despedir de um amigo de longa data. Sentindo-se triste e na esperança de proteger Amaya, ela teve a brilhante ideia de convencer Lukariah a desistir de sua ideia louca de sacrifício.


Ela ponderou até poder criar coragem o suficiente para tentar convencê-lo, seria difícil mas ela o faria.

- LUKAH! - gritou, abrindo os braços, extraindo todo o ar dos pulmões.

A carruagem dourada parou, ao abrir da porta, Lukariah se retirou.

- O que? - ele perguntou, chegando perto para conferir se estava tudo certo com sua humana.

- E-eu p-preciso - apoiou-se sobre os joelhos, puxando ar para os pulmões, continuou - que você deixe-a vir...

- Como ? - ele indagou, confuso. Bastou olhar para os olhos escuros de Eve para entender do que se tratava, suspirou - Ele pediu para que você viesse?

Os dois olharam para o monte, onde puderam ver a estatueta intacta e ereta do Supremo, Eve negou.

- Vim por vontade própria - admitiu -, eu posso ir no lugar dela, ele a ama, Lukah, eu não conseguiria viver aqui sabendo disso...

- Angel? - ele a corta, irritado - Será que não consegue perceber? Você ainda não notou?

- Notei? O que exatamente? - terminou ela, extremamente confusa.

- Vejo que ainda continua sendo a mesma menina catarrenta, será que não nota que você foi a escolhida? Ele escolheu VOCÊ, Eve Angel. O Supremo, um dos seres mais poderosos do planeta escolheu uma humana...

O queixo de Eve Angel caiu, deixando sua face ainda mais vermelha e abobalhada, seus olhos estavam arregalados e sua respiração cortada, o que o seu amigo acabara de dizer-lhe?

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Seus passos eram passivos, ele seguia calmamente até a porta do palácio, sem precisar olhar para trás, ele sabia que ela estava lá, vindo ao seu encontro.

Então, rapidamente a humana decidiu intervir em seu caminho, mantendo-se de pé em sua frente, ela colocou os braços na cintura e indagou frustrada:

- O que pensa que fez?

Ele continuou seu trajeto, deixando um sorriso presunçoso escapar.

- "Agora sou completamente um adulto, não irei sofrer por causa de uma espúria, tenho aqui em minha frente a minha companheira legítima poderei tirar proveito disso, ela é apenas uma humana não terá forças o suficiente para me parar caso eu decida romper seu útero..." Pensara ele, ao ser parado novamente por ela.

- O que de fato eu fiz? - decidiu falar, fingindo desentendimento, cruzando os braços e arqueando as sobrancelhas.

- Por que escolheu a mim?! - vocifera ela, empurrando seu ombro.

- Porque você é a única que conseguirá prender meu pau e minhas bolas dentro da ...

- Pare com isso! - ela ordenou, sentindo-se frustrada e envergonhada - Você é um depravado, se pensa que terá meu corpo, sinto em dizer-lhe que está enganado! - afirmou a menor, sentindo as orelhas quentes e um certo incômodo na região íntima.

- Oras como não? Escolhi você, minha amada! - ele zomba, tirando proveito da situação para agarrá-la, ela foge como um rato amedrontado. - Volte aqui, não terminamos!

A humana tinha as pernas curtas e era improvável que pudesse correr tanto, ele pensara, percebendo que estava completamente enganado.

- Você será minha Eve Angel, terá que aguentar tudo dentro de você, mais cedo ou mais tarde! - gritou, propositalmente, escorado sobre a porta do quarto da humana.

- Meu Supremo - uma voz feminina fez-se presente, ele olha -, peço desculpa pela minha presença incômoda, eu apenas gostaria de saber se é verdade o que aconteceu com a minha amiga...

Ylla estava ali, vestindo-se com um vestido branco de renda e um espartilho que realçava seus fartos seios, seus olhos não eram tão escuros como o de Eve e nem tão claros como os de Amaya, mesmo assim seu corpo delineado chamava a atenção do Supremo há um bom tempo e, ele sabia que ela também estava interessada.

Então ele sorrir malicioso, puxando a mulher de cabelos castanhos para um aposento especial.

- "Posso não tê-la ainda humana, mas mostrarei-te como um verdadeiro macho age por aqui!"

Ele estava preparado para tê-la em seus braços, esperaria nem que fosse depois de ter todas as fêmeas da alcateia.

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Favônio significado: vento suave que sopra do poente

A Humana • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora