v i n t e e c i n c o|

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Impérvio.


Não haviam espaços para fugir, a humana estava encurralada por ele, ficando extremamente irritada por seu falatório absurdo.

- Saia da minha frente, Kayo! - ela ordena, suando frio.

- Você não irá sair daqui! - sua face demonstrava o quão sisudo ele estava.

- Oras, deixe-me ir! - a humana o empurra, segurando a aba de seu longo vestido.

Um movimento incessante mantinha-se no harém.

Era como se todas as fêmeas da aldeia quisessem se deitar com ele, algumas eram comprometidas e mesmo assim ousavam trair seus companheiros com o mesmo. Eve tinha que aturar piadas sujas e indiscretas em sua direção toda manhã, a humana não aguentava mais isso. Iria tirar a história a limpo, se caso não fosse interrompida por uma licantropo de olhos castanhos claros.

- O que deseja? - ela perguntara, enroscando-se como uma naja no pescoço de Kayo, o homem riu.

- E o que isso lhe convém? - a humana rebate, irritada.

Tentando se afastar dos dois seres mais desprezíveis que já conhecera. Eles seguem-na.

- Espero que não vá atrás dele... - Ylla consegue atrair sua atenção, deixando-a atordoada.

- Por que não? - indagou a humana, com os olhos cerrados.

- Será que não enxerga? O Supremo ultimamente anda bastante ocupado com meretrizes.

A cobra cospe, o veneno não era tão letal para a humana, ela já sabia disso, não era burra e muito menos cega. Era nítido o interesse no Supremo por ali e seu fogo queimava todas, menos ela.

- Eu não me importo. - afirmou a humana, com os lábios entreabertos, arqueando a sombrancelha ela foi rude ao dizer - O seu tempo com ele acabou?

Ylla ficou sem fala, soltando-se de Kayo ao notar a presença das Beta-Lunas, engolindo em seco ao ver a companheira ciumenta do mesmo.

- O que você está fazendo aqui? - Kiara perguntou, ao olhar diretamente para Ylla.

Ylla encolheu seus ombros, assustada.

- Retirando-me em ordens do Supremo. - respondeu ela, séria.

- Anda, saía depressa, detesto a sua presença. - Kiara desdenha, puxando seu companheiro pela orelha.

Ylla rapidamente retira-se, deixando um espaço para Eve escapar.

- Eve? - a voz de Ann faz-se presente. A humana continua seu caminho, não queria escutá-la, não agora.

- Além de imunda é uma surda... - Kamilla rosna, ao abrir os braços.

Eve para, sentindo sua pele queimar, estava raivosa.

- Quem você ousou chamar de imunda? - a humana perguntou, ao se aproximar.

Kamilla rir, mordendo os lábios diz: - A única humana desprezível aqui.

Isso era tudo para Eve Angel, estava estressada e cansada de tudo aquilo, por esse motivo atacou a mulher de cabelos castanhos claros, desferindo tapas em seu rosto.

A confusão era grande, Eve era apenas uma humana, sendo cercada por duas Beta-Lunas e o incoerente Beta-Supremo.

O licantropo de olhos verdes esmeralda observava tudo de longe, esperando uma boa oportunidade para atacar os possíveis agressores de sua humana. Ele riu ao ver que ela pudera ser mais forte que seu irmão bastardo. Por pouco tempo, Kayo estava raivoso e ele sabia que um lupino cego pela raiva era capaz de atrocidades imperdoáveis, o Supremo precisava intervir e tinha que ser rápido.

- Não ouse. - ele disse, sério. Ao segurar o pulso de Kiara, empurrando-a para longe em seguida. - Caso machuque a humana, não serei misericordioso ao abrir sua garganta, pouco me fodo com seu laço de companheirismo com meu Beta. Fui claro?

Ele não precisava usar sua dominância para ser brabo, apenas uma frase dita era o bastante para assustá-los. Ele não era um Supremo por apenas saber usar a dominância, antes disso ele não tinha nada. Apenas garras e dentes afiados e a maldade a sangue frio.

- Sim, meu Supremo. - as duas fêmeas dizem em uníssono, fazendo uma reverência em sinal de respeito ao se retirarem, Kiara arrastava Ann para longe, acompanhada pela irmã.

- Eu não precisava da sua ajuda mas obrigado. - Eve fala, ajeitando seu vestido e arrumando seus cabelos.

Ele rir.

- Veio atrás de algo? - perguntou sarcástico, ao vê-la muito próxima de seu peitoral.

- Sim. - ela suspirou, aproximando-se ainda mais.

- Do que? - perguntou ele, encantado por seus olhos escuros e o brilho que eles continham.

- "Brilham como estrelas." Pensara o Supremo.

- Você.

Um arrepio percorreu toda sua extremidade corporal, ele pudera até mesmo sentir seus pêlos pubianos se tornando hirto com apenas uma palavra. Estava perdido e apaixonado pela humana.

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Impérvio significado: que não dá passagem; em que não se pode transitar; intransitável.

A Humana • Em Revisão Onde histórias criam vida. Descubra agora