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Fleumático. O Supremo conseguia exalar dominância, mesmo em um ar tão calmo e sereno. Seus olhos sempre vermelhos mostravam o quão importante ele era.

- Benzinho? - a voz melosa de Amaya fez-se presente, irritando os ouvidos do mesmo.

- Oi, Amaya. - ele diz, ainda sem olhá-la. Sua audição não estava em um bom estado, passou meses com ela falando e falando, sobre tudo e ao mesmo tempo, sobre nada.

- Soube que uma humana andou por aqui, é verdade? - perguntou, fazendo biquinho.

- Sim, é. - ele respondeu, olhando para ela. Sentindo algo estranho, a conexão elétrica entre seus olhos e os dela, não existia mais, seu coração não batia forte quando ela sorria, sua alma parecia detestá-la e, sua voz feria seus tímpanos.

- E o que fará? Irá matá-la? - sua voz é cordial, seus olhos brilhavam em divertimento e sua boca salivava com a recente adrenalina.

- Eu não sei. - ele avisou, voltando a olhar para fora da janela. Amaya estranhou sua atitude, ele era sempre desconfiado com pessoas estranhas e principalmente, com humanos, o que o fez pensar no que faria com a humana?

- Como você não sabe? - ela grunhiu, elevando um pouco o tom da voz, em um agudo penetrante e irritante.

- Saia. - ele ordenou, furioso, não aguentava mais escutá-la, sentia uma sensação nervosa nas extremidades.

- Mas ... - ela tentou contestar, falhando.

- Saia agora! - sua voz elevou-se, seu rosto ficou vermelho. Amaya praticamente correu, com medo.

A atenção do Supremo foi tomada pela presença de Klau, o Beta mais eficiente da matilha.

- Perdoe-nos, não pudemos encontrá-la ...

- Eu sei onde ela está - ele salta da poltrona -, vou caçar a humana e sua companheira, ela está com a humana e pagará por esse erro e faço questão da sua ajuda.

Os olhos de Klau saltaram das órbitas, seu rosto perdeu a cor, seus lábios secaram. A expressão sádica do Supremo mostrava que ele não estava brincando, ninguém o detinha em uma caçada, sua companheira poderia ser morta.

- Por favor ... - ele tentou, inutilmente. Desapercebido, o supremo agarrou em seu pescoço, apertando, tirando-lhe o ar dos pulmões, arrastando seu corpo pela parede, ele proferiu:

- Traga-a para mim, ou ela será morta. - e o soltou.

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- Olhe para mim - Eve começa, rindo -, eu sou magnificamente linda.

Havia uma raposa parada ao seu lado e a mesma encarava o rosto da humana, estática. Enquanto Eve, dizia milhões de coisas. Como pode? Uma humana conversando sozinha? Ela estava louca? Não! Tudo isso tinha uma resposta; era apenas um dos efeitos colaterais da bebida roxa que bebera.

- Ninguém pode contra Eve Angel d'Harcourt! Que venha esse tal supremo que eu mesma o mato no dente! Diga-me vermelha, se eu não sou poderosa? - ela gritava, enquanto sacudia seus braços e pernas em uma dança esquisita. A raposa pôs-se a correr, para longe da humana louca.

- Eu irei morrer! - Ann adentrou o lugar as pressas, Eve mal conseguia vê-la, enxergava tudo embassado.

- Nós iremos morrer! - Eve corrigiu, em uma risada nasalar.

- O que houve com ... Não pode ser, os efeitos colaterais da bebida de Lux, havia me esquecido das doses pesadas, você ingeriu tudo.

Seu desespero aumentou, tomando conta de todo o seu corpo, suas pernas fraquejavam, seus lábios e mãos estavam trêmulos. Ela estava enrascada duas vezes, a primeira por esconder a humana e a segunda, por dá-lhe a bebida proibida.

- An-nastacia! - a voz de Klau ecoou pela gruta cavernosa, em um rosnado alto. Ann não tinha tempo mas se fosse possível, fugiria com a humana.

- Corra, Eve, corra! - ela gritava, puxando a humana pelas mãos, para fora da caverna.

As pernas trêmulas de Eve não ajudavam em nada, a humana tropeçava nos próprios pés! Atrapalhando a fuga, Ann estava desesperada, sabia que o Supremo descobrira tudo, ela sabia e Amaya foi a primeira a contá-la;

- Ele já sabe que foi você que ajudou a humana na fuga. Ele irá te matar!

A tolerância foi zero, Ann e Amaya entraram em uma briga, onde a princesinha adquiriu diversos hematomas.

- Espere - a de olhos escuros pediu, em uma súplica -, acho que vou ...

Ela não teve chances de terminar a frase, vomitou todo o líquido que ingeriu. Seu rosto ganhou um rubor rosada, enquanto o canto dos seus olhos estavam molhados e inchados, ela limpou o canto da boca, parecendo sair de um transe.

- Ann? - chamou a loira, temerosa - Por que seu marido está correndo em nossa direção furiosamente? - ela indagou, com os olhos arregalados.

Klau corria em uma velocidade sobre-humana, com os olhos em chamas, em sua mente, apenas uma coisa faria sentido: matar a humana.


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Fleumático significado: 1. relativo a fleuma
2. que tem frieza de ânimo, impassível.

A Humana • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora