v i n t e e s e i s |

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Eve Angel━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━

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Eve Angel━━━━━ • ஜ • ❈ • ஜ • ━━━━━

Ela é apenas uma humana. O que pensa que poderá fazer com ela?

Uma mulher de meia idade indagou, olhando para algo em suas costas, um menino de olhos esverdeados sorriu, brincando com um lobo tão negro quanto a noite sem estrelas.

Ela não é apenas uma humana, é a minha humana.

Um homem apareceu, coberto pelas sombras, a única coisa que eu conseguia ver eram seus olhos extremamente vermelhos, como o sangue.

O que será de nosso reinado? Humanos são seres desprezíveis, horríveis e nós temos regras a serem compridas!

A mulher voltou a falar, sua voz estava aumentando, como se ela gritasse mas seu rosto permanecia intacto e sério.

Eu sou o Supremo, o único capaz de quebrar as regras. Não seja tola ao me contestar, não importa-me quem seja, eu poderei matá-la caso interrompa o meu futuro...

Ele parou de falar, olhando para trás, seus olhos mudaram de cor, ali em minha frente, então ele sorriu. Um sorriso quente e perfeitamente alinhado, e pouco importava-me seus caninos severamente afiados.

Ela está nos ouvindo! Peguem-na ...

A minha visão turvou, tudo que conseguia enxergar eram folhas e árvores em ritmo acelerado, como se estivessem em uma velocidade absurda. Como eu podia sentir tudo ao meu redor?

- EVE.

Levanto-me sobressaltada, suando frio e tremendo o corpo, estava apavorada. Desde que tive uma conversa séria com o Supremo não consigo mais cochilar sem ter pesadelos ou o mesmo sonho estranho. Olho em volta, percebendo que não estava em meu quarto, viro meus olhos.

– Kygo! - exclamo, irritada ao perceber que novamente ele me arrastou para cá, seu quarto.

Ele aparece, rindo.

– O que foi? - perguntou, cínico.

Reviro novamente meus olhos, sem paciência.

– Por que trouxe-me para cá?

- Por que está me chamando pelo meu nome? - perguntou ele, deixando totalmente de lado a minha pergunta.

Suspiro, cruzando os braços.

– Porque detesto ficar dizendo á todo instante a palavra "supremo". - respondo, sentindo minhas bochechas arderem.

– Ainda deseja saber o por que de estar aqui? - sentou-se sobre a cama, puxando um travesseiro aveludado.

– Sim.

– Senti saudades do seu cheiro.

Bufo, irritada, por que ele tinha que ser tão irritante?

– Deixe de gracinhas, sentiu tanta falta do meu cheiro que foi se afogar no pescoço de outra? - soco seu ombro, torcendo os lábios.

Ele sorrir ao me puxar.

– Não estava me afogando em ninguém. Essas fêmeas não importam, apenas consigo pensar em você...

– Conte-me outra!

– A humana não aprendeu os bons modos? Sabia que interromper uma fala é falta de educação? - perguntou, me fazendo bocejar.

– Não importo-me! Deixou-me aqui para poder se engraçar com outras! E eu tola acreditei nas palavras de Lukariah!

– O que aquele chupa buceta te disse? - encolheu os ombros, ao estalar os dedos.

Ele disse que você gostava de mim ... - sussurro, encarando a parede, triste por perceber que era mentira.

– Ele disse isso para que você ficasse e ele pudesse levar Amaya para longe. - voltei a olhá-lo, podendo ver sua íris esverdeadas tomarem um tom amarelado.

Torço os lábios, fitando o chão.

– Eu estive com ele para pedi-lo que levasse-me ... - decido revelar, suas sombrancelhas erguem-se.

– Por que? - perguntou, confuso.

Suspiro, virando meu corpo, tentando ao máximo me afastar de seus olhos autoritários.

– Conversei com Lukariah, pedi-lhe que levasse-me no lugar de Amaya, pouco importava-me o tanto que ela fez-me mal. Sei e vejo o quanto você e ela tinham algo... - com o peito inflado e o coração acelerado eu decido falar, sentindo as lágrimas tomarem conta dos meus olhos, aperto o tecido fino da camisola contra minha coxa – Eu sabia que você nunca poderia sentir nada por mim, sou apenas uma humana, fraca e problemática... Ver vocês dois juntos corrói-me o peito e quando Lukah disse que talvez você tivesse escolhido-me por nutrir algo, achei que pudesse ser verdade...

– Não chore - ele faz-me virar o rosto para olhá-lo -, ele não estava mentindo.

E meu coração errou todas as batidas, fazendo-me arfar com um longo suspiro.

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  A lua não estava cheia. O céu estava escuro, assim como a densa floresta, a mesma permanecia em completo desespero. Todos os animais estavam eufóricos, como se estivessem esperando por algo grandioso, ou melhor, tenebroso. Ao longe, uma figura esguia e macabra caminhava a passos largos e agressivos, afundando seus pés contra a areia úmida, a cada passo um rosnado ressoava de dentro do seu peito, saindo como um desafio, ela desafiava qualquer coisa que entrasse em seu caminho. Mesmo que não tivesse forças o suficiente para vencer um urso em uma batalha mas ao olhar bem para o norte e farejar um odor cítrico, ela teve certeza;

– Eu farei você pagar por tudo...

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A Humana • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora