• Capítulo 17 •

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Carol Biazin POV

Day praguejou baixo e fechou os punhos ao lado do seu corpo.

- Eu não vou enfiar minha mão aí. - Rosnou.

- Seria uma ótima ideia. - Ri maliciosamente. - Mas essas são as duas propostas. Faça sua escolha, Day.

A mulher pecaminosamente bonita na minha frente passou uma mão em seus cabelos úmidos e suspirou pesadamente. Minha cabeça estava girando, o calor aumentando e eu queria Day de todos os modos. Dei alguns passos até que estava a poucos centímetros dela, me ergui na ponta dos pés e rocei seus lábios com os meus.

- Não posso. - Dayane fechou os olhos e praguejou em outro idioma, provavelmente alemão. Antes que eu pudesse me orientar, ela me agarrou pelos ombros e me encostou na porta. - Se te beijar, estarei perdida. - Sua voz era apenas um sussurro.

- Um beijo! - Murmurei.

- Fique perdida comigo então. - Entrelacei meus dedos em seus cabelos - Esperei por isso tanto tempo e é o único jeito de conseguir a chave.

- Abra a porta primeiro. - Ela falou e eu estreitei meus olhos.

- Vai me beijar?

- Vou, mas terá que abrir a porta primeiro. - Fiquei olhando para ela por um momento e então soltei uma risada.

- Acha que sou besta? - Passei uma unha levemente em sua barriga lisinha.

- Disse que farei e não falto com minha palavra. - De alguma maneira eu confiei nela ou talvez fosse porque eu não estava pensando direito, mas tirei a chave e destranquei a porta. Day passou por mim, caminhou até o guarda-roupa e tirou meu pijama de dentro.

- Vá tomar banho e depois vista-se. - Ordenou.

- Mas...

- Agora. - Me entregou a roupa e eu obedeci. Após isso, sentei-me na cama, bati no espaço ao meu lado e mordi o lábio. Ela sentou-se, umedeceu seus belos lábios carnudos e escovou alguns fios para trás da minha orelha.

- Feche os olhos. - Murmurou e eu obedeci prontamente.

Senti sua mão descendo pelos meus cabelos e então para minha nuca. Sua respiração de repente estava tão perto, eu queria agarra-la e não soltar nunca mais, mas mantive minhas mãos aos flancos, temendo que ela parasse. Seus lábios eram como plumas nos meus, suaves e macios, abri minha boca para poder senti-la mais, porém, ela parecia estar apenas provocando; Day mordiscou meu lábio inferior e a frieza que tomou meu corpo significava que tinha se afastado. Abri os olhos e torci o nariz.

- Apenas isso? - Perguntei, contrariada.

- É o que posso lhe dar, Caroline. - Passou a mão nos cabelos novamente, sinal de nervosismo evidente. - Disse que a beijaria, não disse como.

Antes que ela pudesse piscar, algo que durava um segundo apenas, me escarranchei em seu colo e rodeei seu pescoço com meus braços.

- Não pode me deixar assim. - Eu estava praticamente sem fôlego. - Eu quero você, Day.

E então, eu ataquei sua boca. Senti o corpo de Day ficar tenso no mesmo instante, mas não parei de mover minha boca sobre a sua e assim que senti suas mãos nos meus ombros e tinha certeza que ela iria me afastar, invadi sua boca com minha língua. Provar seu gosto, uma mistura de menta com um algo peculiar dela, foi a experiência mais magnífica que eu já tive e eu não ficaria satisfeita com apenas uma amostra. Me prendi mais a ela e senti sua resistência cair, um de seus braços rodearam minha cintura e a mão livre voou para meu pescoço, grudando ainda mais nossos corpos.

Uma Namorada Por Encomenda - DayRol - Intersexual | ConcluídaOnde histórias criam vida. Descubra agora