• Capítulo 23 •

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Carol Biazin POV

Exatamente como havia dito, dois dias depois Eve estava indo embora para a Espanha para uma nova sessão de fotos. Eu estava decidida a ir embora dias atrás, mas depois da noite em que conversei com a mãe de Day e percebi que ela realmente não estava bem, percebi que não poderíamos partir. Eu não me perdoaria se acontecesse algo com ela e sua filha não estivesse por perto. Depois de levar Evelyn para o aeroporto, voltamos para casa e agora estávamos jogando um jogo de tabuleiro.

- Você roubou. - Felipe gritou a plenos pulmões, estapeando o chão.

- Seja um bom perdedor, fedelho. - Adam resmungou e Derek estava posicionado para intervir caso houvesse uma luta livre ali.

- Não é justo, você ganha todas. - Fiz bico em direção a Day.

- Diga olá para a mestra dos jogos de tabuleiro. - Ela se gabou, me proporcionando um sorriso de lado perfeito.

- Se estivéssemos jogando cartas como eu havia proposto, vocês seriam história. - disse Evan, tedioso.

- Eu chutaria esse seu traseiro gordo. - Victor provocou e deu um tapa na cabeça de Evan e logo uma perseguição começou. Adam começou a rir e levantou-se para juntar-se aos irmãos.

- Vocês nunca param de brigar? - Questionei, rindo.

- Claro que sim. - Day respondeu, juntando o jogo e colocando em sua caixa.

- É verdade, às vezes nós dormimos. - Derek falou e eu não consegui segurar uma gargalhada. Eu realmente estava me sentindo em casa com esses homens e mulher Lima.

- Somos homens, está em nossos instintos mais primitivos. - Lucas falou. - Sabe, sermos agressivos.

Arqueei uma sobrancelha em sua direção e sorri.

- Evan, pare de apertar o pescoço do seu irmão. - Uma voz soou da porta e apesar de ser baixa, foi claramente ouvida pois houve silêncio logo após em que foi proferida. Olhamos em direção a porta e ali estava Luíza, parecendo bem melhor do que a última vez que a havia visto.

- Mamãe. - Day falou e colocou-se prontamente de pé. - O que está fazendo em pé? Não deveria... - Logo ela estava o seu lado.

- Eu estou bem, minha menina. - Ela bagunçou o cabelo de Day e bateu em sua bochechas duas vezes levemente como se ela ainda fosse uma garotinha e não uma mulher formada... e muito bem formada. Luíza se sentou no sofá e todos seus filhos a rodearam, preocupados com seu estado de saúde, se ela realmente estava bem ficando fora da cama. Era algo realmente bonito de se ver e o amor entre eles era quase palpável.

Quando a noite chegou, a mãe dos rapazes estava no auge de suas forças e fez questão de que nós duas fizéssemos o jantar, apesar de todas as nossas tentativas de fazê-la mudar de ideia.

- A senhora tem muita sorte. - Comentei enquanto cortava o tomate para a salada. - Tem filhos maravilhosos.

- Eu tenho, não é? - Ela falava de um modo em que seu orgulho ficava evidente. - Quando crianças eram intratáveis e brigavam mais do que você viu aqui, porém, estão se tornando homens corretos e doces. Você tem irmãos?

- Sim, tenho um irmão e uma irmã. - Falei. - São ótimos irmãos, mas sempre fomos muito quietos e nada de brigas.

- Oh, então vocês deram sorte.

- Não sei dizer, acho que as brigas é que faz a família parecer mais real. - Falei, colocando o tomate picado em uma tigela. - Eu gostaria de ficar aqui por mais tempo.

- Bem, eu tenho seis filhos solteiros. - Ela me deu um sorriso radiante e não passou despercebido que ela não contou Day, mas algo em seu semblante me mostrou que a estava adicionando, pelo menos em sua cabeça.

Uma Namorada Por Encomenda - DayRol - Intersexual | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora