Uma Namorada Por Encomenda - DayRol - Intersexual | Concluída

• Capítulo 11 •

Carol Biazin POV

- Acho que precisa disso mais do que eu. - Day disse depois que eu virei o copo de sua bebida pela minha garganta. Ela estava sentada sozinha no balcão do bar dentro da casa.

- A minha família muitas vezes me tira do sério. - Reclamei, jogando a cabeça para trás e fechando os olhos. - Sinto muito.

- Está tudo bem, realmente. - Ela falou e pegou outro copo, colocando na minha frente. - Eu só tive que dançar com sua mãe, fui cercada por sua tia e acho que foi sua prima que encheu a mão com minha bunda enquanto eu passava.

- Ai que vergonha! - Falei e virei o líquido transparente de uma só vez. - Me mate de uma vez.

- Ei, não é tão ruim. - Ela riu suavemente.

- Estão tentando descobrir tudo. - Eu disse, a bebida já me deixando tonta pela velocidade que eu tinha bebido. - Você é boa demais para mim.

- Maniiiiiiiiiiiiinha. - Rafa me abraçou pelos ombros e deu um beijo molhado na minha bochecha. - Você sabe que eu te amo muito, não é? - Por sua aparência um pouco desalinhada e sua voz arrastada, sabia que ela estava bêbada.

- Eu também, Rafa. - Falei e sorri.

- Você precisa conhecer Harry. - Ela me puxou e se virou para Day. - Ela já volta, não saia dai, gatinha.

Harry era um tipo alto, cabelos loiros bagunçados, olhos castanhos claros e lábios finos. Era um cara engraçado, bonito e pelo olhar em seu rosto estava apaixonado pela minha irmã. Vários pontos a seu favor.

- Está na hora do brinde, querida. - Papai apareceu e falou para mim.

- Tudo bem. - Ele me entregou um microfone e chamou a atenção de todos batendo um talher de leve na taça de vidro. Quando as pessoas se calaram e me olharam, eu limpei a garganta e comecei.

- Olá a todos, eu sou Carol, a irmã da noiva. Há alguns meses, Rafa apareceu na minha casa e disse que iria se casar. No começo eu fiquei um pouco receosa, afinal, é a minha irmãzinha e eu nem sabia que ela estava namorando. Mas eu espero que tudo dê muito certo em sua vida, maninha, e que Harry possa te fazer muito feliz. Caso contrário, a família é bem grande viu. - Risinhos ecoaram no salão - Um brinde aos noivos. - Terminei e todos repetiram em uníssono.

- Foi um belo discurso. - Olhei para trás e sorri para o homem.

- Irmão. - Pulei em seu pescoço e o abracei. - Não tinha te visto.

- Acabei de chegar. - Falou. - O que eu perdi?

- Nada demais. - Dei de ombros.

- Então, quem é a morena sapatona?

- É Dayane, minha namorada. - Estava bem fácil mentir agora, depois de tantas repetições.

- Vou conhecê-la.

- Por favor, não a assuste.

- Mamãe já deve ter feito isso por mim. - Nós dois rimos e fui apresentar os dois.

- É um prazer conhecê-lo, Renan. - Day disse após estreitar a mão do meu irmão após alguns minutos de conversa.

- Igualmente. - Ele sorriu. - E espero que não magoe minha irmã menor, tudo bem?

- Não se preocupe com isso. - Dayane passou um braço pela minha cintura e me puxou para ela. - Eu não vou.

Quando a noite caiu, fiquei preocupada em como seria dormir perto dela. Não tinha bebido muito, mas o suficiente para ficar tonta e apenas o cheiro dela já estava me deixando inebriada. Estava arrumando uma barreira de travesseiros entre nós e enquanto ela começava a desabotoar a camisa, eu tentei me distrair: