CAPÍTULO 3

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Já havia se passado três horas que Nicholas, Marques de st.Ajax estava na casa dos Bllemt, com Clarisse. Eles já haviam espiado dentro das coisas dos tios dela, que estavam visitando, para ver o que eles tinham trazido, e no momento estavam comendo sua segunda torrada com queijo na ala das crianças, quando Clarisse começou a batucar o pé, ela estava inquieta, ele sabia disso. Mas ele também estava então ele não falaria nada.
—- vamos brincar de esconde-esconde? - sugeriu a menina
—- vai valer a casa toda ?
— menos a ala dos cridos- ela parou e começou a pensar - e lá fora também não
—- ahhh não me diga que você está com medo Clarisse
—- você sabe que eu estou nick, não se faça de bobo
— não tem lagarto nessa época do ano
— bom eu não quero testar a sorte. Ou a gente brinca dentro de casa, ou a gente passa a próxima hora sentados aqui sem fazer nada
— okk pode ser do seu jeito então
—- sempre é do meu jeito - ela disse isso com um sorriso satisfeito
Ele percebeu que ela estava agitada, mas devia ser só impaciência, Clarisse não era conhecida por ser a mais paciente das lady's, uma vez sua mãe e a mãe dela tentaram fazê-la bordar alguma coisa em algum lugar, e Clarisse acabou com os quatro dedos furados pela agulha, depois gritou que aquilo era estupido e ela não iria mais bordar, e enfatizou o nunca mais.
Ele não podia julgá-la, só de imaginar passar o dia todo trancado em um quarto tomando chá e bordando era a maior tristeza, e ele tinha apenas oito anos para saber o que era tristeza.
—- vamos ? - ele perguntou
— sim - ela levantou
E parou, ele olhou pra ela, esperando por ela pra descer e decidir quem iria contar
—- Clarisse- ele chamou
Ela não respondeu
—- Clarisse?
É normal ela ficar tanto tempo quieta ? Ele se perguntou
— Clarisse- ele foi até ela é chacoalhou seus ombros.
Ela olhou pra ele, e depois de três segundos caiu no chão.
Ela tava caída no chão, com a mão no peito, que subia e descia muito rápido e ela parecia estar sem ar, não parecia certo, em todos os seus oito anos, Nicholas nunca tinha visto nada parecido, e certamente nunca tinha visto isso acontecer com a melhor amiga dele.
Ela começou a ficar branca e ele tentou levantar ela, mas ela tava fraca e continuava caindo sem ar no chão, então quando ela começou a parecer que ia desmaiar ele correu.
—- BLLEMTTTTT, tio William, tia Marcelle, alguém
O pai dele apareceu primeiro na base da escada, seguido pelo pai de Clarisse e suas mães.
—- o que aconteceu ?
—- é a Clarisse - o menino gritou, nisso os pais já estavam subindo a escada - eu acho que ela não está respirando
—- como ? - seu pai perguntou
— eu não sei senhor, ela tava em pé e depois caiu no chão....- ele não sabia o que falar.
E quando eles chegaram no quarto a menina estava lá. Sua melhor amiga. No chão, branca como papel, a mãe dela já estava gritando para alguém do andar de baixo, provavelmente o mordomo, para mandar chamar um médico imediatamente, enquanto chorava ao ver a filha sem ar no chão, sendo levantada pelo pai.
—- Clarisse - ele chamou e a menina só conseguiu encarar ele, os olhos profundos com dor. E ali, naquele momento ele ficou com medo, um medo terrível que o perseguiu pelo resto da sua vida, em perder a sua melhor amiga, porque ele soube, que ele nunca seria ninguém, ele nunca viveria sem ela.
— ela vai ficar bem ? - o marquês perguntou a sua mãe, que agora abraçava lady Marcelle
Ninguém respondeu, ou seja, o que estivesse acontecendo era sério. E ele estava preocupado com a sua amiga.
E ele iria fugir. Ele nunca mais poderia ver isso acontecer com ela, então ele iria embora de algum jeito.

Como se apaixonar por um marquês Onde histórias criam vida. Descubra agora