• Capítulo 29 •

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Carol Biazin POV

De volta ao trabalho.

A Cooper Records estava uma loucura hoje ou talvez fosse porque fiquei longe um mês e me desacostumei com a correria que é o meu trabalho. Havia voltado hoje e meu chefe já jogou uma bomba no meu colo e devo alertar que foi sem dó, nem piedade. Estava organizando alguns papéis na minha mesa, quando ele apareceu.

- Eu preciso de você. - Ele se inclina, colocando as duas mãos na minha mesa.

- O que posso fazer pelo senhor? - Questionei e dei-lhe toda minha atenção. Jensen Cooper jogou uma papelada na minha frente e acenou com a cabeça para que eu desse uma olhada. Arqueei uma sobrancelha e meus olhos ficaram amplos à medida que os passava pelas folhas.

- Não faça isso comigo. - Murmurei, desconsolada.

- Preciso dele, senhorita Biazin, e estou confiando essa tarefa à você. - Disse e me deu uma piscadela.

Miserável.

- Como eu vou fazer isso?

- Sei que vai conseguir. - E com isso, ele deixou a minha sala.

Quando a tarde chegou, eu estava pirando, minha mesa estava totalmente desorganizada, dei vários telefonemas pendentes e estava correndo atrás do que o senhor Cooper havia me pedido, o que fazia as missões de Tom Cruise parecerem um passeio no parque. Estava lendo e relendo o contrato que deveria ter uma assinatura em breve, ou estaria perdida, e não notei quando Naomi colocou sua cabeça ruiva pela porta.

- Pare de balançar a perna assim ou elas sairão andando sozinhas. - Me disse com seu habitual sorriso amável, entrou e fechou a porta atrás de si. Era algo como um tique, ficar balançando a perna cruzada para frente e para trás quando estou nervosa, faço isso sem nem mesmo perceber.

- Eu estou um caco e é o primeiro dia. - Resmunguei, jogando os papéis sobre minha mesa e me recostando na cadeira giratória.

- Pense que finalmente a hora de ir embora chegou. - Ela disse e pensou um pouco. - Apesar que você nunca está com vontade de ir embora, o que faz de você a única.

- Eu amo o meu trabalho, Mi, mas hoje o senhor Cooper pegou seu sapato e me esmagou sem cerimônia, como se faz com uma barata. - Fiz o gesto com uma régua. - Ploft, e ali está o meu sangue.

Ela riu, se aproximou de mim, me puxou para que eu ficasse em pé e me deu um longo abraço.

- Senti a sua falta, garota. - Disse e eu retribui o gesto.

- Eu também.

Eu me dava bem com todos da empresa, formávamos uma equipe muito boa, porém, eu tinha um vínculo maior com Naomi, que era outra secretária da agência, mas trabalhava na entrada, não em uma sala como eu. Naomi era mais velha do que eu, com seus trinta e sete anos, mas talvez fosse isso que nos fizesse tão amigas.

- Agora me diga, o que aconteceu? - Ela perguntou quando já estávamos saindo do grandioso prédio.

- Jensen colocou na cabeça que quer Jonathan Knox. - Falei e fiz uma careta.

- O cantor de rock? - Ela perguntou, arregalando os olhos.

- Exatamente e eu tive essa mesma reação.

- Ele é um garoto de vinte anos rebelde e fornicador. - Ela falou e eu não me aguentei, joguei a cabeça para trás e soltei uma gargalhada.

- Sim, ele é um garoto de vinte anos rebelde e fornicador. - Falei em meio à risada. - Mas também é muito bonito, faz muito sucesso e as garotas o querem loucamente. Seria uma grande coisa para a agência.

Uma Namorada Por Encomenda - DayRol - Intersexual | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora