Karen surpresa com o que via e ouvia, instantaneamente foi tirar a luva de Aygon, porem foi interrompida por Arthur que segurou sua mão.
— O que foi? Isso é muito estranho temos que ver. E vai logo chamar seus pais — disse a garota assustada.
— Mudanças de plano temos que levar Aygon para a mãe dele o mais rápido possível — exclamou Arthur levantando seu amigo e apoiando-o em suas costas.
— Ele está desacordado, seus pais são os únicos que entendem de doenças, vamos falar com eles agora — disse Karen segurando Arthur levemente pela malha de sua camisa.
— Não, não podemos, confie em mim.
A luz estava ficando mais forte com o passar do tempo.
— Droga acho que temos que nos apressar, vamos correr um pouco.
Sem pensar duas vezes Arthur começou a caminhar em direção a casa de Aygon.
— Ok, então vamos — disse Karen acompanhando-o.
— Que barulheira é essa aqui fora —murmurou o pai de Arthur ao abrir a porta assustado enquanto passava suas mãos sobre seus olhos sonolentos.
— Essa luz?— Olhou espantado se deparando com seu filho e Karen correndo —Está vindo da mão de Aygon? — Não pode ser... ARTHUR O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO VOLTE JÁ AKI — gritou o senhor nervoso.
— Sinto muito pai, mas não posso.
Arthur e Karen começaram a correr sem olhar para trás.
— Isso está me assustando muito Arthur, por que seu pai estava tão nervoso?
— Chegando na casa dele irei explicar tudo.
Ambos continuaram o percurso em silêncio, Arthur já estava com a respiração ofegante e sua caminhada já estava mais lenta devido ao peso de Aygon. Porém a aldeia era pequena e após alguns longos minutos chegaram até o destino.
Ao se aproximar repararam que à mãe de Aygon já estava em frente à casa, aguardando com um vestido branco de dormir e seus cabelos soltos como sempre.
— Eu fiz como a senhora me pediu, e agora? — perguntou Arthur.
— Rápido vamos leva-lo para dentro — respondeu sem delongas, enquanto ajudava Arthur a carregar Aygon.
Após entrarem na casa, colocaram Aygon sobre um sofá verde. Karen em instantes se sentou ao lado.
— O que ela está fazendo aqui? — Perguntou a mãe, observando a garota.
— Ela é uma amiga nossa, trabalha junto com Sr.Wilson e quer ajudar .
— Eu conheço a Karen né Arthur, quero saber por que envolveu ela nisso?
— Desculpe Senhora Thairys, eu estava junto deles quando isso começou — explicou Karen com os olhos prestes a chorar.
Thayris observou a garota de cima a baixo e sem dar nenhuma resposta foi em direção ao porão, deixando os jovens na sala.
— Acho que mereço respostas não é mesmo Arthur — exclamou Karen, que sem delongas tirou a luva da mão de Aygon
Karen arregalou instantaneamente os olhos.
— A marca do demônio — disse ela se levantando do sofá e dando alguns passos para trás.
— Chame de como quiser, mas antes de qualquer marca ele é meu filho. Sinta-se à vontade para ir embora — falou a mãe de Aygon retornando do porão com um livro de capa dura e preta em mãos.
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Regressão: A quebra do espelho
FantasiaAs pessoas necessitam de um propósito, pois somente assim conseguiram dar um sentido para suas existências. Aygon não se difere dos demais, um jovem que esconde um grande segredo, carregando em sua vida várias dúvidas e perguntas sem respostas. En...