Prólogo

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Esta é uma das histórias que o pequeno país chamado Bethton tem para nos contar. Talvez você prefira ouvir narrativas que se passaram em locais mais notáveis do mundo; alguma coisa sobre alguém da França, Itália ou Inglaterra ou, pelo menos, de algum lugar que você tenha no mínimo ouvido o nome antes. Provavelmente, até esse momento, você não fazia a menor ideia que Bethton existia e está tudo bem com isso. Não precisa censurar seus conhecimentos de geografia, a maioria das pessoas realmente desconhece esse pequeno país, perdido em um cantinho esquecido da Europa. No entanto, o fato é que ele existe e, como qualquer outro país, está repleto de... histórias. Histórias imponentes de reis, rainhas e conquistas; histórias enfadonhas sobre política e economia; histórias de amor e de tantos outros tipos...

Não estou dizendo aqui que as histórias de Bethton são melhores, mais encantadoras ou mais dignas de serem ouvidas do que quaisquer outras, de qualquer outro país do mundo. O que sei é que, quando conheci esse país, encontrei personagens preciosos e com acontecimentos no passado e no presente que me pareceram dignos de serem ouvidos e compartilhados. Tais histórias são incontáveis e, como já disse antes, possuem as mais diversas temáticas, talvez por isso lhe pareça estranho o que vou dizer agora, mas, entre tudo que poderia contar de Bethton, escolhi começar com a história de alguém completamente comum, com aspirações e sonhos comuns e rodeada de pessoas comuns. Não é a história de como esse país começou, nem a história das suas pessoas de honra. É a história de uma simples jovem habitante daquele lugar, situada em um ponto especifico do tempo e que talvez nunca sonhou, enquanto viveu, com a ideia de ter sua história contada. Mas, de qualquer forma, é ela que vou contar, porque acredito firmemente que cada pessoa possui uma história digna de ser ouvida e que até as trajetórias mais comuns possuem uma beleza e força intrínsecas da vida que não podem ou pelo menos não deveriam ser ignoradas.

Então chegamos ao ponto. Isso é o que teremos daqui para frente. Um país, que uma vez conhecido se mostra cheio de encantos e principalmente uma doce fonte de histórias, e uma dessas histórias resgatadas de meados do século XIX e que, talvez, ainda faça sentido ser ouvida nos nossos correntes dias.

Você é convidado a ficar, se aconchegar e conhecer nossa querida Katherine, mas, se preferir partir e procurar outras histórias que pareçam mais promissoras, não tenha receio. Vá sem nenhuma culpa. Há de fato muitas histórias por aí esperando por você e Bethton sempre estará aqui pronto para ser descoberto no momento certo.

Se você resolveu ficar, esqueça agora mesmo toda essa longa conversa e se prepare para conhecer a Senhorita Katerine Ellis. A partir de agora, o ano é 1811 e bem, o resto você está prestes a descobrir...

As crônicas de Bethton: Katherine EllisOnde histórias criam vida. Descubra agora