"Somos histórias que um dia se perderá no universo infinitamente infinito".
Hillary
Eu sei que no fundo eu estava fazendo aquilo para ajuda-lo. Miguel estava cego pelas coisas do mundo, após entrar para a igreja que meu tio me propôs, tudo está melhor, eu posso sentir a mudança vindo de dentro para fora, Deus está me revigorando, me mostrando a verdade. Após toda minha vida,e a maior parte dela vivi do lado de um condenado ao inferno, e consentindo com suas atitudes, Deus me perdoe. Finalmente, agora conheci sua palavra de verdade. Eu deveria saber que alguém da Laia dele não valia absolutamente nada,o Jhon não gostava de mim, era óbvio isto, mas eu jamais permitiria ele com o Miguel, soaria nojento.
- Hillary, esse bebê que você carrega, já tem nome ?
Minha mãe se dirigiu a mim.
- Que bebê ?
- Filha!.
Era difícil fingir as vezes, tantas coisas. Tive que usar todas as armas para manter o Jhon na minha mira.
- Desculpe mãe, não estou muito bem ultimamente. Mas ainda não sei o nome.
- Posso lhe ajudar a escolher, se quiser.
- É claro.
Eu estava tão confusa, eu sei que não estava totalmente certa, mas, errada eu não estaria. Seria muita irresponsabilidade e loucura do Jhon se me trocasse por uma bixa metrequefe a qual eu achava que era meu amigo.
Miguel.
Certo, que loucura era aquela? Mil perguntas se formavam em minha cabeça quando eu estava voltando para a casa. Aquela não poderia ser minha amiga, a Hillary não pode ter mudado tanto em tão pouco tempo. Eu queria chorar, mas, não conseguia. Um nó se formou em meu peito, e eu fiquei em silêncio, digerindo vagarosamente os fatos ocorridos. Senti-me como se fosse o pior garoto do mundo. Eu não tinha absolutamente nada com o Jhon, de onde ela poderia ter tirado isto? E se fosse ciúmes. Talvez fosse, e se eu me afastasse dele, poderia tê-la de volta. E fora as ameaças, ele não parecia estar blefando. Quando cheguei fui direto para o banho, mas o Jhon me viu antes.
- Miguel? Por onde esteve?
- Fui dar uma volta, cara.
- E este corte em seu rosto?
Deve ter ocorrido na hora da queda.
- Ah, é coisa pequena. Nem eu senti.
Ele me olhou estranho. Então eu segui para o banheiro, minha cabeça estava fervente. Tanta coisa acontecendo de uma vês só. As pessoas mais importantes da minha vida não estavam mais lá. Sozinho e oscilante, era o meu estado atual, sem ter com quem contar. Eu nunca achei que pudesse ficar assim, era horripilante. Comecei a chorar baixinho de baixo do chuveiro, lágrimas e sussurros foram abafados pelo barulho do chuveiro. E se eu fosse embora? Para sempre. Talvez fosse melhor, eu sei que a Tina me considerava muito, eu também tinha Dulce e o Jhon, mas eu não poderia os colocarem em risco, após o ocorrido, eu não sabia até onde ela poderia ir. As pessoas eram surpreendentes. Sai do banheiro e me vesti. Havia um mini corte em minha bochecha. Peguei minhas coisas as colocando em uma mochila. Eram poucas, até que o Jhon chega até meu quarto.
- Miguel, onde você vai ?
Fiquei um pouco envergonhado
- Eu?...
Não tinha o que responder.
- Sim, Miguel. Por quê está arrumando a mochila?
Suspirei.
- Vocês me trataram excelentemente bem, Jhon. Mas, agora tenho que ir.
Ele riu, provavelmente de nervoso.
- Para de graça, Miguel. Você não tem para onde ir.
Aquilo foi como um soco.
- Quando se tem milhões na conta bancária, sempre tem um lugar para ir.
Ele ficou vermelho. Então eu saí pela porta do quarto. Desci as escadas,e em seguida, escutei passos atrás de mim.
- Miguel, não é isto que eu quis dizer, você entendeu...
Eu não dei ouvidos, não queria ser dependente de ninguém, nem financeiramente quanto sentimentalmente. Tudo um dia se tornaria lembrança, então, eu só estava adiantando o processo. Sai pela rua, quando peguei distância suficiente da casa de Dulce, andei mais de vagar. Eu estava sem rumo algum, andei mais um pouco até chegar próximo ao cemitério da cidade. O amor da minha vida estava ali, para sempre, e eu nunca mais o veria. Senti a vontade de entrar, para ver o seu local de descanso. Eu queria tanto estar junto ao meu rapaz. Ouvi um carro estacionando próximo, mas, não dei atenção. E quando eu decidi que iria até o túmulo de Luke, fui puxado com força para trás, e de repente tudo ficou escuro. Acordei horas depois com um lugar escuro, empoeirado e cheirando mal.
Jhon
Eu sei que agi de má fé com o Miguel, mas eu não esperava essa reação dele, logo agora que eu estava conseguindo me aproximar mais um pouco. Claramente fui atrás dele, mas até que eu entrasse no carro e desse partida, ele já estava em uma distância o suficiente para sumir de vista, mas, nem que eu revirasse está cidade inteira, eu iria acha-lo. Segui para a casa de Tina, eu tinha que falar com ele. Cheguei e corri até a porta, uma música leve soava lá de dentro. Havia um tempo que eu não iria ali.
- Já vai.
Ouvi a voz da mesma lá de dentro.
- Oi Jhon. Está sumido, quer entrar?
- Dona Tina,eu gostaria, mas estou um pouco corrido. O Miguel esteve ou está por aqui?
Ela deu um suspiro.
- Queria lhe perguntar o mesmo, já faz um tempo que eu não o vejo.
Senti um pouco de pena, o Miguel estava verdadeiramente oscilante.
- Mas, aconteceu alguma coisa?.
- Não não Sr. Tina. Ele só me deu um perdido.
- Tenha paciência com ele, tá bom?
Ela sorriu desanimada.
- Terei. Agora eu vou ir, outra hora volto com mais tempo.
- Certo, te espero ein.
Então, corri, andei, olhei quase todas as ruas da cidade. E nada dele. Comecei a ligar insistentemente, mas, caia direto na caixa postal. O que eu iria falar com a mamãe, ela iria detestar. E eu não sei porquê o Miguel foi assim, ele estava tão bem mais cedo. Será que eu fiz algo errado?. Então, voltei para a casa na esperança que ele voltasse. Eu já estava começando a ficar verdadeiramente preocupado."HONEYS, Como é bom deixar um capítulo para vocês, eu sei que estou atrasado, mas, o trabalho me rouba todo o tempo, estou me esforçando, espero que gostem, Xoxo".
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Dias Chuvosos (Depois de você) - Parte ||
RomancePrólogo. Naquela manhã o ar era gélido, a rua estava deserta. O vento forte anunciava uma forte chuva, fazendo estremecer meu corpo. Aquela dor rasgava no âmago do mais implacável tormento. Sentia suas carícias, seu calor, seu desejo... Mas não ha...