Regressão: A quebra do espelho

Prisão celestial

As vastas nuvens  se estendiam por toda a imensidão, deixando bem explicito que não existia nada lá a não ser os quatros seres que estavam sentados em círculos sobre as nuvens, com suas pernas cruzadas.

— Você ainda não se recuperou do primeiro contado? — disse Helox o deus do amor direcionando seus olhos verdes para o homem loiro ao seu lado.

— Não, isso exigiu uma grande quantidade de energia — respondeu ofegante Totorios o deus da espada.

— Quando a hora chegar eu irei fazer o segundo contato — exaltou Sophia a deusa da proteção, enrolando os dedos nas bordas de seu vestido branco que ia até seus joelhos.

— Temos que rever quem tem a maior quantidade de energia acumulada antes de tomarmos qualquer decisão — falou Zoh o deus da coragem.

— Em tempos de guerra acredito que eu e Totorios somos os mais úteis — comentou Sophia.

— Acredito que o amor ainda se sobressai, independentemente da ocasião — exclamou Helox.

— Pobre inocente, diga isso pra sua amada — zombou Sophia.

— Assim que sairmos daqui você será a primeira que matarei — respondeu Helox cerrando seus punhos.

Sophia ao receber a ameaça levou ambas as mãos sobre seus lábios, afim de esconder os risos.

— Depois que saírem vocês fazem o que quiserem, mas até lá teremos que trabalhar juntos — disse Totorios.

— Coerente como sempre Totorios. As engrenagens já começaram a se mover, temos que ter paciência — explicou Zoh.

— E em relação a traidora da Yris? Ela pode muito bem estragar nossos planos lá de baixo — questionou Sophia.

— Pahana irá dar conta dela, vamos focar apenas em nossa parte.

— Como ele fara isso, ambos estão presos de lados diferentes do espelho — questionou novamente Sophia — Sem falar que Uuer deu ainda mais poder a ela antes de morrer.

— Apenas acredite — falou Zoh direcionando seu punho no centro do círculo.

Todos presentes assentiram e fizeram o mesmo movimento, então o silencio veio a retomar aquela imensidão.

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