• Capítulo 12 •

3.7K 332 36
                                    

Carol Biazin POV

No dia seguinte eu estava tão relaxada que estava me sentindo uma nova pessoa. O quarto ainda estava na escuridão completa, graças a um botão mágico em um controle mágico que fazia com que as janelas fossem cobertas, deixando o ambiente em uma penumbra. Bocejei, sentei-me na cama e ergui meus braços, me espreguiçando. Olhei para o meu lado na cama e já estava vazio.

Me levantei, apertei o botão e os troços que escureciam as janelas começaram a subir lentamente. Tomei um banho rápido, vesti um short jeans, uma regata e uma rasteirinha, fiz uma trança lateral no meu cabelo e passei um pouco de maquiagem bem neutra para disfarçar a minha cara de sono. Estava descendo as escadas quando dou de cara com minha irmã.

- Bom dia, bela adormecida. - a me cumprimentou.

- Bom dia. - Deu um beijo em sua bochecha. - Viu Day?

- Sim, ela estava no jardim a última vez que a vi.

- Tudo bem, vou até lá. - Falei, mas antes que eu desse um passo para mais longe, uma voz estridente grita.

- Parem até de respirar que a gata mais selvagem da festa está entrando no recinto.

Olhei para trás para dar de cara com a minha prima preferida e mais louca de todo o mundo.

- Aline. - Gritei e me joguei em sua direção. Ela me ergueu do chão e começou a rodar, me abraçando forte.

- Querida prima - Falou com um sorriso amplo em seu rosto.

Aline era bem mais alta do que eu, tinha seus cabelos negros cortados curtos e olhos da mesma cor brilhavam com sua animação de sempre. Apesar de ser cinco anos mais velha, nos dávamos super bem.

- Quando chegou? - Questionei.

- Há poucas horas e menina... - Ela se abanou com a mão que não estava segurando um copo contendo um líquido incolor. - Eu conheci uma mina que é um tesão. E sabe o que me disseram? Que está com você. Por favor, diga-me onde compro uma dessas.

- Esqueça, feita exclusivamente para mim - Respondi, rindo como uma hiena.

- Que porra, isso vai me dar uma depressão. - Nós duas rimos e fomos para o jardim.

E a festa de ontem estava continuando, pessoas riam, bebiam e se divertiam ali. Deixei que meus olhos vasculhassem o lugar e meu sorriso caiu quando notei que Day estava conversando com Vivian. E eu queria morrer por admitir que formavam um casal irritantemente perfeito.

- Quem é a baranga? - Aline perguntou ao meu lado.

- A nova namorada da Bárbara. - Respondi, sem desviar os olhos da bruaca.

- Sua ex panaca?

- Essa mesma.

- Oh, você quer que eu dê uma surra nela até que rache o seu rostinho de porcelana? Eu com certeza gostarei de fazer isso.

- Não se preocupe com isso, eu resolvo. - Pisquei para ela e caminhei lentamente até os dois.

Dayane estava linda de morrer, como sempre. Os cabelos pretos estavam do mesmo jeito, meio bagunçados, mas desta vez separado ao meio, seus olhos brilhavam como se tivesse uma estrela em cada um deles, usava uma camisa branca e uma calça jeans clara. E ela era minha, pelo menos por um mês, e nenhuma loira aguada iria tira-la de mim.

Vivian tinha se afastado para pegar duas bebidas da bandeja do garçom que estava parado perto dali e, enquanto Day estava parada ali como uma manequim de lingerie, eu aproveitei para me aproximar, exatamente quando vi que a boneca barbie estava voltando.

- Olá, querida. - Falei animadamente e pulei, enroscando minhas pernas ao redor da sua cintura e meus braços em seu pescoço. Suas mãos foram para minhas coxas para me manter no lugar e após sorrir largamente para ela, selei nossos lábios.

Como em todas as outras vezes, terminou antes de mal começar, não queria forçar a mulher a nada, ela já tinha me falado de todas as suas regras. Então, dei um beijo conciso em seus lábios cheios e me afastei, mas ainda me mantendo em seus braços.

- Bom dia, amor. Dormiu bem? - Day perguntou, me proporcionando um lindo sorriso enviesado.

- Divinamente. - Abracei fortemente seu pescoço e deitei minha cabeça em seu ombro, olhando diretamente para a mulher parada ali do nosso lado. - Olá, Vivian. - Cumprimentei educadamente e dei um sorriso que pareceu falso até mesmo para mim que não estava vendo.

- Bom dia. - Ela falou, sua voz visivelmente irritada. Me soltei de Day e segurei na sua mão, entrelaçando nossos dedos.

- Não se importa se eu rouba-la, não é? - Questionei, mas era uma pergunta retórica, não me importava sua resposta.

- Claro que não. - Disse, contrariada.

- Obrigada, quero ficar um pouco com a MINHA gata, antes que seja atacada pelas urubus. - Falei e a puxei para longe.

Dei ênfase na palavra minha e espero que ela tenha entendido o recado, ou eu teria que resolver essa situação de uma maneira desagradável. Eu dou um boi para não entrar em um briga, mas dou uma boiada para não sair dela.

- Está tudo bem? - Day perguntou alguns minutos após nos afastarmos. 

Percebi que tínhamos ficado em silêncio um bom tempo e que eu devia estar com um bico do tamanho do mundo. E com qual direito? A mulher nem era minha namorada de verdade. Perai caramba, eu estava pagando por isso, tinha todo o direito do mundo. E eu tinha o direito de querer arrancar a cabeça da maldita loira oxigenada.

- Sim, tudo bem. - Respondi finalmente e revirei os olhos quando olhei para o lado, especificamente para a pessoa que se aproximava.

- Olá, Carol. - Bárbara disse no meu pescoço, com uma voz mansa e eu queria afundar seu rosto com meu punho. - Olá - falou friamente para Day.

- Oi, Bárbara. - Disse desanimada.

- Então, nós vamos jogar um pouco de beisebol... - Meu irmão apareceu atrás do amigo, passando um braço sobre os ombros do mesmo.

- Isso ai, apenas para os "Mais mais", pode vir se quiser torcer. Quer jogar Day? - Olhei em sua direção e mordi o lábio, tentando dizer sem palavras que ela não tinha que fazer isso se não quisesse ou se não soubesse jogar.

- Talvez ela não saiba jogar. - Bárbara falou como se lesse a minha mente, o que era uma merda apenas a possibilidade.

- Por mim tudo bem. - Dayane respondeu e eu sorri de satisfação ao ver a cara de poucos amigos que Bárbara fez na direção da mulher ao meu lado, o que era muita coragem, devo admitir.

Bárbara era alta, 1,75 por ai e era magra, mas Dayane tinha por volta de 1,66 e ela parecia fazer academia, pelas coxas grossas que tinha.

Enquanto elas se juntavam para separar os times, eu arrastei uma cadeira reclinável até um lado do jardim, puxei minha camiseta pela cabeça, ficando apenas com a parte de cima do biquíni e um short, coloquei um óculos escuro com lentes azuladas e me deitei. Não demorou para que Aline. e Thay estivesse ao meu lado.

- Esse jogo vai ser bom. - Aline comentou - Adoro ver homens e mulheres correndo, se jogando uns contra os outros e suades.

- É beisebol, não vão se lançar um contra o outro. - Falei, apontando o óbvio.

- Mas continuam sendo homens e mulheres gostoses e suades - Nós três rimos.

- Você não presta.

Uma Namorada Por Encomenda - DayRol - Intersexual | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora