Batalha na calada da noite

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O ataque vinha em direção a sua cabeça, porém Aygon conseguiu desviar. Com sua mão esquerda segurou o braço de Elfredo que brandia a espada, e com o direito deu um soco acertando a parte de trás do cotovelo do guarda com uma força suficiente para quebra-lo, fazendo- o soltar a arma.

AAAAA!! DESGRAÇADO —gritou Elfredo, se jogando no chão de dor.

Todos os outros guardas avançaram em direção a Aygon que pegou a espada do líder caído.

Danjo vendo a situação correu para ajudar.

— Garoto, proteja minha esposa — gritou o homem para Arthur.

Arthur rapidamente foi com o cavalo de Danjo em frente a Helen que continuava montada em seu cavalo distante da batalha.

Um dos guardas saiu na frente de seus companheiros e atacou Aygon que se defendeu cruzando suas espadas, Danjo aproveitou a abertura e enfiou sua espada com tudo na costela do guarda, atravessando-o facilmente.

O homem ao ser perfurado caiu sob o chão, e foi dando seus últimos suspiros enquanto o sangue se esvaia de seu corpo.

—Restam quatro — disse Danjo ao lado de Aygon.

— Dois para cada, não parece tão difícil — completou Aygon de frente aos guardas em pé restantes.

O jovem avançou em direção a eles atacando um que se defendeu com a espada, outro guarda veio para ajudar, mas Aygon girou sua espada junto do seu corpo cortando a garganta do guarda que havia intervindo seu primeiro golpe, conforme o outro se aproximava o jovem abaixou-se interviu o primeiro ataque do guarda com sua espada e com uma rasteira o derrubou. Quando o guarda caiu no chão Aygon ferozmente enfiou sua espada em seu olho, matando-o sem hesitação.

— Agora ficou um pra cada — falou Aygon que recuou e se reposicionou ao lado de Danjo novamente.

—Bem melhor — afirmou Danjo impressionado.

Ambos avançaram juntos nos dois últimos guardas restantes, um deles jogou uma faca tentando impedi-los, Aygon vendo a faca vindo girando a repeliu com sua espada. Danjo seguiu na frente e atacou o guarda que arremessou a faca, o mesmo se defendeu com sua espada.

Aygon chegou perto do outro alvo e ficou parado em frente a ele.

— Venha — disse Aygon intimidando-o.

Quando o guarda ia em direção a Aygon uma espada atravessou seu pescoço por trás, deixando o jovem surpreso.

— Cometeu um grande erro — disse Helen — Esqueceu de prestar atenção em mim, pelo simples fato de eu ser uma mulher, agora morra por me subestimar — completou, tirando sua espada do pescoço do guarda já sem vida.

— Não falei pra você proteger ela moleque? — exclamou Danjo, enquanto desviava das investidas de seu oponente.

— Acho que de todos, eu sou o que mais precisa de proteção — falou Arthur ao olhar o guarda com o pescoço perfurado.

Danjo cruzou sua espada com a do guarda novamente porem Aygon chegou pelas costas cortando a garganta dele.

— Não há de que — disse Aygon ao matar o ultimo inimigo.

— Eu já iria derrota-lo — falou Danjo extremamente ofegante com a costa levemente curvada pra frente e as mãos em seus joelhos.

A luta fez com que todos não percebessem Elfredo cujo o braço Aygon havia quebrado fugindo em um cavalo a toda velocidade, voltando pela direção que veio.

— Droga nem vi o desgraçado — disse Arthur.

—Inútil — resmungou Danjo, montando em um dos cavalos dos guardas — Montem cada um em um cavalo, temos que matar aquele cara antes que ele relate para seus superiores, caso isso aconteça esqueça colocar os pés em Catagan — exclamou Danjo.

Aygon e Helen montaram cada um em um cavalo, e os quatro saíram cavalgando a toda velocidade.

 Danjo já sabia o caminho e foi na frente logo em seguida Helen, e não muito atrás estavam Aygon e Arthur.

A estrada adentrou em um caminho pela floresta.

— Estamos quase o alcançando — gritou Danjo enxergando o guarda a alguns metros à frente.

Helen subiu em um pequeno desfiladeiro. 

— Ei espera aí —  disse Arthur a acompanhando.

Danjo e Aygon continuavam a seguir o homem pela floresta.

—Seus desgraçados, vocês vão morrer — gritava Elfredo.

O guarda fez uma curva enorme que subia para o norte.

O tempo estava passando, e os dois não conseguiam alcança-lo, fazendo ele dar enormes gargalhadas. Mas em um descuido foi surpreendido por Helen e Arthur em seus cavalos que saltaram de dentro da floresta pela esquerda. Helen tentou acerta-lo com sua espada na investida, porém não conseguiu, mas Arthur logo atrás o chutou ainda montado em seu cavalo, derrubando-o Elfredo no chão.

— Por que não ri agora? — disse Arthur. 

— Você queria que eu ficasse com você e seu grupo de amigos, que aliás já estão todos mortos não é mesmo? — falou Helen apontando sua espada para ele.

— Ande logo e me mate sua piranha — disse Elfredo com a testa ensanguentada devido à queda

— Pelo menos não vou morrer vendo a cara de vocês três ridículos. Anda gatinha me mate logo.

Danjo desceu do cavalo e pisou no braço quebrado do homem.

—  Aaaaa SEU FILHO DE UMA PUTA.

— Morra — exclamou Helen se preparando para ataca-lo.

— Que barulheira é essa aí.

Todos cessaram o que estavam fazendo e direcionaram os olhos para o local onde a voz veio.

Ela vinha de um outro guarda com a mesma armadura chegando pela estrada da floresta em um lindo cavalo branco.

— Droga mais um — disse Aygon.

Em seguida surgiram mais seis guardas todos montados em cavalos, e rapidamente esse número dobrou.

—Mais que merda — disse Danjo ao olhar para Helen que estava totalmente imóvel.

No meio de todos os guardas surgiu um mais velho com um cabelo curto grisalho e extremamente alto, vestindo uma enorme armadura banhada a ouro reluzente.

— Esses merdinhas mataram todo meu esquadrão e iriam fazer o mesmo comigo —exclamou Elfredo, enquanto se arrastava na direção de seus companheiros.

— O que seu pai diria se visse você nessa situação — falou o senhor, ao vê-lo se arrastando.

Elfredo se calou no mesmo momento e os outros guardas o ajudaram a se levantar.

O Velho encarou os quatro que estavam parados sem reação.

—É melhor não tentarem fugir — disse ele ao ver Danjo olhando para seu cavalo — Vocês todos estão presos, por crimes contra o império de Catagan.


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Regressão: A quebra do espelhoOnde histórias criam vida. Descubra agora